11 de julho de 2021
Salmo 85.8-13; Amós 7.7-15; Efésios 1.3-14; Marcos 6.14-29
Texto: Marco 6.14-29
Tema:
Oportunidades!
No
dia-a-dia surgem muitas oportunidades. Todavia, a oportunidade é acompanhada de
decisão e indecisão. Será que é isso mesmo? Vou fazer isso? Não vou fazer? Vou
aceitar essa proposta? Não posso aceitar agora?
Ao
perder determinada oportunidade, devido a nossa indecisão e por termos tomado
uma decisão equivocada, nos arrependemos ou nos culpamos e vivemos com essa
incógnita.
O
texto mostra um homem que ao ouvir falar de Jesus, não o reconhece como
Salvador. O texto mostra um homem acusado por sua consciência devido a uma
decisão que tomou diante de uma indecisão e por ter sido também uma
oportunidade aproveitada por sua companheira Herodias.
Jesus,
aquele que com seu perdão poderia apaziguar a consciência e a culpa de Herodes
tornou-se o profeta João Batista ressuscitado que apenas voltou para
atormentá-lo novamente.
O
capítulo 6 do evangelho de Marcos nos apresenta muitas oportunidades. A chance
foi aproveitada por alguns e perdida por outros.
No
caso do presente texto (Mc 6.14-29), vemos que a pregação de João Batista
causou mal-estar dentro do palácio e no próprio relacionamento de Herodes e
Herodias.
Herodes,
conforme relata o evangelista (Mc 6.20) reconhecia a verdade na pregação de
João Batista e aproveitou muitas oportunidades para ouvi-lo. A pregação de João
Batista deixava Herodes “perplexo” (Mc 6.20, NVI). Outras traduções
dizem que a pregação de João Batista fazia com que Herodes “ficasse muito
impressionado” (Tradução Século XXI), “sentia-se muito embaraçado” (Tradução
Católica, Santuário), a tradução judaica traz que a pregação de João Batista
deixava Herodes “profundamente
abalado”.
Herodes
teve a oportunidade de ouvir o maior profeta (Mt 11.11) enviado da parte de
Deus, mas, não a aproveitou a ponto de se arrepender e deixar levar pela
verdade. Uma verdade que o arremeteu, mas, que seu orgulho não foi capaz de
superar (Mc 6.26).
A
verdade de João Batista (Lv 18.16; 20.21) incomodou Herodias a ponto de
aproveitar a oportunidade e se vingar daquele profeta (ler Mc 6.21-25).
Ódio
e Orgulho!
Estamos
vivendo em meio a uma pandemia. A pandemia do COVID. No entanto, parece que
nesse tempo não temos nos dado conta de outros vírus que estão fazendo graves
estragos. Um desses vírus é o ódio.
Milhares
de pessoas guardam em seu íntimo uma mágoa, uma decepção e buscam uma
oportunidade de vingança. O que parece ser um alívio momentâneo. Um desejo que
parece ter sido saciado passa a ser acompanhado por inúmeros males.
O
ódio, a raiva leva a antipatia. Ser antipático é virar para o outro lado para
não enxergar. É aquele que é oposto em seus sentimentos só para contrariar e
mostrar que é contrário.
Aproveitando
a etimologia da palavra ódio, tomo a liberdade para dizer que o ódio e a raiva continuam
sendo o joio semeado pelo inimigo para prejudicar as boas relações e amizades.
Todos nós temos um fígado! Esse órgão produz a bile. Na medicina antiga
dizia-se que a preponderância da bile, a substância liberada pelo fígado, tinha
tudo a ver com o temperamento da pessoa briguenta. O colérico (irritado e
briguento) tem mais bile no sangue.
A
raiva e o ódio são um vírus presente em nossa corrente sanguínea. Nosso inimigo
pode se aproveitar de oportunidades ímpares para sobrepujar nosso desejo de
vingança e assim causar inúmeros estragos na nossa vida. Nesse caso, o remédio
não é Ursodiol, ou suco de maça, alcachofra, beterraba. O remédio é ouvir a
Palavra de Deus que nos fala da importância e necessidade do perdão. Como bem
escreveu o apostolo Pedro: “o amor perdoa muitíssimos pecados” (1Pe 4.8).
Todavia, não é o ouvir de Herodes. Reconhecer a verdade, mas, praticar a
verdade ouvida.
O
ódio de Herodias a fez aproveitar-se da oportunidade em que a soberba e orgulho
de Herodes estavam em jogo (Mc 6.26). E mesmo que a verdade anunciada por João
Batista o incomodasse, Herodes deixou-se levar por seu orgulho, arrogância e
soberba.
Preferiu,
mesmo que indeciso, assassinar João Batista a ser ridicularizado pelos seus
convidados.
Ódio
e Orgulho são duas coisas que nos levam a fazer o que não deveríamos fazer. Ódio
e Orgulho nos impedem de seguir o que ouvimos da verdade. A verdade não pode apenas
nos impressionar, mas, precisam nos levar a ação, a prática. E sempre têm
alguém, usado como servo do diabo, para silenciar a verdade.
A
verdade só pode ser silenciada com sangue. A história registra que: “o sangue dos
mártires é a semente dos cristãos” (Tertuliano).
Herodes
era profundamente impactado pela Palavra de Deus anunciada por João Batista.
Mas, seu orgulho, desviou da verdade ouvida. No entanto, esse homem um ano mais
tarde teve outra oportunidade (Lc 23.7-11). Encontrou-se pessoalmente com Jesus.
Poderia ter suplicado perdão, mas, preferiu ver um milagre feito por Jesus. Pobre
Herodes! Perdeu a maior oportunidade da sua vida. E você? Tem aproveitado as oportunidades que
o ouvir da Palavra dão para rever sua vida?
Parece
que a história de João Batista termina no túmulo. Mas, o precursor a quem ele
anunciava já estava por finalizar seu ministério. Jesus também foi morto, mas,
venceu a morte. Ele ressuscitou e assim os mortos em Cristo também
ressuscitarão. Os Herodes desse mundo também ressuscitarão, no entanto, para a
condenação eterna.
Deus
nos permita aproveitar as oportunidades de pregação da Palavra e prática da
mensagem de Cristo. Amém!
ERT
Edson
Ronaldo TREssmann
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