segunda-feira, 7 de junho de 2021

Vivemos pela fé e não pelo que vemos (2Co 5.7)

 13 de junho de 2021

Salmo 1; Ezequiel 17.22-24; 2Coríntios 5.1-10; Marcos 4.26-34

Texto: 2Co 5.1-10

Tema:vivemos pela fé e não pelo que vemos” (2Co 5.7)

 

Crescimento desenfreado do ateísmo nas suas mais variadas ramificações causa espanto e muitos têm deixado de testemunhar, julgando que o evangelho não terá mais força diante dessa avalanche de descrentes e não praticantes do evangelho.

O apostolo Paulo viveu numa época tão assustadora como a nossa. Num contexto onde os gnósticos, filosofia grega e romana desprezavam o corpo e valorizavam a alma (espírito), o apostolo Paulo fez uma confissão sobre a ressurreição e a transformação dos vivos quando Jesus voltar.

Para que os coríntios entendam sua argumentação, Paulo usa duas figuras de linguagem. Ele fala sobre barraca, casa e vestimenta. E nós aqui em Querência entendemos perfeitamente o que é viver numa barraca.

Paulo tinha como ofício fabricar tendas (Atos 18.3) e usa a comparação do corpo humano, enquanto nesse mundo, a uma tenda. Devido à natureza pecaminosa, o ser humano nesse mundo é frágil e por essa fragilidade, o corpo humano está sujeito ao sofrimento, doença e morte. Quem de nós nunca ficou doente? Sofreu? Enterrou algum ente querido?

Como simples barracas nesse mundo, somos frágeis e sujeitos a qualquer tipo de sofrimento e tribulação. Enquanto a filosofia, o gnosticismo e as seitas, ignoravam a ressurreição, por desprezarem o corpo e, atualmente ignoram a ressurreição por ignorarem o espírito, Paulo testemunha com palavras inspiradas pelo Espírito Santo que “de fato, nós sabemos que, quando for destruída esta barraca em que vivemos, que é o nosso corpo aqui na terra, Deus nos dará, para morarmos nela, uma casa no céu. ...” (2Co 5.1).

Paulo se diz sabedor da ressurreição e da transformação do corpo. Aos coríntios escreveu: “Escutem bem este segredo: nem todos vamos morrer , mas todos nós vamos ser transformados, num instante, num abrir e fechar de olhos, quando tocar a última trombeta. Ela tocará, os mortos serão ressuscitados como seres imortais, e todos nós seremos transformados. Pois este corpo mortal precisa se vestir com o que é imortal; este corpo que vai morrer precisa se vestir com o que não pode morrer. Assim, quando este corpo mortal se vestir com o que é imortal, quando este corpo que morre se vestir com o que não pode morrer, então acontecerá o que as Escrituras Sagradas dizem: “A morte está destruída! A vitória é completa!”. Onde está, ó morte, a sua vitória? Onde está, ó morte, o seu poder de ferir?” O que dá à morte o poder de ferir é o pecado, e o que dá ao pecado o poder de ferir é a lei. Mas agradeçamos a Deus, que nos dá a vitória por meio do nosso Senhor Jesus Cristo!” (1Co 15.51-57).

Ainda estamos aqui no mundo, por isso “gememos” (2Co 5.2), sofremos. Por mais que os coríntios quisessem ignorar, por mais que a filosofia com seu argumentos quisesse negar, por causa do pecado, nesse mundo enfrentamos a dor, o sofrimento, a tribulação. Ao dizer que o gemido se deve ao fato de sermos uma barraca, por sermos frágeis e sujeitos as intempéries desse mundo, o apostolo ressalta que o gemido não se deve ao fato de querer se livrar do corpo, mas, por saber que mesmo ante a esse gemido, vamos receber um corpo glorioso (2Co 5.4).

O apostolo Paulo está dizendo que, enquanto, as pessoas ignoram os sofrimentos e tribulações, e ficam se queixando pelos mesmos, o que vive pela fé, diante do sofrimento, também geme, mas, certo da casa que Deus lhe preparou em Jesus (2Co 5.4). A glória do cristão não está no aqui e agora, pois, enquanto gememos por causa dos sofrimentos nesse mundo aos quais estamos sujeitos, nosso desejo é de nos mudar para nossa nova casa no céu (2Co 5.2).

Por mais que o apostolo saiba que devido a vida eterna, morrer é lucro (Fp 1.21), ele não quer morrer. Não fala sobre isso aos coríntios. Ele fala sobre a segunda vinda Jesus. Paulo diz que mesmo diante do sofrimento, imposto a ele, por ser uma barraca, ele vive na expectativa da volta de Cristo, por isso diz que “gostaria de se mudar...” (2Co 5.2).

Milhares de pessoas têm perdido de vista o fato, a certeza de que Jesus voltará. Pessoas dizem que a única certeza dessa vida é a morte. No entanto, o apostolo Paulo apresenta que a única certeza é a volta de Jesus. E quando ele voltar, os mortos irão ressuscitar e os vivos receberão o corpo celestial (2Co 5.4).

O apostolo fala ainda que Deus nos preparou para essa mudança (2Co 5.5). A mudança do corpo corruptível para o incorruptível, do corpo mortal para o imortal, da barraca para a casa celestial. Essa é uma expectativa que Deus colocou nos seus. Desde que Adão e Eva foram expulsos do Éden, o homem deseja voltar para o Éden. Essa expectativa vem do Espírito, que nos tirou das trevas para a maravilhosa luz, que nos regenerou.

Esse Espírito é como um cheque pré-datado com saldo em conta para sua quitação. Esse Espírito nos dá a certeza de que a dívida já teve sua parcela paga e que iremos receber o que temos para receber. O Espírito Santo é a nossa garantia de que deixaremos essa barraca e entraremos na casa celestial.

Para a igreja secularizada o apostolo escreve: “porque vivemos pela fé e não pelo que vemos” (2Co 5.7).

O apostolo Paulo sempre viveu no limiar da morte. Ele sofreu prisões, apanhou, teve que fugir as presas, foi mordido por cobra, passou por naufrágios, passou fome e falta de vestimenta. Mas, não se abalou, pois não perdeu de vista a eternidade, por isso “estava muito animado e gostaria de deixar a barraca e ir morar na casa celestial” (2Co 5.8).

Querido irmão e irmã em Jesus. Por mais que temos a certeza da nossa casa celestial, por mais que sabemos que a nossa glória está no céu, não podemos ignorar a vida de boas obras. O cristão é salvo pela fé, mas recompensado pelas boas obras que provém da fé.

Estamos no caminho do céu e do juízo. Chegará o dia em que iremos sentar no tribunal divino. E nesse tribunal, ouviremos a sentença da salvação baseada na fé e receberemos a recompensa de acordo com nossas obras. Não há fé calada e não há fé sem obras. Não estamos caminhando para o nada, caminhamos para o começo. Amém!

ERT

Edson Ronaldo TREssmann

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