11 de abril de 2021
Salmo148; Atos 4.32-35; 1João1.1-2.2; João 20.19-31
Texto:
Atos 4.32-35
Tema:
O
amor prático e a mensagem da ressurreição
É comum ver reportagens que destaca a
riqueza das igrejas e seus pastores.
Entre essas riquezas destaca-se a
estrutura, casas luxuosas, mega templos. Em oposição a isso, temos esse singelo
relato de uma igreja verdadeiramente rica e tão desprezada e nunca sequer
comentada numa reportagem.
A igreja apresentada por Lucas em de
Atos 4.32-35 é impactante, pois mostra dois aspectos muitos esquecidos na
igreja atual: amor prático e a mensagem
da ressurreição.
O capítulo três do livro de Atos dos
Apóstolos marca o início de um contra-ataque feroz do diabo a ação do Espirito
Santo em ter reunido uma multidão junto aos que creem. Houve três tentativas de
paralisar a igreja. Perseguição (At 4), ataque de fora para
dentro; infiltração
(At 5), ataque de dentro para fora; distração (At 6), perda das prioridades.
Estudar a igreja primitiva nos ajuda a
nos precaver dos ataques do diabo a igreja atual. Lucas mostra como os ataques
do diabo foram vencidos. Todas as investidas do inimigo foram superadas de
duas maneiras: oração e testemunho da Palavra.
A decisão de retomar cultos e missas têm
causado muita polêmica. Cada pessoa têm um olhar ante a pandemia e em seus
contornos tenho observado uma certa perseguição silenciosa quanto a igreja. Como superar
essa perseguição? Oração e testemunho da Palavra.
O
relato do anuncio do evangelho da ressurreição de Jesus Cristo mostra que a
igreja ignorou a ordem do Sinédrio que, havia proibido a igreja de pregar tal
mensagem.
Não estou com isso apregoando desordem ou oposição as autoridades constituídas.
Mas, precisamos fazer uma reflexão. Você tem orado por esse tempo? Têm testemunhado a Palavra
de Deus?
Lucas, ao narrar o evento do pentecostes
visou destacar a presença do Espírito Santo dando ênfase em algumas
características (At 2.42-47).
Tanto no relato de At 2.44 e 4.32
destaca-se a união no grupo. E essa união está enfatizada na peculiaridade de cada
indivíduo e a não existência de necessitado entre eles. O fato de alguém ser rico
e pobre, não os separava e segregava. E se houvesse necessidade material por
parte de alguém, a mesma era uma oportunidade para demonstrar a união do grupo
que rapidamente vendia algo para socorrer o necessitado.
Observe as duas colunas.
Atos 2.44 Tinham tudo em comum |
Atos 4.34 tudo lhes era comum |
O termo grego hapanta koina - todas as coisas em
comum descreve
uma atitude na igreja cheia do Espírito Santo. O que um possuía - era
como se todos possuíssem. Que fantástico!
Os textos de Atos 2.45 e Atos 4.34-35 destacam que as vendas
eram esporádicas, ou seja, na medida que havia necessidade. As propriedades
eram vendidas e usadas para o fim especifico. Não havia desvio de finalidades.
As palavras apresentadas por Lucas em Atos 2.32-35
mostra o contraste entre a atitude de Barnabé e de Ananias e Safira. Mesmo sendo
membros dessa igreja cheia do Espírito Santo, a real motivação era diferente. Uma
atitude visava a glória de Deus e a outra atitude visava a glória pessoal.
Enquanto que o apostolo Pedro e João, haviam
sido presos, interrogados e ameaçados, a vida espiritual da igreja não foi
afetada. Ela continuava unida (4.32), com grande poder (4.33) e
multiplicando-se (4.32).
É tempo de pandemia e vivemos uma séria
ameaça. Pessoas cristãs correm o perigo de esfriarem na fé. Há também a
realidade de muitos irmãos e irmãs estarem passando por necessidade. A comunhão
passa pelo compartilhar. A unidade da igreja se transforma em solidariedade. As
pessoas são mais importantes que as coisas que possuímos. William Barclay é
claro nesse ponto: “A sociedade chega a ser verdadeiramente cristã não quando
a lei nos obriga a repartir, mas quando o coração nos move a fazê-lo”.
As pessoas repartiam o que tinham. Atualmente,
guarda-se a sete chaves o que se têm. O que eu possuo é nosso!
Lucas narra uma igreja em que pregação
era a respeito da ressurreição (At 4.33). A igreja pediu poder para anunciar a
palavra com intrepidez (4.31) e Deus respondeu à oração, pois os apostolos, com
grande poder, dão testemunho da ressurreição (4.33).
Amor em ação e a mensagem da ressurreição!
Assim como no dia da descida do Espírito
Santo (At 2.42-47), Lucas nos oferece num segundo momento a descrição da
atuação do Espírito Santo na igreja (At 4).
Não somos salvos pela prática da lei,
pois não a cumprimos. No entanto, é possível observar que o Espírito Santo
motiva a pratica da lei, principalmente a lei do amor.
A lei de Deus em Dt 15.4 - 8 previa que
não poderia haver nenhum pobre entre eles. Deus em sua lei já estabeleceu a
importância e necessidade da partilha e da solidariedade. A descrição da
partilha como sendo uma prática natural mostra que a prática da fé só é
possível pelo poder do Espírito Santo.
Deus nos guarde em termos como centro da
nossa fé, Cristo o ressuscitado! Amém
ERT
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