10 de janeiro de 2021
Salmo
29; Gênesis 1.1-5; Romanos 6.1-11; Marcos 1.4-11;
Texto:
Marcos 1.4-11
Tema:
O
mundo precisa de Jesus!
Escrito
no ano 50 d.C., o evangelho de Marcos foi o primeiro a ser escrito. Em seus 661
versículos, 50 exclusivos, o interprete de Pedro busca elucidar para aquela
comunidade composta por muitos judeus e ex gentios sobre quem é Jesus.
Quem é
Jesus Cristo? Faça essa pergunta aos seus amigos,
parentes, conhecidos. Pergunte em suas redes sociais. Tenho certeza que você
ficará impressionado com as respostas.
A
casa de Maria, mãe de João Marcos, autor do evangelho era local onde a igreja
primitiva se reunia. Ele mesmo fugiu, sem tempo de se vestir (Mc 14.52), quando
Jesus estava sendo preso.
Aprendeu
sobre Jesus, conheceu Jesus, e impactou a igreja da época e o mundo com esse
evangelho a respeito de Jesus. Tanto que inicia com as palavras: “A boa notícia
que fala a respeito de Jesus Cristo ...” (Mc 1.1).
A
boa notícia é a respeito de Jesus. Jesus é o conteúdo do evangelho. O mundo
precisa muito saber quem é Jesus. Para isso, Deus continua a chamar discípulos
e os enviando para preparar o caminho para que Jesus chegue até as pessoas.
Paul
Rees escreveu que o “evangelho não é uma argumentação, nem um debate. É uma
proclamação.” Sendo uma proclamação, se trata falar a respeito de
alguém. Sendo boa notícia, refere-se a Jesus Cristo.
No
tempo da epifania a igreja é lembrada sobre sua razão existencial. E sua
essência nesse mundo é fazer com que o evangelho, Jesus Cristo, chegue as
pessoas e por ele sejam salvas.
As
pessoas, não só pelo isolamento social, mas também devido ao individualismo,
não conhece o morador da próxima rua, corre o risco de não mais conhecer e
saber quem é Jesus. Há tanta informação a respeito de Jesus que muitas vezes se
perde em meio as informações.
Após
a ressurreição e ascensão de Jesus aos céus, surgiram muitas histórias, relatos
sobre a pessoa de Jesus e assim, tornou-se urgente e necessário dizer em breves
palavras quem é Jesus. Marcos, o primeiro evangelho a ser escrito ao iniciar
escrevendo que trará “a boa notícia que fala a respeito de Jesus Cristo ...”
(Mc 1.1), expõe de maneira clara quem é Jesus.
Na
pericope de Marcos 1.4-11, ouvimos João Batista e o próprio Deus dizendo quem é
Jesus.
João
Batista, conforme Jesus, entre os homens nascido de mulher foi o maior de todos
(Mt 11.11; Lc 7.28), deixa claro que Jesus é o centro da missão de Deus. É o
cordeiro de Deus enviado pelo Pai para tirar o pecado do mundo (Jo 1.29).
Por
ocasião do batismo de Jesus, Deus também esclarece quem é Jesus ao dizer: “Tu és o meu
Filho querido e me dás muita alegria” (Mc 1.11).
Deus
considerava Israel como sendo seu primeiro filho (Ex 4.22; Os 11.1; Jr 31.9,20;
Is 63.16), e assim todo israelita se entendia como sendo filho de Deus (Dt
14.1). Aqui, Deus chama Jesus de filho amado (querido)... Ou seja, Jesus é o agapetos, mais amado, privilegiado,
escolhido para um fim último (Gn 22.2,12,16; Is 42.1; Mc 12.6). Por ser esse
filho, nEle, Deus satisfará sua obra de redenção. Em Jesus, o servo escolhido,
Deus salva a humanidade.
João
Marcos, ao narrar o que Jesus viu após seu batismo, têm por finalidade mostrar
quem Ele é. “Jesus
viu o céu se abrir e o Espírito de Deus descer como uma pomba sobre ele”
(Mc 1.10).
Jesus
não era um dos muitos Jesuses que haviam na época. Jesus era um nome comum.
Jesus não era um ninguém, mesmo sendo apresentado sem um título honroso e sendo
de Nazaré que para ser encontrada precisava ser denominada como sendo da
Galiléia.
Jesus
é o que veio para rasgar os céus.
Durante
o tempo da pregação do profeta Isaías, vemos o povo de Deus entregue a si
mesmo. Haviam virado as costas para Deus. Céus e terra estavam fechados um para
o outro e o abismo estava escancarado. A única esperança do povo era que Deus
rasgasse o céu (Is 61).
Jesus
é o portador do Espírito Santo.
Logo
após a libertação do povo de Deus da escravidão do Egito, a população voltou-se
contra Deus, fabricando e adorando o bezerro de ouro. A partir desse evento, o
Espírito Santo só descia sobre poucos escolhidos. Mas, o fato é que após o
profeta Malaquias, por cerca de 430 anos, o Espírito não desceu sobre ninguém,
e assim, passou a ser o período do silêncio de Deus. E, o descer do Espírito sobre Jesus,
marca o fim desse silêncio.
Jesus
é o fim do julgamento de Deus sobre a terra.
Uma
pomba desceu sobre Jesus. Assim como na arca de Noé, a pomba põe fim ao
julgamento e a saída da arca, Jesus é o fim do julgamento. Jesus disse que não
veio julgar, mas salvar o mundo (Jo 12.47).
Para
apresentar esse Jesus ao mundo que tanto precisa, Deus ainda utiliza-se dos
seus precursores.
A
questão é: qual
é o nosso papel nesse missão?
Com
João Batista aprendemos nossa incumbência dentro da urgência em mostrar Jesus
para as pessoas.
Descobrimos
e assimilamos nosso lugar e honra no plano de salvação com as palavras de João
Batista: “Depois
de mim vem alguém que é mais importante do que eu, e eu não mereço a honra de
me abaixar e desamarrar as correias das sandálias dele” (Mc 1.7).
Muitas
pessoas, tanto da Judéia bem como de Jerusalém, iam até o rio Jordão e
confessavam seus pecados para João Batista e eram batizadas por ele.
João
Batista sabia que as pessoas precisavam ser alertadas sobre quem ele era e quem
ele não era. Fiel na sua missão em apontar para Jesus, destacou que não era o
mais importante. O mais importante era aquele que vinha e que mesmo um escravo
judeu não sendo obrigado a desamarrar as sandálias do seu dono, ele não era
digno sequer de fazer o trabalho que só era permitido a um escravo pagão. João
Batista não era o maior e mais importante, mas aquele que estava vindo. João
Batista compreendia sua tarefa a partir de Cristo.
Não
merecemos ser escravos de Cristo, somos honrados em servir a Deus na missão de
apontar Jesus para esse mundo.
Números
do data folha de dezembro de 2019 apontam que 1 a cada 3 brasileiros é
evangélico. Apesar de ser uma boa notícia, infelizmente os mesmos ao invés de
serem estrelas que conduzem pessoas a Cristo, os evangélicos estão sendo
classificados como progressistas e esquerdistas fanáticos. Nos tornamos
políticos e defensores políticos e deixamos de repreender Herodes e
apontar-lhes Jesus quando em pecado.
Cristo
é maior que nós e nossos interesses. O único interesse que a igreja e os
discípulos precisam zelar é apresentar Cristo a esse mundo. Em conclusão, em
Cristo o céu está aberto para o pecador e o julgamento de Deus termina. Amém!
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