02
de abril de 2023
Salmo
118.19-29; Isaías 50.4-9; Filipenses 2.5-11; Mateus 26.1-27.66
Texto:
Filipenses 2.6
Tema: “...pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como
usurpação o ser igual a Deus” (Fp 2.6).
Esta
frase me faz lembrar a queda do homem em Gênesis 3. No Jardim do Éden, Satanás,
por meio da serpente, tentou Eva afirmando que se ela comesse o fruto proibido,
se tornariam iguais a Deus. O profeta Isaías 14.14 escreveu a respeito da
soberba e orgulho do diabo: “Subirei mais alto que as mais altas nuvens; serei como o Altíssimo”.
Desejar
ser igual a Deus sempre foi uma marca de Satanás e da humanidade caída pelo
pecado.
Essa
mania de grandeza estava presente entre os filipenses. Orgulhavam-se da sua
cidadania romana. Para esses, o apostolo escreve que Jesus era Deus, mas
humilhou-se, ou seja, não usou sua divindade para se safar de situações
difíceis e delicadas.
A
expressão forma descreve algo que não
pode ser mudado, algo que é inalterável. Jesus é Deus na essência de modo
inalterável, imutável, mas, não usou sua divindade para benefício próprio.
Na
língua grega, há duas palavras que podem ser traduzidas como “forma” - Morphe e schema.
Morphe é a forma essencial de algo que jamais
se altera; schema é a forma externa que muda de tempo em
tempo e de circunstância em circunstância.
Paulo
utilizou a palavra Morphe
para dizer que Jesus tinha a forma de Deus, ou seja, Jesus é Deus na essência e
que isto não pode ser mudado pelas circunstâncias. Ele é Deus. Paulo escreveu: “...pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou
como usurpação o ser igual a Deus” (Fp 2.6).
Com a afirmação de que Jesus
não julgou
por usurpação o ser igual a Deus, Paulo usou uma palavra que não
aparece em nenhum outro lugar na Bíblia (harpagmos).
A
palavra usurpação
transmite a ideia de roubo ou de tomar algo de outro para si mesmo.
Jesus,
mesmo sendo Deus em natureza, algo que não pode mudar, não considerou que ser
Deus era algo que deveria desfrutar para si mesmo. Pelo contrário, Jesus abriu
mão dos seus direitos divinos. Ele abriu mão dos privilégios de igualdade com
Deus Pai, tudo por amor a você e a mim. Jesus não pensou em si mesmo. Seu foco
era a salvação do pecador.
Enquanto
Satanás e o homem pecador quer ser igual a Deus, Jesus abriu mão desse
privilégio para usá-lo em nosso favor e assim nos garantir a salvação e as
bênçãos da vida eterna. Amém!
Edson Ronaldo
Tressmann
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigado por seguir esse blog. Com certeza será uma bênção em sua vida.