segunda-feira, 25 de maio de 2020

Ainda é Pentecostes!


Pentecostes
Dia 31 de maio de 2020
Salmo 25.1-15; Números 11.24-30; Atos 2.1-21; João 7.37-39

Texto: Nm 11.24-30
Tema: Ainda é Pentecostes!

Hoje é dia de Pentecostes!
E há pelo menos 3 pentecostes narrados na Bíblia e um em pleno século 21. Como assim? Deixe-me explicar melhor.
O primeiro pentecostes na Bíblia, se deu por ocasião da Torre de Babel. Claro que foi o pentecostes ao contrário. As diferentes línguas fizeram as pessoas se afastar uma da outra e se espalhar pela terra. Esse pentecostes foi necessário, afinal, o ser humano voltou-se contra a vontade de Deus. Enquanto Deus desejava que eles se espalhassem pela terra, eles resolveram se unir em torno de si mesmos e num só lugar (Gn 11).
Isso já nos leva ao pentecostes narrado por Lucas em Atos 2. Nessa ocasião o Espírito Santo foi enviado e nas mais variadas línguas, todas as pessoas ouviram a mesma mensagem. Os turistas que estavam presentes em Jerusalém, ouviram na sua própria língua a mensagem de Deus. Era preciso que a mensagem a respeito de Cristo se espalhasse e começou por esse dia em Jerusalém através dos turistas ali presentes.
E outro pentecostes é odo deserto. Narrado por Moisés em Números 11.24-30. Qual foi o motivo desse pentecostes?
O povo está marchando para Moabe. Desde Nm 10.11 até 12. 12.16 acompanhamos a caminhada do povo do Sinai até Cades. E uma das marcas desse povo na sua caminhada é a reclamação. Com muita frequência o povo se esquecia e ignorava as bênçãos de Deus. E pior, encontravam defeitos na providência divina.
Três dias depois do culto de louvor no Mar Vermelho (Êx 15.22-27), murmuraram contra Moisés e Deus por não terem água para beber. O tempo passou e 3 dias após deixarem o Sinai (Nm 10.33) queixam-se novamente.
O povo de Deus permaneceu quase um ano acampado numa região monótona. Isso os levou ao desanimar nas dificuldades de uma nova jornada.
O povo passou a reclamar. O termo hebraico – asapsup – é usado por Moisés para descrever a gentalha, ou melhor, os egípcios que saíram do Egito e acompanharam o povo de Deus (Êx 12.38). Esses passaram a reclamar.
Seis dias da semana, o povo vivia um verdadeiro milagre. O pão do céu (Sl 78.24; 105.40), caia todas as manhãs e provinha o sustento necessário. Mas, quando se passa a reclamar, esquecer e ignorar a providencia de Deus, ficamos enjoados. Os incandescentes desejavam que o cardápio de Deus fosse melhorado (Nm 11.8).
E, Moisés que havia cantado triunfantemente a respeito do Senhor (Nm 10.35-36), queixou-se com Deus sobre o seu chamado (Nm 11.11-15). Em outras palavras, Moisés desanimou. E frustrado e desanimado, Moisés levou seus fardos ao Senhor e, aceitou a decisão de Deus (Nm 11.17).
E Deus decidiu repartir o comando (Nm11.17) e enviar auxiliares espirituais para que o povo tivesse cuidado também espiritual, haja visto que o social já havia encarregados para fazê-lo (Êx 18).
Deus disse a Moisés para que escolhesse 70 anciãos e esses receberiam de Deus o seu Espírito e teriam a missão de ajudar na condução espiritual do povo (Nm 11.25).
Deus decidiu e prometeu o Espírito e o mesmo foi distribuído para 70 anciãos escolhidos por Moisés (Nm 11.25,29). O “ruah” (Espírito) deu a eles o dom da profecia (Nm11.26-30). E esse dom é característica do Espírito de Deus (1Sm 10.6-13; 19.20-24; Jl2.28; At 2.4; 1CO 12.10).
Esse é o Pentecostes do deserto!
Profetizaram por Deus ter colocado neles seu Espirito.
Mas, dentre os 70 escolhidos, 68 estavam reunidos no tabernáculo. Eldade e Medade não estavam presentes. Não sabemos por qual motivo, mas, não foram disciplinados pelo Senhor e nem por Moisés. Não perderam a bênção de Deus, mesmo fora do tabernáculo receberam o Espirito e profetizavam.
Ao receber a notícia, Josué ficou perturbado e solicitou a Moisés que eles parassem com aquilo. Moisés teve que lidar com a questão da exclusividade espiritual. João Batista (Jo 3.26-30), Jesus (Lc 9.46-50) e Paulo (Fp 1.15-18) também tiveram que lidar com esse assunto.
Não se sabe explicar, mas Josué achava que Moisés e Deus estavam perdendo alguma coisa ao permitir que esses dois homens recebessem o Espírito Santo e profetizassem.
Moisés, ao contrário de Josué, ficou cheio de alegria (Nm 11.29).
O Espírito Santo não é uma exclusividade de uma pessoa ou de uma igreja. O Espírito de Deus sopra onde quer.
Em pleno ano de 2020, século 21, vivenciamos o pentecostes. Os templos estão fechados e apenas um grupo, pastor e 5 ou seis auxiliares estão no templo. E será que só eles recebem o Espirito Santo? E os que estão em casa, online? Serão esses prejudicados?
O pentecostes de 2020 é maravilhoso!
Ao perguntar para Josué: “Você está com ciúmes por mim?” (Nm 11.29), Moisés enfatiza a universalidade do evangelho. O Espírito Santo faz com que as pessoas conheçam a Cristo.
Dias atrás um colega de ministério compartilhou comigo uma experiência maravilhosa. Disse-me que após uma das transmissões on-line de um culto, uma pessoa entrou em contato dizendo que já estava afastada da igreja 25 anos. E agora, em isolamento, tendo recebido o compartilhamento do culto e assistido o mesmo, está disposta a seguir uma igreja após a pandemia. Pentecostes do século 21!
O Espírito Santo faz do ser humano um interlocutor de Deus. Viva o pentecostes em meio ao COVID-19. Amém!
ERT
Edson Ronaldo TREssmann

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