07
de fevereiro 2021
Salmo
147.1-11; Isaías40.21-31; 1Coríntios 9.16-27; Marcos 1.29-39
Texto:
Is
40.21-31
Tema:
Deus é incomparável!
De repente alguém se aproxima de você e comenta:
você se parece com tal pessoa! E ficamos sem saber como responder, mas, também
ficamos curiosos para conhecer a pessoa que se parece conosco.
Ser semelhante a alguém, por vezes, traz benefício,
por outras, traz prejuízos.
O verso 18 e 25 fazem praticamente a mesma
pergunta: “Com
quem comparareis a Deus?”
O contexto da mensagem
do profeta Isaías 40 é o sofrimento dos exilados na Babilônia. Enquanto eles se
consideravam pessoas sem nenhuma esperança, Deus lhes enviou a mensagem de que
estava presente, pois era o seu Criador, assim, era soberano e atuante.
As palavras de Isaías
40.25-31 tornaram-se palavras de confissão da presença de Deus que atua em
favor do seu povo. Deus atua na História, mesmo no sofrimento, como Deus que
tem misericórdia de seu povo. Em sua atuação, fica evidente que o plano de Deus
para com o seu povo é de paz e de redenção.
O texto (Is 40)
ressalta que Deus, o Criador, Soberano, Senhor do mundo e da História, não se
cansa e não se fatiga, agiu e age em favor de seu povo no Servo de Deus que vai
como cordeiro ao matadouro para redimir seu povo, trazendo-lhe nova vida, nova
esperança.
A perícope de
Isaías 40.25-31 traz uma das mais belas palavras de consolação de toda a Bíblia.
O profeta busca testemunhar a glória e a soberania incomparáveis de Deus. O
desejo é que os exilados superem as dúvidas e as preocupações que surgiram com
insistência no novo e estranho ambiente da Babilônia. O profeta transmite a
pergunta feita por Deus: “a quem, pois, me comparareis...?”. A resposta
só pode ser uma: com ninguém e com nada. Ele é o único, soberano, incomparável,
santo.
Certo dia um
aluno numa prova sobre a Bíblia disse: pastor, irei colocar como
resposta Deus. Pois Deus é a resposta para tudo.
Diante da pergunta
de Deus: “a
quem, pois, me comparareis...?” a resposta do profeta parece
estranha: “O
que faz sair o seu exército de estrelas...” (v. 26).
Disse que
parece estranha a resposta, mas não é. O contexto em que Israel estava vivendo
(exílio Babilônico) naquele momento, o ambiente religioso era profundamente
influenciado pelas estrelas. Na Babilônia, as estrelas representavam deuses ou
o trono dos deuses. Estes deuses, na concepção religiosa babilônica determinava
o destino dos homens. Assim, exigia-se do povo que as estrelas fossem adoradas
como figuras representativas dos deuses.
Diante de
tantos deuses, como as estrelas, o testemunho do monoteísmo, um único Deus
Criador, Soberano, ao qual os deuses da Babilônia estavam submissos era uma
bela confissão.
Deus não ignora
a realidade de outros deuses, por isso, proíbe a adoração a outros deuses no
primeiro mandamento. Deus não quer ser trocado por deuses. Ele é o único Deus.
Num contexto
divergente, o profeta Isaías, dá um testemunho muito corajoso. Toda a adoração
astral que dominava na Babilônia era representada por Marduque, o deus-sol e
pelo próprio rei que era o sumo sacerdote do deus-sol e, seu representante na
terra.
Alguém se
aproxima de nós e fala algo achando que somos a referida pessoa. Quando se
observa que não somos aquela pessoa, se desculpa dizendo que parecemos com a
pessoa que a mesma queria falar.
Deus nos
questiona: “a
quem, pois, me comparareis...?” Será que algum dos tantos deuses podem ser comparados a
Deus? Então, por qual motivo as pessoas buscam esses deuses?
A mensagem de
Deus por meio do profeta Isaías confrontava a religião do dominador do povo de Deus.
A mensagem confrontava o reino e toda estrutura religiosa do Babilônia. A
mensagem de Deus era para um povo cansado, desmotivado e abalado pelo exílio
Babilônico e a destruição de Jerusalém. A mensagem de Deus era dirigida à um
povo perdido em meio à confusão religiosa.
A confusão religiosa
e a idolatria estava levando o povo de Deus a perder a esperança e até a
querer, assim como aconteceu no deserto (Ex 32), adorar um deus palpável. O
povo estava correndo risco de aderir e acompanhar os costumes babilônicos,
recorrer as estrelas.
O profeta
Isaías dirige a mensagem de que Deus não esqueceu de vocês: “a sabedoria dele
é insondável” (Is 40.28; Sl 147.5; Rm 11.33).
A expressão sabedoria (Hebraico – Towbunah) é um termo comumente empregado para
ressaltar a sabedoria de Deus. Além disso, a expressão “sabedoria insondável” é usada,
em menor grau, para apontar Deus como orientador da História. Deus é o regente
do mundo. A ação criadora de Deus é a manifestação da sua presença atuante em
toda a História.
Dessa forma,
o profeta anuncia ao povo para que olhem para todas coisas e continuem esperando
no Senhor. Olhem para todos as coisas e vejam que o Deus criador não esqueceu a
sua criação, ele continua no comando. Amém!
ERT
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