17/11/19
Sl 98; Ml 4. 1 - 6; 2Ts 3. 6 - 13; Lc 21. 5 - 28
Texto para prédica: Lc 21.5-28
Tema: Em
absoluta segurança!
Se você tivesse a chance de fazer uma
pergunta à Jesus: qual pergunta você faria? Qual o motivo em
fazer essa pergunta? Qual resposta
você queria ouvir a respeito dessa sua pergunta?
No capítulo 20, o capítulo da
pergunta, ouvimos a pergunta dos principais sacerdotes e escribas e anciãos
sobre a autoridade de Jesus (Lc 20.1), espiões pagos que fingiram ser justos e
perguntaram a Jesus sobre impostos (Lc 20.20-22). Também os saduceus que
questionaram sobre a ressurreição (Lc 20.27). E agora, temos três perguntas dos
discípulos Pedro, Tiago e João (Lc 21.7).
Eles perguntaram 1) – quando o templo
seria destruído; 2) – quais seriam os sinais de sua vinda; 3) – quais seriam os
sinais do fim dos tempos? (Mc 13.3-4; Mt 24.3).
O templo era uma construção ornada com
decorações caras e os discípulos questionam sobre toda essa riqueza.
Jesus está no monte das Oliveiras e
ao olharem para o Templo, contemplando sua suntuosidade, questionam Jesus sobre
o futuro.
E aqui temos o registro do “discurso
do monte das Oliveiras”, que é o maior sermão profético pregado por Jesus. Está
detalhado em Mateus 24 e 25 e Marcos 13. Lucas retirou alguns detalhes de
Mateus e Marcos por estar preocupado com seu público alvo, os gentios. Por
isso, omitiu elementos judaicos.
Mesmo que a ênfase seja sobre
Jerusalém, povo de Israel e o Templo, não tem como não aplicar para nós essas
palavras de Jesus.
Os discípulos estavam impressionados
com a beleza e com o maior orgulhos dos israelitas: o Templo. E Jesus diz que
toda essa beleza e orgulho será destruído.
Jesus não é um estraga prazer. Mas,
suas palavras tem por intenção fazer os discípulos olharem para outra direção.
Nossos olhos precisam ser desviados do supérfluo e direcionados para o essencial.
A pergunta dos discípulos (Lc 21.7): 1) – quando o templo seria destruído; 2) – quais seriam os sinais de sua vinda;
3) – quais seriam os sinais do fim
dos tempos? (Mc 13.3-4; Mt 24.3), não tem a resposta desejada. Os discípulos
gostariam de obter informações privilegiadas por serem discípulos de Jesus.
Essas informações os ajudariam a se preparar, montar estratégias e saírem ilesos
diante da destruição do templo.
Quem de nós não gostaria de saber algo sobreo futuro para
se precaver?
A resposta de Jesus: “Tomem
cuidado para que ninguém engane vocês. Porque muitos vão aparecer fingindo ser
eu, dizendo: “Eu sou o Messias” ou “Já chegou o tempo”. Porém não sigam essa
gente. Não tenham medo quando ouvirem falar de guerras e de
revoluções. Pois é preciso que essas coisas aconteçam primeiro. Mas isso não
quer dizer que o fim esteja perto. E continuou: Uma nação
vai guerrear contra outra, e um país atacará outro. Em vários lugares haverá
grandes tremores de terra, falta de alimentos e epidemias. Acontecerão coisas
terríveis, e grandes sinais serão vistos no céu. Mas, antes de acontecer tudo
isso, vocês serão presos e perseguidos. Vocês serão entregues para serem
julgados nas sinagogas e depois serão jogados na cadeia. Por serem meus
seguidores, vocês serão levados aos reis e aos governadores para serem
julgados. E isso dará oportunidade a vocês para anunciarem o evangelho. Resolvam
desde já que não vão ficar preocupados, antes da hora, com o que dirão para se
defender. Porque eu lhes darei palavras e sabedoria que os seus inimigos não
poderão resistir, nem negar. Vocês serão entregues às autoridades pelos seus
próprios pais, irmãos, parentes e amigos, e alguns de vocês serão mortos. Todos
odiarão vocês por serem meus seguidores. Mas nem um fio de cabelo de vocês será
perdido. Fiquem firmes, pois assim vocês serão salvos” (Lc 21. 8-19).
O objetivo de Jesus não é assustar. Os
episódios do fim: guerras, revoluções, uma nação guerreando contra outra, um
país atacando outro, tremores de terra em várias partes do mundo, falta de
alimentos, epidemias, sinais vistos no céu, cristãos sendo presos e perseguidos,
crentes sendo entregues para serem julgados por juízes, governadores e nas igrejas
e, sendo jogados na cadeia, Jesus quer nos alertar. E o alerta é, não queiram
ser privilegiados com essas informações, mas, que esses sinais mostrem a
urgência em ser testemunha de Jesus Cristo. Não se preocupe com o que irá
testemunhar, Jesus dará o testemunho certo, na hora certa.
Por mais que haja temor, a sensação
de medo não irá paralisar, ao contrário, será motivação para o testemunho. O
objetivo do testemunho é consolar as pessoas que estiverem sofrendo e até
desanimando.
Muitas vezes não sabemos o que dizer,
ou responder, no entanto, a promessa de Jesus é clara. Ele nos dará boca e
sabedoria a qual as pessoas não irão resistir e nem contradizer (Lc 21.14-15).
Quando os cristãos serem perseguidos,
presos, levados ao tribunal, Jesus será o orador por nós. Não haverá necessidade
de preparar um discurso. Ele nos dará o poder para falar, assim como fez com
Moisés ao ser enviado para falar com o Faraó (Ex 4.11-12).
Lucas, no livro de Atos mostra que os libertos, os cireneus, os
alexandrinos, os da Cilicia e os da Ásia, enquanto discutiam com Estevão, não
podiam resistir à sabedoria e ao Espirito pelo qual lhes falava (At 6.10).
Enquanto famílias estiverem vivendo em meio a muitas discórdias e sendo
separadas por causa de Cristo. Enquanto cristãos estiverem sendo odiados,
entregue as autoridades e até mortos por parentes, Jesus usará os seus para que
esses testemunhem a respeito de Jesus Cristo para que esses sejam salvos.
Se para você isso não é justo, lembre-se das palavras do apostolo Pedro
(1Pe 4.16), agradeça a Deus por ser cristão e ser a boca de Cristo para pessoas
que precisam ter seus olhos direcionados para a majestosa vida futura. A qual
os cristãos já estão seguros, afinal, a morte física pode ocorrer a uma pessoa
cristã, mas isso não mata, pois a morte não mata uma pessoa cristã. Lembre-se
que Jesus disse: “...Deus é Deus dos vivos e não dos mortos” (Lc 20.38).
Diante do fim, quando as pessoas virem famílias sendo desfeitas, prédios
ruindo por terremotos e guerras, esfriamento do amor, muitos, com medo,
apavorados, esquecer-se-ão da vida eterna em Cristo Jesus.
O mundo atual, vivenciando a pós-modernidade, está mergulhada no
ceticismo. Os céticos são aqueles que não mais acreditam e passam a duvidar de
tudo o que se refere as coisas de Deus.
Os ateus, agnósticos e os sem religião já somam 15 milhões no Brasil. A fé
está esfriando no país onde a fé católica é maior em todo o mundo e onde a
igreja mais cresce ultimamente. Como é possível esfriar a fé onde ela está presente?
Um dos fatores é a situação econômica. Quanto mais rica é uma sociedade, mais
secular ela se torna.
Na Suécia e na Dinamarca, 64% e 48% de suas populações são declaradamente
ateia. Se nada interromper o esfriamento da fé, países como Canadá, Austrália,
Áustria, Finlândia, Irlanda, Holanda, Nova Zelândia, Suiça e RepúblicaTcheca
terão da maioria da sua população longe de Deus.
Jesus faz promessas maravilhosas, tais como: seremos suas testemunhas em
meio à confusão (v.13); não se perderá nenhum fio de cabelo, suas almas serão
preservadas (v.18); mantenham-se perseverantes, pois, vocês recebem o cuidado
de Deus (v.19). Amém!
Pr Edson
Ronaldo Tressmann
Bibliografia: Dogmática cristã. Volume
II. John Theodore Mueller. Tradução Martinho L. Hasse. Ed. Concórdia, Porto
Alegre, RS, 1960. Pp. 48 – 50
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