18 de julho de 2021
Salmo
23; Jeremias 23.1-6; Efésios 2.11-22; Marcos 6.30-44
Texto:
Efésios
2.11-22
Tema:
Os sem Deus em Deus por Cristo!
“...os não judeus
... estavam separados de Cristo ... não pertenciam ao povo escolhido de Deus...”
(Ef 2.11-12).
As palavras dos versos
11 e 12 nos fazem refletir profundamente sobre nós se caso Deus não tivesse nos
enviado seu Filho. Afinal, eu não sou judeu, assim, sou gentio, dessa forma,
não sendo judeu, estaria separado de Cristo e não pertenceria ao povo de Deus.
Sem o evangelho da
salvação em Cristo, as pessoas estão mortas e são escravas de satanás e da
própria carne. Os 10 primeiros versos do capítulo 2 dessa carta de Paulo aos
cristãos da Ásia Menor, o apóstolo escreve como Deus veio buscar e dar vida a
todos em Cristo. No capítulo 2 da carta de Paulo aos Efésios, em especial nos
10 versículos iniciais, o apostolo descreve a bênção da salvação pela fé sem as
obras da lei. Uma salvação
dada por graça pela graça de Deus.
Ouça novamente as
palavras e pense na sua situação sem Cristo, sem a graça, sem o evangelho: “...os não judeus
... estavam separados de Cristo ... não pertenciam ao povo escolhido de Deus...”
(Ef 2.11-12).
O não judeu (gentio) era
alguém estranho àquele que Deus havia escolhido para ser seu povo. O não judeu (gentio)
era àquele que não fazia parte do povo de Deus. Se continuasse sendo assim, eu
estaria separado de Cristo e não pertenceria ao povo escolhido de Deus. Graças
a graça de Deus, o apostolo Paulo, na carta aos cristãos da Ásia Menor passo, a
saber, que não importa qual seja minha nacionalidade ou raça, sou povo de Deus
(Ef 2.11-22). Em Cristo, Deus só tem um povo. Não há mais distinção entre grego
e judeu.
Deus escolheu Abrão (Gn
12.3) e dele fez seu povo escolhido. A partir do neto de Abrão, Jacó, Deus deu
a nação o nome de Israel. Deus poderia ter escolhido outra pessoa, outra nação,
outra raça. A Índia já se projetava como uma nação grandiosa. A China já tinha
seu começo. Deus poderia ter escolhido os filisteus, um povo guerreiro e forte.
No entanto, escolheu um povo pequeno e insignificante, liderado por patriarcas
que conduziam seus rebanhos na terra de ninguém. Para seu povo, Deus fez
promessas, uma aliança. Para o seu povo, Deus entregou sua lei e providenciou
por meio deles o tabernáculo, o templo e o culto. Assim, o mundo religioso
passou a ser dividido em dois grupos. O judeu (escolhido de Deus) e o não
judeu (sem Deus).
Ser judeu era sinônimo
de ser povo de Deus. Parecia que não ser judeu era estar predestinado à
condenação e a uma vida sem Deus.
Para deixar clara a
separação entre judeu e não judeu, a lei marcava a distinção. Elementos na lei
dietária não permitia um judeu se assentar com qualquer um a mesa. A
circuncisão identificava a qual Deus o circunciso pertencia. O calendário
religioso com seus dias e festas destacava o diferencial desse povo como sendo
o único que conhecia o Deus verdadeiro. Deus se revelou somente à eles.
Mas será que Deus visava a separação e condenação dos outros
povos?
A lei, a circuncisão, o
calendário, os dias santos, as festas, tinham como objetivo incutir a noção de
santidade e separação do pecado e do mundo e como eles seriam uma luz a brilhar
para outras nações. Infelizmente o povo de Deus se tornou soberbo e afastou-se
dos gentios e assim, deixaram de brilhar como uma luz para tirá-los da
escuridão.
A lei ensina a diferença entre o certo e errado. As datas e as festas mostram que Deus é dono do tempo. A lei era a didática para ensinar sobre quem era Deus.
Israel era separado dos
outros povos e a separação tinha como objetivo manter a verdade em Israel. Afinal,
se houvesse mistura, haveria mistura de crenças e isso geraria sincretismo.
Mas, tendo isso como objetivo, o povo judeu julgou-se superior a ponto de
isolar-se a ponto de separar-se por completo de tudo e de todos. Tudo se tornou
errado, pecaminoso, tudo tornou motivo para afastar-se, pois, tudo era impuro e
profano.
Assim, nos dias de
Jesus, vemos o quanto os judeus estavam exacerbados quanto a separação dos
outros povos. Vangloriavam-se da lei e menosprezavam os outros povos.
A vinda de Jesus Cristo
mudou essa situação e o apostolo Paulo ensina isso aos cristãos da Àsia Menor.
A igreja, o novo Israel, era composta
por judeus e não judeus.
As palavras do apostolo
Paulo: “...os
não judeus ... estavam separados de Cristo ... não pertenciam ao povo escolhido
de Deus...” (Ef 2.11-12), mostra que os não judeus eram
desprezados; separados da aliança e sem esperança;
não
tinham conhecimento de Deus.
As palavras do apostolo
Paulo: “...os
não judeus ... estavam separados de Cristo ... não pertenciam ao povo escolhido
de Deus...” (Ef 2.11-12), mostra que das promessas de Deus, os nãos
judeus estavam fora. Os não judeus estavam iludidos e sem esperança.
Os não judeus viviam
num mundo sem Deus. Não criam no verdadeiro Deus. As palavras: “...os não judeus
... estavam separados de Cristo ... não pertenciam ao povo escolhido de Deus...”
(Ef 2.11-12) descrevem a profunda solidão de quem está sem Deus no mundo.
Paulo descreve a
terrível situação dos não judeus. Ou seja, estavam sem Deus. De nada importava
a sabedoria, a riqueza, a filosofia, a cultura, sem Deus, isso é nada.
Jesus Cristo é a
intromissão de Deus na história com o objetivo de salvar. Jesus não se
intromete para paralisar nosso divertimento, ou paralisar nossa vida. Pelo
contrário, Cristo é a intromissão de Deus para reverter a situação catastrófica
de uma vida sem Deus.
Em Jesus Cristo, Deus mudou a situação de toda
humanidade.
A separação de um povo
para si foi o meio usado por Deus para restaurar a amizade entre Deus e o ser
humano. Em Jesus Cristo, aqueles que eram ignorados pelo povo de Deus, foram
agregados ao povo de Deus (Ef 2.13). Os povos, em suas diferenças culturais e
étnicas, em Cristo são um só (Ef 2.14). Em Cristo, o muro (a lei), que separava
os não judeus dos judeus, foi derrubado. Se a lei separa Deus das pessoas,
Cristo derrubou esse muro, cumprindo a lei em nosso lugar. Cristo aboliu na sua carne. Ao ser crucificado, a lei estava sendo
pregada na cruz. Ela foi consumada e a sua condenação agora estava desfeita (Ef
2.15).
Se somente os judeus
tinham acesso a Deus, em Cristo, Deus está acessível a todos (Ef 2.18). Essa é
a paz que precisa ser evangelizada! (Ef 2.17).
A igreja, o povo de
Deus, não pode incorrer no equívoco judeu e se isolar a ponto de não mais ser
uma luz para o mundo. Pela igreja, Deus está acessível a todos, ao seu
familiar, seu vizinho, amigo.
A igreja é a pátria
dentro da pátria, é uma nação dentro da nação, são os separados para ajuntar,
são os membros de uma grande família, é um edifício onde Deus habita. Isso não
nos pode levar a excluir o outro, mas, ser a esperança do outro, o futuro do
próximo e o Cristo que estende a mão. Deus tem um plano: um só povo, uma só
nação.
A igreja não está e nem
deve se dividir. Já estamos isolados por nossas placas denominacionais. E se
nos isolarmos dentro da nossa denominação, deixaremos de ir ao encontro do
outro a quem Deus deseja edificar em Cristo, habitar pelo Espírito.
Custou caro o fato de
você ser igreja. “...os não judeus ... estavam separados de Cristo ... não pertenciam ao
povo escolhido de Deus...” (Ef 2.11-12). Não fosse Cristo, sua obra,
estaria sem Jesus e não pertenceria ao povo de Deus.
Deus em Cristo nos fez e faz igreja!
Nessa comunhão, como um só povo, louvamos ao nosso Deus. Não sendo judeu, estávamos
sem Deus, agora, por graça e misericórdia de Deus, temos Deus em Jesus Cristo. Amém!
ERT
Edson Ronaldo TREssmann
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigado por seguir esse blog. Com certeza será uma bênção em sua vida.