terça-feira, 16 de junho de 2020

Atitudes ante o envio!


21 de junho de 2020
Sl 91.1-10; Jr 20.7-13; Rm 6.12-23; Mt 10.5,21-33
Texto: Mateus 10.24-33
Tema: Atitudes ante o envio!

Um professor de Notre Dame, teoriza que a narrativa da igreja antiga sobre os cristãos torturados e mortos por sua fé era mordaça para lucrar. (My of Persecution na revista World - 01/06/2013). Será que os cristãos sofrem? Será que são perseguidos? Há quem negue essa realidade.
Em pleno século 21, cerca de 260 milhões de cristãos são perseguidos. Esses números, só se alguém quiser negá-los, confirmam a perseguição do passado.
Os cristãos foram e são ridicularizados, zombados, torturados e infelizmente mortos por causa da fé em Jesus. O próprio Cristo deixou dito que isso iria acontecer.
Graças a Deus que ainda o Brasil goza de liberdade religiosa. Mas, há países, nos quais testemunhar Jesus Cristo, é correr o risco de ser punido com prisão e pena de morte. Há países que proíbem a construção de igrejas cristãs; outros, proíbem reuniões para estudos bíblicos ou cultos. E, chama atenção o fato de que nesses países o cristianismo está crescendo.
Não adianta tapar o sol com a peneira. As estatísticas mostram que ano após ano o número de cristãos assassinados e martirizados, por causa de sua fé, aumenta. Essa certeza é para ânimo ou desanimo? Claro que essa realidade desanima e desperta pavor. No entanto, o evangelista Mateus (Mt 10.24-33) deixou registrado três atitudes ensinadas por Jesus ante o envio a esse mundo. E com essas, Jesus faz com que seus discípulos olhem para o futuro.
1.                 Suportem com paciência a ingratidão e o ódio do povo contra Cristo;
2.                 Sede prudentes;
3.                 Lembrai-vos do galardão celestial.
Jesus faz com os discípulos olhem para o futuro.
1) Suportai.
Ao enviá-los ao mundo para a proclamação do amor de Deus, Jesus disse aos discípulos que seriam odiados. Todavia, deveriam suportar com paciência e não temer, no fim de contas, Jesus estaria ao lado deles. Essa foi sua promessa ao enviá-los ante a ascensão sob sua autoridade (Mt 28.20).
Deus providenciou salvação por meio do sacrifício de Jesus. A missão do Pai dada a Jesus foi de pagar o preço pela humanidade caída em pecado.
Mesmo que tenhamos registros dos milagres de Jesus, sua principal missão não foi erradicar a pobreza e a miséria do mundo, curar todos os doentes, proporcionar às pessoas uma vida feliz aqui na terra. A missão de Cristo foi reconciliar a humanidade com o Pai. Ele pagou, como nosso substituto, a culpa da humanidade. Jesus, com seu sacrifício livrou o pecador do poder do diabo e da morte eterna. Ou seja, Jesus abriu as portas do céu.
As portas do céu estão abertas pela obra de Cristo. Mas, esse mundo, onde seu príncipe é o diabo (Jo 14.30), busca ofuscar essa mensagem distorcendo a mesma e, por vezes calando os cristãos atemorizando-os ante a perseguição. Lucas anotou as palavras de Paulo e Barnabé aos cristãos de Listra, Icônio e Antioquia da Psídia e o diz a nós cristãos em plena perseguição: “...por muitas tribulações lhes importava entrar no reino dos céus” (At 14.22).
Essa é a vida cristã, viver em meio as tribulações, não olhando para elas, mas continuando a caminhada. O evangelista Mateus (Mt 10.24-33), mostra os detalhes dessa caminhada. Dessa maneira, Jesus faz com os discípulos olhem para o futuro. São enviados como ovelhas ao meio de lobos (v.16), levados diante de tribunais dos judeus e dos gentios. Seus próprios familiares os denunciarão (v.36).
Jesus destaca que os discípulos serão odiados por causa do nome de Jesus (v.22).
Anos mais tarde o apostolo Pedro escreveu: “...alegrem-se por estarem tomando parte nos sofrimentos de Cristo, para que fiquem cheios de alegria quando a glória dele for revelada. Vocês serão felizes se forem insultados por serem seguidores de Cristo...” (1Pe 4.13-14).
Analisando a história, vemos que em Atenas, também Roma, haviam milhares de adoradores de centenas de ídolos. E ninguém era perseguido por causa dessa religião. No entanto, quando o nome de Jesus, o verdadeiro Deus, passou a ser proclamado, passou haver ódio e perseguição.
Jesus disse: “Se me odeiam e me levarão à morte de cruz, vocês não precisam esperar algo diferente. O discípulo não está acima do seu mestre” (v.25).
Além das várias perseguições que acompanhamos no mundo, mesmo em países com liberdade religiosa, há perseguições disfarçadas. Como seria essa perseguição disfarçada?
Quando algum pregador erguer sua voz contra algum pecado conforme apontado pela Palavra de Deus, o mesmo é acusado de preconceito, e sua voz passa a ser rechaçada. Somos odiados, perseguidos e nem percebemos.
O evangelista Lucas registrou as palavras de Jesus: “Eu vim para lançar fogo sobre a terra e bem quisera que já estivesse a arder” (Lc 12.49).
Este é o fogo é a tribulação e a perseguição. O desejo de Jesus não se deve ao fato de querer o mal dos seus, mas por saber que isto serve para o bem de sua igreja, a purificação de seus fiéis.
O apostolo Pedro escreveu aos cristãos da Ásia Menor enquanto eram perseguidos: “Essas provações são para mostrar que a fé que vocês têm é verdadeira. Pois até o ouro, que pode ser destruído, é provado pelo fogo. Da mesma maneira, a fé que vocês têm, que vale muito mais do que o ouro, precisa ser provada para que continue firme. ...” (1Pe1.7).
Jesus faz com os discípulos olhem para o futuro.
2) Sede prudentes (v.16)
É preciso ser cuidadoso. Não se coloquem desnecessariamente em perigo. Cuidado! Não busquem ser mártires. Sejam simples.
A palavra simples, significa ser sincero, fiel. Não neguem a verdade a respeito de Cristo, custe o que custar. Não seja alguém que busca agradar às pessoas com meias verdades.
Em matéria de fé, não se pode procurar agradar gregos e troianos. A verdade precisa ser dita doa a quem doer. Jesus destaca a fidelidade a Jesus, proclamando sua palavra com fidelidade. “Não temais os que podem matar o corpo e não podem matar a alma; temei antes aquele que pode fazer perecer no inferno tanto a alma como o corpo” (v.28). Cuidem para no momento de perseguição não negarem o Filho do homem e sua mensagem.
Jesus destaca que o maior de todos os relacionamentos é com a cruz de Cristo. “... quem ama seu pai ou sua mãe mais do que a mim não é digno de mim” (v.37). Tome sua cruz sobre si e siga a Jesus, e não tema o ódio das pessoas desse mundo que apenas querem interromper essa conexão com Cristo e sua cruz. Jesus está ao lado dos seus para ampará-los e fortalecê-los.
Ao dizer não temais! (v. 26) Jesus quer nos transmitir consolo e certeza. Esta palavra não temais com seus sinônimos aparece mais de 300 vezes na Bíblia, pois Jesus quer que recebamos da sua Palavra consolo e certeza de cuidado.
Jesus faz com os discípulos olhem para o futuro.
3) Jesus os consola com a promessa do galardão celestial (v.41).
Jesus diz que quando os discípulos forem levados diante dos tribunais, dos reis e ao martírio, o Espírito Santo daria a eles as palavras certas para dizer. O salmista Davi nos ensina a pedir: “Ó Senhor, põe as palavras certas na minha boca, e eu te louvarei” (Sl 51.15).
Jesus faz com que os discípulos olhem para a glória futura que está reservada aos que creem e sofrem e são perseguidos por crer. Sabendo do desânimo ao qual os discípulos estariam expostos, lembra-lhes: “Quem vos recebe a mim me recebe, recebe aquele que me enviou” (v.40).
Querido irmão e irmã em Jesus. Diante da perseguição desse mundo orientado pelo diabo, só poderemos persistir, fixando nossos olhos para frente. A contemplação da glória celestial nos dá forças para suportar desavenças, ódio e até mesmo o martírio.
Nesse sentido, continuemos corajosos no anunciar a Palavra de Deus. Continuemos a convidar ao arrependimento e à fé, apontando a vinda de Cristo para julgar vivos e mortos. Continuemos abundantes no servir a nosso Deus por nossas ofertas, serviço e trabalho no reino de Deus.
Lembre-se que é Jesus quem disse: Não temais! Amém.
ERT
Edson Ronaldo Tressmann

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