Salmo 91.1-13; Deuteronômio 26.1-11; Romanos 10.8-13; Lucas 4.1-13
Texto:
Dt 26.1-11
Tema:
Primeira e melhor parte!
No
desenrolar da história do Antigo Testamento vemos que Deus deu ao povo de Israel
uma terra boa e rica. E deu também uma ordem: “Tragam o primeiro feixe para mim”.
Assim, todos os anos a festa das semanas, ou colheita, era realizada. O povo de Deus realizava essa festa da colheita porque tinha motivos
para comemorar.
Vamos analisar os motivos.
a)– Primeiro
– Ação de Graças pelo fruto da terra que abastece e sustenta a vida
A
agricultura é uma cultura importante, aliás, é a mais antiga de todas. E se não
houvesse pessoas que plantas sem, que cultivassem a terra, não haveria também o
sustento.
Por
um instante olhemos para Gn 1.11 onde Deus diz: “Que a terra produza todo o tipo de
vegetais...”. Deus deu a terra àquilo que é o mais importante, a FECUNDIDADE. Deus dá ao homem a FORÇA, a VITALIDADE. Se Deus não tivesse dado a terra a FECUNDIDADE, não adiantaria trabalhar, pois não iria se produzir
alimentos que abastecem e sustentam a vida. Os alimentos proporcionados devido
a fecundidade da terra geram saúde, vida e preserva o homem, pois é dela, ou
seja, dos alimentos que se produz que é dado força e vitalidade a cada ser
humano. Sem os alimentos da terra, não haveria vida e saúde (alimentos
enlatados).
Toda
a raça humana, seja qual for sua religião, considera a fecundidade como objeto
de culto.
No
A.T. povos prestavam culto a Baal, pedindo chuva e fecundidade a terra.
Entre
as muitas coisas criadas por Deus o que mais chama atenção é o fato de Deus ter
separado as águas debaixo e de cima da terra. Se toda a água que está cima
despencasse sobre nossa cabeça, não sobreviveríamos. Deus envia as chuvas na
medida certa. Ele dá a terra o alimento essencial, a água que mata a sede
humana, hidrata o corpo e é indispensável também aos animais e as plantas.
O
povo de Deus celebrava a festa da colheita em primeiro lugar para agradecer
pelo fruto da terra que abastece e sustenta a vida. Gratidão, pois é Deus quem
deu a terra a FECUNDIDADE.
O povo de Deus realizava essa festa da colheita porque tinha motivos
para comemorar.
b) – Segundo
– Era uma festa Comunitária
Durante
a celebração da festa da semanas, ou colheita, as pessoas não se separavam ou
se excluíam. Todas as pessoas, raças se uniam num mesmo propósito: AGRADECER A DEUS.
A
festa da colheita, ou das semanas tinha ênfase comunitária por duas razões:
Primeiro:
Por causa da terra e dos frutos. Os frutos não pertencem ao indivíduo, mas a
Deus (Lv 25.23; Gn 1.29-30). Deus fazia e faz chover sobre bons e maus.
Segundo:
Porque no uso da terra e dos frutos não há privilegiados, todos, estrangeiros,
pobres, hóspedes, eram tratados igualmente. Tanto o empregado, escravo, servo,
sabia que dependia do seu patrão, quanto o patrão sabia que dependia deles. Os
pobres podiam colher alimentos na beira das lavouras que ficavam para trás.
O povo de Deus realizava essa festa da colheita porque tinha motivos
para comemorar.
c) – Terceiro
– Era uma oportunidade para estudar a Palavra de Deus.
Durante
a festividade o povo ofertava, sacrificava e estudava a Palavra de Deus. O
salmo do dia era o 19 que apresenta uma pessoa exausta que recupera suas forças
no meditar da palavra de Deus. E também porque o Salmo 19 alerta sobre o mais
grave pecado – o pecado de roubar a glória que é de Deus. Não colhemos mais por
termos investido mais, ou por sermos mais inteligentes, trabalhadores. Colhemos
por que Deus permitiu a terra fecundar e produzir – toda a glória e honra é
para ele.
O povo de Deus realizava essa festa da colheita porque tinha motivos
para comemorar. Relembremos os motivos:
1 - Ação de Graças pelo fruto da
terra que abastece e sustenta a vida;
2 - Era uma festa Comunitária;
3 - Era uma oportunidade para
estudar a Palavra de Deus;
Esses podem ser os
nossos motivos para agradecer a Deus?
Muitas
vezes esquecemos que Deus dá a terra capacidade para produzir. Estamos cercados
de tecnologia, e olha que temos tecnologia sofisticada para o trabalhador do
campo. Confiamos muito na ação do veneno, no ter acertado o tempo certo para
semear. No entanto, de nada adianta meu investimento, meu trabalho, pois “se o Senhor não
der sustento” e “se o Senhor não tivesse dado a terra fecundidade”.
O
ato de semear e colher é uma ação de Deus desde o dia da criação. Cada semente
lançada ao chão, que germinou, cresceu e produziu fruto, só foi possível por
causa da fecundidade, também por causa da ordem das estações, do sol, da lua,
do vento. Do dia e da noite. Ou seja, tudo é consequência e resultado da
criação de Deus.
Todas
as pessoas, independentes se são ou não agricultores, dependem da terra. O
agricultor planta e colhe; as empresas empacotam; as distribuidoras distribuem;
os vendedores vendem; administradores administram; os mecânicos arrumam as
máquinas quebradas. Todos dependem da terra - Todos precisam agradecer a Deus. Além
da terra dar sustento, ela abriga o homem.
Na
festa da colheita entre o povo de Israel, a maior preocupação, não era a festa
em si, mas oferecer o melhor da produção a Deus. O sinal de gratidão a Deus,
que servia de testemunho era dar a primeira e a melhor parte da colheita.
Porque dar a primeira
e a melhor parte da colheita?
Primeiro:
Porque Deus os havia libertado da escravidão do Egito e deu a eles uma terra
boa e rica;
Segundo:
Porque Deus havia feito a promessa de que nada faltaria a nenhum deles;
Enquanto
estavam no deserto o povo de Deus podia colher apenas 1litro e meio do maná. A
cada novo dia Deus daria o suficiente e o necessário para cada um. A cada dia Deus
proveria o necessário para a vida. Dessa forma, a instrução sobre a comemoração
ao final da colheita com uma oferta da melhor e primeira parte era DEMONSTRAÇÃO
DE FÉ.
Nesse
e em todos os cultos somos chamados a agradecer a Deus, demonstrando a nossa
fé, nossa inteira dependência de Deus. Como? Ofertando com alegria, não o
resto, mas a primeira e a melhor parte.
Como posso ofertar a
primeira e melhor parte a Deus?
Confiando
na promessa de Deus que não nos deixaria faltar nada. Jesus disse – alguém leia
Mt 6.25 – 34.
Falar
sobre oferta, gratidão a Deus é complicado. O pastor que fala sobre o assunto é
tido como ganancioso. O tesoureiro parece cobrador.
O
ponto é que Deus disse aos seus filhos: “Tragam o primeiro feixe para mim”, mas, como vivemos
dias de consumo desenfreado, queremos e buscamos ter o melhor carro, a melhor
casa, os melhores móveis, e a casa de Deus precisa mendigar para sua
sobrevivência. Dt 26.11 – é preciso que haja suprimento necessário para a casa
de Deus e os levitas. Deus quer assim. Ele não quer que a igreja passe
dificuldade financeira, pois abastece todos os filhos para que todos os filhos
abasteçam os celeiros dos levitas.
Cada Culto é culto de ação de graças
- Pela FECUNDIDADE da terra; pela BONDADE DE DEUS sem distinção de raça; pelo
MOMENTO DE ESTUDO NA PALAVRA DE DEUS.
Cada
Culto é Culto de testemunho da nossa fé por meio das nossas ofertas. Ofertar é
confessar em atitude a Fé naquele que nos garante que nada nos faltará. Fé
naquele que nos dá o pão de cada dia. Amém!
ERT
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