08 de novembro de 2020
Salmo
70; Amós 5.18-24; 1Tessalonicenses 4.13-18; Mateus 25.1-13
Texto: A igreja, sua expectativa, esperança e missão!
Uma
comunidade angustiada e buscando respostas sobre os mortos, ressurreição e
segunda volta de Cristo. Assim como Paulo, Timóteo e Silas já haviam tratado
questões sobre sexualidade e matrimônio, agora, abordam esse tema angustiante
para aqueles cristãos.
Mas, por qual motivo
aqueles cristãos estavam aflitos quanto a esse tema?
Eram tempos de perseguição. E a morte parecia ser certa. Assim, os cristãos
gostariam de saber sobre o que aconteceria com eles se caso morressem. Será que tudo
seria o fim? A ressurreição é verdade?
Para
começar a responder essas questões, o apostolo Paulo escreve no verso 12 e 11 da
primeira epistola de Paulo aos Tessalonicenses, as seguintes palavras: “aqueles que não
são cristãos...vocês não precisarão viver as custas de ninguém” e “vivam do seu
próprio trabalho” (1Ts 4.12,11).
Essas
palavras dão o norte para o cristão. Em outras palavras, o apostolo estava
alertando para que as pessoas, os cristãos, saíssem do sistema consumista e
passassem a considerar a grande novidade da fé cristã: a vida eterna. Cuidado!
Não se deixem escravizar por essas coisas que apenas voltam nosso olhar para o
aqui e agora. Não vivam nessa ignorância, esquecendo-se da esperança que é a
ressurreição.
Os
não cristãos eram os detentores do poder e escravizavam as pessoas para poderem
possuir tudo aqui e agora. Isso por estarem presas a esse mundo. Observe um
detalhe. Não é pecado possuir bens ou ser rico. O problema é quando os bens e
as riquezas conduzem a nossa vida e esperança.
O
problema começa quando passamos a nos sentir confortáveis no poder e nos bens
materiais. Como se o poder e os bens materiais resolvem todos os nossos
problemas. Na verdade, até entre cristãos, o poder e os bens materiais podem
causar sérios danos. Essa é a mensagem do profeta Amós ao povo de Israel: “Parem com o
barulho das suas canções religiosas; não quero mais ouvir a música de harpas.
Em vez disso, quero que haja tanta justiça como as águas de uma enchente e que
a honestidade seja como um rio que não para de correr” (Am 5.23-24).
O apostolo Tiago escreveu: “Assim, também a fé, se não tiver obras, por si só está
morta” (Tg 2.17).
Como reagimos diante
de situação de morte?
Havia
muita perseguição naqueles dias em que Paulo escreveu a epistola aos
Tessalonicenses. E as perguntas a respeito da morte, ressurreição e segunda
vinda de Cristo borbulhavam entre os cristãos.
Em
cenários de perseguição, a doutrina da ressurreição é sempre colocada em
cheque. Ainda vivemos num país livre em questões religiosas e pouco nos
importamos com esse assunto. Mas, se refletirmos nos livros de Daniel, Marcos,
Mateus, Lucas e Apocalipse, vemos a importante ênfase nesse assunto.
A
mensagem da ressurreição é importante e necessária. Pois, mesmo que não haja
perseguição, há morte pelos mais variados motivos. Também as reações são as
mais variadas.
Pessoas
comentam que oram pelos seus entes queridos, pedindo que as mesmas cuidem
delas. Outras, dizem que o ente falecido está olhando e cuidando. Isso é muito
estranho a fé cristã. Mas, é uma reação emocional e racional diante da morte.
Muitos preferem se consolar nessas mensagens do que na esperança da
ressurreição.
Como reagimos diante
de situação de morte?
O
apostolo Paulo aconselha a reagir com esperança. A morte faz sofrer. Quem nessa
semana não se lembrou de um ente querido? Dia dos finados fez com
que algumas pessoas chorassem, sentisse falta de outra. Mas, Paulo, o apostolo,
escreve sob orientação do Espírito Santo, para que, por mais difícil que seja,
não nos desesperemos diante da morte. Afinal, ela foi vencida por Cristo e a
ressurreição é a nossa esperança. A segunda vinda de Cristo e a ressurreição é
a única certeza que temos. Nem a morte é certa, pois, pessoas estarão vivas
quando Cristo voltar. E dentro dessa realidade, o apostolo Paulo escreve para
que os cristãos não se iludam com o aqui e agora a ponto de perder a esperança
da volta de Cristo e ressurreição dos mortos.
A
Igreja antiga recebeu consolo e força da mensagem e certeza da ressurreição em
tempos de perseguição.
O
apostolo Paulo, junto com Timóteo e Silas escrevem na expectativa de responder
a respeito dos mortos, da ressurreição e da segunda volta de Cristo.
O
apostolo quer que os cristãos saibam a “verdade a respeito dos que já morreram...”
(1Ts 4.13). E esses que já morreram são aqueles que dormem. O termo grego é
koimoménon – fazer dormir, colocar para dormir, significando que
quem foi colocado para dormir irá acordar. E aquele que nos deu o fôlego da
vida, é aquele que tira e devolve esse fôlego por ocasião da ressurreição. Esse
é o Deus dos vivos e não dos mortos (Mt 22.32). Todos que estiverem dormindo,
serão acordados pelo toque da trombeta de Deus (1Ts 4.16). Uns tomarão posse
com seus corpos, agora gloriosos, da eternidade com o Senhor. Outros, os que
dormiram sem crer na obra de Cristo ou que estiverem vivos sem a fé em Cristo,
para o fogo eterno que foi preparado por Deus para os anjos que se revoltaram
contra Deus (Mt 25.41).
Tempos
difíceis devido a perseguição. Perguntas sobre a morte, a ressurreição e a
segunda vinda de Cristo afloravam entre os cristãos. E a equipe ministerial,
Paulo, Timóteo e Silas escrevem na expectativa de ajudar aqueles cristãos para
que não passem a viver na ignorância que vive os que não creem e não tem a
esperança cristã. E o motivo da ignorância das pessoas é o fato de estarem
presas ao aqui e agora, bem como das dúvidas quanto ao que o Senhor nos diz em sua
Palavra. A ressurreição não é uma mensagem humana. Como está escrito: “De acordo com o
ensinamento do Senhor...” (1Ts 4.15).
Observem
a frase: “...nós,
os que estivermos vivos no dia da vinda do Senhor...” (1Ts 4.15).
Parece que Paulo, Timóteo e Silas, estão dizendo que Jesus voltaria durante o
tempo em que eles vivessem! Na verdade, essa é a certeza do cristão, Jesus
virá, outra vez. E será para julgar os vivos e os mortos. Pode ser daqui há
alguns minutos, como daqui 100, 1.000, 10.000 anos. A hora é de Deus e quando “for dada a sua
palavra de ordem” (1Ts 4.16).
A nossa esperança está na volta de
Cristo!
Qual Cristo?
O verso 17 responde sobre o Jesus que virá. É o Cristo vitorioso. O contexto
da época diz que os súditos se encontravam com o senhor vencedor numa grande
festa. O combate já foi vencido. Jesus morreu, mas, ressuscitou. E virá como é,
vencedor!
É
importante destacar que a preocupação do apostolo nessa carta é tão somente os
fiéis cristãos. Eles deveriam se manter perseverantes, pois, assim que Jesus
voltar “viveremos para sempre com o
Senhor” (1Ts 4.17), e nessa certeza e esperança todos deveriam agir de
maneira missionária, ou melhor, animarem-se mutuamente uns aos outros (1Ts
4.18).
A
igreja, sua expectativa, esperança, missão e certeza: animar uns aos outros com
a mensagem da ressurreição. Jesus ressuscitou, os mortos também ressuscitarão. Amém!
ERT
Edson Ronaldo Tressmann
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