segunda-feira, 11 de novembro de 2019

Em absoluta segurança!


17/11/19
Sl 98; Ml 4. 1 - 6; 2Ts 3. 6 - 13; Lc 21. 5 - 28
Texto para prédica: Lc 21.5-28
Tema: Em absoluta segurança!

Se você tivesse a chance de fazer uma pergunta à Jesus: qual pergunta você faria? Qual o motivo em fazer essa pergunta? Qual resposta você queria ouvir a respeito dessa sua pergunta?
No capítulo 20, o capítulo da pergunta, ouvimos a pergunta dos principais sacerdotes e escribas e anciãos sobre a autoridade de Jesus (Lc 20.1), espiões pagos que fingiram ser justos e perguntaram a Jesus sobre impostos (Lc 20.20-22). Também os saduceus que questionaram sobre a ressurreição (Lc 20.27). E agora, temos três perguntas dos discípulos Pedro, Tiago e João (Lc 21.7).
Eles perguntaram 1) – quando o templo seria destruído; 2) – quais seriam os sinais de sua vinda; 3) – quais seriam os sinais do fim dos tempos? (Mc 13.3-4; Mt 24.3).
O templo era uma construção ornada com decorações caras e os discípulos questionam sobre toda essa riqueza.
Jesus está no monte das Oliveiras e ao olharem para o Templo, contemplando sua suntuosidade, questionam Jesus sobre o futuro.
E aqui temos o registro do “discurso do monte das Oliveiras”, que é o maior sermão profético pregado por Jesus. Está detalhado em Mateus 24 e 25 e Marcos 13. Lucas retirou alguns detalhes de Mateus e Marcos por estar preocupado com seu público alvo, os gentios. Por isso, omitiu elementos judaicos.
Mesmo que a ênfase seja sobre Jerusalém, povo de Israel e o Templo, não tem como não aplicar para nós essas palavras de Jesus.
Os discípulos estavam impressionados com a beleza e com o maior orgulhos dos israelitas: o Templo. E Jesus diz que toda essa beleza e orgulho será destruído.
Jesus não é um estraga prazer. Mas, suas palavras tem por intenção fazer os discípulos olharem para outra direção. Nossos olhos precisam ser desviados do supérfluo e direcionados para o essencial.
A pergunta dos discípulos (Lc 21.7): 1) – quando o templo seria destruído; 2) – quais seriam os sinais de sua vinda; 3) – quais seriam os sinais do fim dos tempos? (Mc 13.3-4; Mt 24.3), não tem a resposta desejada. Os discípulos gostariam de obter informações privilegiadas por serem discípulos de Jesus. Essas informações os ajudariam a se preparar, montar estratégias e saírem ilesos diante da destruição do templo.
Quem de nós não gostaria de saber algo sobreo futuro para se precaver?
A resposta de Jesus: “Tomem cuidado para que ninguém engane vocês. Porque muitos vão aparecer fingindo ser eu, dizendo: “Eu sou o Messias” ou “Já chegou o tempo”. Porém não sigam essa gente. Não tenham medo quando ouvirem falar de guerras e de revoluções. Pois é preciso que essas coisas aconteçam primeiro. Mas isso não quer dizer que o fim esteja perto. E continuou: Uma nação vai guerrear contra outra, e um país atacará outro. Em vários lugares haverá grandes tremores de terra, falta de alimentos e epidemias. Acontecerão coisas terríveis, e grandes sinais serão vistos no céu. Mas, antes de acontecer tudo isso, vocês serão presos e perseguidos. Vocês serão entregues para serem julgados nas sinagogas e depois serão jogados na cadeia. Por serem meus seguidores, vocês serão levados aos reis e aos governadores para serem julgados. E isso dará oportunidade a vocês para anunciarem o evangelho. Resolvam desde já que não vão ficar preocupados, antes da hora, com o que dirão para se defender. Porque eu lhes darei palavras e sabedoria que os seus inimigos não poderão resistir, nem negar. Vocês serão entregues às autoridades pelos seus próprios pais, irmãos, parentes e amigos, e alguns de vocês serão mortos. Todos odiarão vocês por serem meus seguidores. Mas nem um fio de cabelo de vocês será perdido. Fiquem firmes, pois assim vocês serão salvos” (Lc 21. 8-19).
O objetivo de Jesus não é assustar. Os episódios do fim: guerras, revoluções, uma nação guerreando contra outra, um país atacando outro, tremores de terra em várias partes do mundo, falta de alimentos, epidemias, sinais vistos no céu, cristãos sendo presos e perseguidos, crentes sendo entregues para serem julgados por juízes, governadores e nas igrejas e, sendo jogados na cadeia, Jesus quer nos alertar. E o alerta é, não queiram ser privilegiados com essas informações, mas, que esses sinais mostrem a urgência em ser testemunha de Jesus Cristo. Não se preocupe com o que irá testemunhar, Jesus dará o testemunho certo, na hora certa.
Por mais que haja temor, a sensação de medo não irá paralisar, ao contrário, será motivação para o testemunho. O objetivo do testemunho é consolar as pessoas que estiverem sofrendo e até desanimando.
Muitas vezes não sabemos o que dizer, ou responder, no entanto, a promessa de Jesus é clara. Ele nos dará boca e sabedoria a qual as pessoas não irão resistir e nem contradizer (Lc 21.14-15).
Quando os cristãos serem perseguidos, presos, levados ao tribunal, Jesus será o orador por nós. Não haverá necessidade de preparar um discurso. Ele nos dará o poder para falar, assim como fez com Moisés ao ser enviado para falar com o Faraó (Ex 4.11-12).
Lucas, no livro de Atos mostra que os libertos, os cireneus, os alexandrinos, os da Cilicia e os da Ásia, enquanto discutiam com Estevão, não podiam resistir à sabedoria e ao Espirito pelo qual lhes falava (At 6.10).
Enquanto famílias estiverem vivendo em meio a muitas discórdias e sendo separadas por causa de Cristo. Enquanto cristãos estiverem sendo odiados, entregue as autoridades e até mortos por parentes, Jesus usará os seus para que esses testemunhem a respeito de Jesus Cristo para que esses sejam salvos.
Se para você isso não é justo, lembre-se das palavras do apostolo Pedro (1Pe 4.16), agradeça a Deus por ser cristão e ser a boca de Cristo para pessoas que precisam ter seus olhos direcionados para a majestosa vida futura. A qual os cristãos já estão seguros, afinal, a morte física pode ocorrer a uma pessoa cristã, mas isso não mata, pois a morte não mata uma pessoa cristã. Lembre-se que Jesus disse: “...Deus é Deus dos vivos e não dos mortos” (Lc 20.38).
Diante do fim, quando as pessoas virem famílias sendo desfeitas, prédios ruindo por terremotos e guerras, esfriamento do amor, muitos, com medo, apavorados, esquecer-se-ão da vida eterna em Cristo Jesus.
O mundo atual, vivenciando a pós-modernidade, está mergulhada no ceticismo. Os céticos são aqueles que não mais acreditam e passam a duvidar de tudo o que se refere as coisas de Deus.
Os ateus, agnósticos e os sem religião já somam 15 milhões no Brasil. A fé está esfriando no país onde a fé católica é maior em todo o mundo e onde a igreja mais cresce ultimamente. Como é possível esfriar a fé onde ela está presente? Um dos fatores é a situação econômica. Quanto mais rica é uma sociedade, mais secular ela se torna.
Na Suécia e na Dinamarca, 64% e 48% de suas populações são declaradamente ateia. Se nada interromper o esfriamento da fé, países como Canadá, Austrália, Áustria, Finlândia, Irlanda, Holanda, Nova Zelândia, Suiça e RepúblicaTcheca terão da maioria da sua população longe de Deus.
Jesus faz promessas maravilhosas, tais como: seremos suas testemunhas em meio à confusão (v.13); não se perderá nenhum fio de cabelo, suas almas serão preservadas (v.18); mantenham-se perseverantes, pois, vocês recebem o cuidado de Deus (v.19). Amém!

Pr Edson Ronaldo Tressmann
Bibliografia: Dogmática cristã. Volume II. John Theodore Mueller. Tradução Martinho L. Hasse. Ed. Concórdia, Porto Alegre, RS, 1960. Pp. 48 – 50

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