24 de novembro de 2019
Ultimo Domingo do Ano da Igreja.
Salmo 46; Malaquias 3.13-18; Colossenses
1.13-20; Lucas 23.27-43
Texto para prédica: Cl 1.13-20
Tema: Quem é
Jesus?
Quem mora em cidade pequena, diante
de uma pessoa estranha, não conhecida na cidade, pergunta: quem é fulano de tal? E a
resposta sempre é: fulano de tal é da família tal. E assim, o desconhecido
torna-se conhecido e familiar para outras pessoas.
Você sabe quem é Jesus? Não estou falando do técnico
do Flamengo. Eu quero saber
quem é Jesus Cristo?
O que as muitas páginas do Novo
Testamento descreve, Paulo responde num só parágrafo (Cl 1.13-20). É incrível
como Paulo conseguiu resumir tão bem a doutrina a respeito de Cristo nessas poucas
palavras. Só é possível porque a Bíblia é de autoria do Espírito Santo. É tão
magnifica a resposta do apostolo, que eu preciso de algumas páginas para tentar
desenvolver o que está resumido nessa alínea.
Antes da resposta sobre quem é Jesus,
lembro-lhes que na época havia uma seita conhecida como gnosticismo, que por sua
vez, não era nova, mas, uma concepção religiosa provinda do Oriente, Pérsia.
Para os gnósticos há dois deuses. Um
deus bom e outro mau. O mundo foi criado por esse deus mau, por isso, as
inúmeras tragédias. Todo mal se deve a matéria, corpo. A salvação é libertar-se
dessa cadeia má que é o corpo. E para que haja essa libertação é preciso
adquirir conhecimento genuíno. E esse conhecimento genuíno se dá na
conscientização de que o homem é um deus.
Os gnósticos negam a salvação por
meio da morte e ressurreição de Cristo, não acreditam no pecado, nos anjos, na
existência do diabo, e nem no pecado original.
Não pense que o gnosticismo é coisa
ultrapassada, pois não é. Está presente e reapareceu com muita força devido ao
livro Código da Vinci, de Dawn Brown
(Editoa Sextante, 2004). O gnosticismo é a base filosófica de muitos movimentos
e seitas: Nova Era, Espiritismo, Hinduísmo, Maçonaria, etc.
A pergunta é simples: Quem é Jesus?
Mas, a resposta depende de como eu ouvi e aprendi sobre. Depende de onde estou,
o que ouço, o local que estou frequentando para obter esse feedback.
O apostolo Paulo está combatendo ideias
distorcidas pelo gnosticismo a respeito de Cristo. E num pequeno inciso (Cl
1.13-20), fala sobre Jesus de maneira magnifica.
Não sei você, mas, quando o apostolo
Paulo respondeu sobre quem é Jesus? disse que Jesus Cristo...
...é o Salvador (vv.13-14);
...é o Criador (vv.15-17);
...é o cabeça da igreja (v.18);
...é o amado do Pai (vv.19-20);
O evangelista Lucas ao pesquisar a
respeito de Jesus, o fez para querer entender a respeito da ressurreição. Como
médico, cientificamente, não dava para compreender a ressurreição, apenas crer.
Para muitos, tudo termina no
cemitério. A morte põe um fim em tudo. Mas, não é assim! Deus criou o mundo e
tudo o que nele há para existir eternamente. O problema foi a queda em pecado.
E essa queda em pecado, atrapalha nossa relação com Deus e com as pessoas. A
própria natureza tornou-se refém da queda em pecado (Rm 8.22-24).
Para restaurar todas as coisas após a
queda em pecado e colocá-las de acordo com a intenção de Deus, viver eternamente, Deus nos enviou seu
Filho Jesus.
Quem é Jesus?
...é o Salvador (vv.13-14);
...é o Criador (vv.15-17);
...é o cabeça da igreja (v.18);
...é o amado do Pai (vv.19-20);
Jesus Cristo é o Salvador (vv.13-14).
Ele nos libertou (v.13);
Quando se nega a existência do
pecado, assim como o gnósticos, rejeita-se o salvador. Sem a realidade do pecado - Cristo pode
ser qualquer coisa.
O apostolo Paulo escreveu que Cristo nos
libertou (v.13) - livrou do perigo.
O grande perigo é a morte eterna, e
não poderíamos e nem podemos nos livrar por conta própria. Foi isso que Cristo
fez. Não corremos mais o perigo de passar uma eternidade separados de Deus.
Os gnósticos acreditavam que uma
organização de espíritos perversos controlavam o mundo (Cl 1.16; 2.10,15) e
assim, ao dizer que Cristo nos libertou ou nos livrou do perigo, Paulo
destaca que estamos sob o domínio de Jesus.
Jesus Cristo é o Salvador (vv.13-14).
Ele nos transportou (v.13);
O verbo transportar era usado para
descrever a deportação da população de um país para outro. Termo conhecido em
Colossos, afinal, a história registra que Antíoco, o Grande, transportou cerca
de dois mil judeus da Babilônia para Colossos.
Se o apostolo Paulo havia escrito que
Jesus nos livrou do perigo (v.13), agora, destaca que o fez para nos dar um
novo rumo. Ele nos colocou no reino. Não é qualquer reino, pois: “nos transportou
para o reino do seu amor...” (v.13).
Jesus Cristo é o Salvador (vv.13-14).
Ele nos redimiu (v.14)
Redimir significa que foi pago um
preço de resgate. O preço pago era estipulado pela própria lei de Deus. E como o
diabo nos acusa de sermos transgressores da lei de Deus, Deus nos enviou Jesus
para pagar o preço do nosso resgate. Agora, temos Jesus para justificar-nos. Somos
salvos pela fé, os braços que nos agarram em Cristo.
Jesus Cristo é o Salvador (vv.13-14).
Ele nos perdoou (v.14)
Perdão tem o sentido de mandar embora, cancelar uma
dívida. Deus em seu Filho Jesus não só nos libertou do perigo, e nos
transportou para uma nova realidade. Ele também cancelou as nossas dívidas e
assim, o diabo não tem mais como nos acusar.
O perdão é um ato de sua graça. Não merecemos
o perdão. Não conquistamos o perdão. Deus perdoa, porque nos ama e nos criou
para vivermos juntos dele. O preço pago para que isso fosse possível foi o seu
único filho.
Deus em Jesus nos perdoa porque sabe
o quão amargo é uma vida sem perdão. Pessoas que não perdoam, sofrem
amarguradas. Pessoas que não sabem que são perdoadas em Cristo, sofrem
amarguradas (1Co 6.9-11).
O perdão teve um preço e esse foi
pago no alto da cruz. O perdão que nos é pedido por outro e por nós oferecido também
é gratuito (Cl 3.13).
Quem é Jesus?
Uma pergunta simples, mas, dependendo
de onde e como estou, não sei responder.
A palavra de Deus responde dizendo
que Jesus Cristo é
...é o Salvador (vv.13-14);
...é o Criador (vv.15-17);
...é o cabeça da igreja (v.18);
...é o amado do Pai (vv.19-20);
Jesus Cristo é aquele que nos
libertou, transportou, redimiu e perdoou. Assim, por mais que passemos por
sofrimentos e tribulações no presente momento, a criação não está destinada ao
fracasso, a igreja será vitoriosa e, assim como Cristo, somos amados pelo nosso
Pai.
Esses olhos verão a Cristo. Esse
corpo foi redimido pelo Senhor. Esse corpo peca por ser pecador. Não se desvie
dessa verdade. E saiba que, Cristo veio nos libertar, transportar, redimir e
perdoar, para que eu assim como Adão e Eva possa ver Deus face a face. Amém!
Edson Ronaldo Tressmann
Bibliografia
WIERSBE. Warren W. Comentário Bíblico expositivo. Novo
testamento 2. Santo André, SP. Editora Geográfica, 2017.
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