Salmo 32 Isaías 12.1-6 2Coríntios 5.16-21; Lucas 15. 1 – 3, 11 – 32
Texto:
Lucas 15.18
Tema:
“levantar-me-ei e
irei ter com meu Pai...”
Seja qual for à situação e o momento é
necessário levantar e ir!
Procurando de emprego?
Levante-se
e vai - mesmo que não haja certeza que irá conseguir.
Precisando de ajuda? Levante-se e vai - independente
de quantas casas terá que bater na porta.
Está doente? Levante-se e vai ao médico - só será
necessário que o médico esteja atendendo.
Desanimado ou deprimido? O conselho é: “levante-se, saia
dessa situação. Reaja!” Porém, quem enfrenta essas situações sabe
que não é tão simples assim.
Ao ler as palavras ditas
pelo filho pródigo: “levantar-me-ei e irei ter com meu Pai...”, não
foi tão simples quanto é em outras situações.
O filho que pegou sua parte na herança
e esbanjou tudo e ficou sem nada, levantou-se e foi voltou para casa. Uma casa
na qual ele não tinha mais direito a nada, afinal, pegou sua parte e a esbanjou.
Não foi tão simples levantar-se e ir para casa!
Quantas
foram às perguntas e dúvidas desse filho esbanjador na sua volta para casa? A única
coisa que ele tinha agora era fome e disposição para trabalhar por comida (Lc
15.19).
Em meio a sua angústia de alma, o filho
esbanjador é recepcionado por seu pai com um abraço e um beijo (Lc 15.20). E
seu pedido (Lc 15.21) não foi aceito, na verdade, ele foi restituído na posição
de filho e com seus direitos readquiridos (Lc 15.22).
O filho pródigo se levantou e foi até seu Pai... no
entanto, nunca imaginou que seria recepcionado com um abraço e um beijo e seria
restituído na posição de filho.
Foi difícil para o filho pródigo levantar-se
e ir até seu pai!
O perdão do pai deu outra vida para o ex
filho esbanjador. Porém, a atitude do pai deu outra vida para o filho mais
velho. O perdão do pai revelou o que havia no coração do filho mais velho. Ele
ficou zangado (Lc 15.28). Sua raiva foi para com o pai (Lc 15.29-30). Tudo o que ele esperava era retribuição do pai pelo seu servir!
Essa era a crítica dos fariseus e
escribas (Lc 15.1). Não compreendiam como Jesus assentava-se com pecadores e
publicanos e parecia esquecer-se dos fariseus, escribas e tantos outros que com
tanto zelo o serviam.
A atitude de perdão –
não esperada pelo filho esbanjador e que lhe trouxe grande alegria, assim como
trouxe alegria para o pai, não foi motivo de alegria para os zelosos e
dedicados.
Pelo profeta Ezequiel, ouvimos Deus
dizer que “não
se alegra com a morte do pecador” (Ez 33.11) e seja qual for seu
pecado, não importa o quanto tenha esbanjado, levantando-se e voltando ao Pai,
será recebido com um abraço e um beijo, ou seja, será restituído à posição de
filho (Lc 15.22).
O
que essa atitude perdoadora do Pai lhe causa? Para alguns ela causa estranheza.
Outros julgam essa atitude errada, a ponto de justificar dizendo que é por isso
que muitos desperdiçam a sua vida, pois no final, diante do arrependimento
serão perdoados e assim, muitos cristãos tomam o caminho do filho esbanjador e
acabam se perdendo em seus caminhos e por não entenderem a atitude do Pai em perdoar,
nunca mais voltam aos braços misericordiosos de Deus.
A lição de Jesus com a história do
filho pródigo, registrado apenas por Lucas, quer nos ensinar que não importa o
quanto tenhamos esbanjado da graça de Deus. Ou seja, não importa o quanto temos
aproveitado a vida com prazeres e vícios, é preciso ver que esse caminho é
cheio de frustração e o retorno desse caminho é árduo, mas, abandonar esse
caminho e voltar é encontrar um pai que está esperando a volta e receberá com
um abraço e um beijo. Sendo assim, “levantar-me-ei e irei ter com meu Pai...” (Lc
15.18). Amém!
ERT
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