25 de abril
Salmo
23; Atos 20.17-35; Apocalipse 7.9-17; João 10.22-30
Texto:
Ap 7.9-17
Tema:
Depois do vale da sombra da morte! (Sl 23.4)
“Estes, que se vestem de vestiduras brancas, quem são e de
donde vieram? ... São estes os que vêm da grande tribulação, lavaram suas
vestiduras e as alvejaram no sangue do Cordeiro, ...” (Ap 7. 13 e
14)
A Igreja vive tempos pós-modernos. E uma
das tendências desse período é justamente o fato de que não existe verdade
absoluta. Cada pessoa tem a sua verdade. E sendo assim, é complicado você
querer dizer algo. Pois, os adeptos serão apenas aqueles que concordam contigo
naquele determinado assunto. Se caso for contrário, haverá reações e assim por
diante. Perdeu-se o referencial da verdade. Hoje não há apenas um Pilatos, mas
uma multidão, composta por milhões de Pilatos que perguntam: “O que é a verdade?”
No texto bíblico de hoje encontramos um
diálogo. E o que surpreende nesse diálogo é que diante da pergunta: quem são e donde vieram? tinha sua resposta.
Mas, o apóstolo João, surpreendentemente, deseja que a resposta seja dada por
alguém com maior autoridade que ele. João não quer uma resposta só para si, mas
deseja que a mesma sirva de consolo para os que irão ler e ouvir essa resposta
com alguém com a máxima autoridade.
É, mas, nos tempos pós-modernos, esse é
outro requisito questionado e não válido. Não há mais autoridade suprema. Cada
um possui a sua autoridade e quer que a sua autoridade seja efetivada. Entre a
multidão dos Pilatos que se perguntam sobre a verdade, há os Pilatos que lavam
suas mãos, não para reconhecer a autoridade de outros, mas sim, para não
reconhecer outro como autoridade.
A multidão apresentada pela visão do
apóstolo João era a multidão que estava passando pela perseguição do imperador.
E hoje sofremos, mas as perseguições são disfarçadas e muito atrativas.
Quero que vocês compreendam que Deus
mais uma vez, aliás, é isso que a palavra Apocalipse significa “tirar a
cobertura’ do bolo e saber qual é o recheio,” vejam que a mensagem
do Apocalipse tem como recheio o conforto que Jesus oferece e dá aos seus
filhos e filhas que estavam passando por dificuldades, sendo a perseguição. E
essa é mesma mensagem para nós.
A multidão havia passado pelo maior
sofrimento. Foram perseguidos devido a sua fé. E pela fé em Jesus atravessaram
essa grande tribulação, e pela fé em Jesus estão diante do trono.
O salmista disse: “Ainda que eu ande pelo vale da sombra da
morte, não temerei mal nenhum, porque tu estás comigo; ...” (Sl
23.4). O caminho cristão não é fácil. Temos um terrível inimigo que quer a todo
custo nos devorar (1Pe 5.8), quer cegar nosso entendimento para que a luz do
evangelho não brilhe sobre nós (2Co 4.4). E assim, a Igreja que é o local onde
os fiéis lavam suas vestiduras através do batismo, tornou-se o hospital geral
dos doentes de qualquer natureza, desempregados, empresários falidos, etc. A
“igreja” deixou de comunicar a vida, afinal, ela precisa vender seu produto ao
mundo pós-moderno.
Mas, a exemplo dessa multidão que andou
na contra mão daquela época, não se prostrando ao Imperador, mas mantendo-se
firme em Jesus, nós de igual maneira, somos animados a continuar, mesmo que na
contra mão desse mundo, a Comunicar a Vida, falando e apontado sempre para
Jesus Cristo, aquele cujo qual com sua morte na cruz lavou e lava as nossas
vestiduras e nos livra dos nossos pecados.
Permanecer em Jesus é caminhar seguro
pelo vale da sombra da morte, pois depois desse vale, há felicidade e alegria
eterna. Amém!
Edson Ronaldo Tressmann
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