Texto:
Mateus 4.1-11
Tema:
Lição do episódio da tentação!
O episódio da tentação de Jesus é
apresentado por três, dos quatro evangelistas: Mateus (4), Marcos (1) e Lucas
(4). No entanto, apenas Mateus e Lucas apresentam três tentações. Transformar pedras em pães (Mt 4.3; Lc 4.3;); atira-te abaixo e os anjos te sustentarão (Mt
4.6; Lc 4.9); e se me adorares, tudo te darei
(Mt 4.9; Lc 4.7). Marcos e Lucas, diferentemente de Mateus, destacam que
durante os 40 dias Jesus foi tentado.
O registro dessas tentações mostram, para
nosso conforto que Jesus foi tentado assim como nós também somos, “...mas sem pecado”
(Hb 4.15). Todavia, essa não é a única lição do episódio da tentação de Jesus.
Observe que Jesus foi tentado pelo Diabo
com citações bíblicas. O que chama atenção é que Jesus rebate as citações
bíblicas do Diabo com trechos de Deuteronômio (Dt 8.3; 6.16; 6.13). Esse livro
retrata a promessa do profeta que seria enviado da parte de Deus (Dt 18). Em Deuteronômio,
Moisés mostra para a segunda geração de cristãos quem é Deus. Assim, o Diabo,
sutilmente diz para Jesus que Deus é amoroso e não deixa que seus filhos morram
de fome; Deus é protetor e não deixa que se acidentem e que Deus dá poder e
posses a quem o adora. E ante a essas tentações com citações bíblicas, Jesus ao
citar o livro de Deuteronômio, está enfatizando que ele é o profeta enviado da
parte de Deus.
Nesse episódio da tentação de Jesus,
aprendemos que para vencer os ataques do tentador é preciso entender o que de
fato e de verdade a Bíblia diz.
Jesus mostra que a Bíblia precisa ser
interpretada em seu contexto e nunca ser citada a esmo. Um sermão não é apenas
uma serie de citação da Bíblia, mas, a interpretação do texto em si.
Um dos piores ataques do diabo é quando
nos ataca com a Bíblia na mão. Por isso, benzimento e outras atividades fazem
sucesso, pois, a esmo usam o nome de Deus e até sua Palavra.
O diabo tenta com a Bíblia na mão, e o
único jeito de vencê-la é fazer uso correto da Bíblia assim como Jesus fez. Por
isso somos exortados a não tomar o nome de Deus em vão. Ou seja, não usar o
nome de Deus a ponto de distorcê-lo.
Três tentações: Transformar
pedras em pães (Mt 4.3; Lc 4.3;); atira-te
abaixo e os anjos te sustentarão (Mt 4.6; Lc 4.9); e se me adorares, tudo te darei (Mt 4.9; Lc
4.7).
Jesus habilmente vence essas tentações
citando as palavras de Moisés registradas em Deuteronômio (Dt 8.3; 6.16; 6.13).
Não por acaso, Jesus cita o livro que trata da teologia da instrução. Jesus faz
isso para que, assim como Moisés, falando para uma segunda geração, destacar
quem é Deus. As citações de Jesus destacam a confiança em Deus.
Nesse tempo de quaresma, somos
convidados olhar para Deus e para o seu amor e não nas nossas supostas
realizações. De outra forma, somos convidados a confiar em Deus, num contexto
de desconfiança. Podemos olhar para o convite de confiança diante do
questionamento: Como
confiar num Deus que permite passar privações e dificuldades? Fome, acidentes, existência de outros deuses.
O povo de Deus, reunido na fronteira da
terra prometida, ouve os discursos de Moisés. O povo de Deus ouviu as palavras
que Jesus citou ao Diabo quando por ele foi tentado. O povo que ouviu as
palavras de Deuteronômio eram da geração dos que haviam falhado no deserto
justamente por terem deixado de confiar em Deus nas situações difíceis da
caminhada.
Jesus cita Deuteronômio para interpretar
as citações bíblicas proferidas pelo Diabo. E nas suas citações e
interpretação, Jesus convida a confiar em Deus para não ser derrotado no
deserto da tentação. Afinal, é fácil desviar-se de Deus nos períodos de
carência de bens, nas tragédias, ainda mais pelo panteão de deuses.
Primeiro domingo da quaresma e Jesus nos
convida a confiar em Deus não importa qual seja a circunstância. Amém!
ERT
Edson Ronaldo
TREssmann
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