domingo, 23 de junho de 2019

A verdadeira liberdade é viver em favor do próximo!

Terceiro Domingo após Pentecostes

Textos: Sl 16; 1Rs 19.9-21; Gl 5.1,13-25; Lc 9.51-62
Texto para prédica: Gálatas 5. 1, 13 - 25
Tema: A verdadeira Liberdade é Viver em favor do próximo

Todos nós temos liberdade de escolha!
Somos livres para fazer o que quisermos. Qual é a tua opinião sobre a nossa liberdade de escolha e de fazer o que bem entendemos?
Toda decisão acarreta em alegria ou tristeza. Nossas decisões nos levam a rir, chorar ou sofrer.
O tema central com respeito a verdadeira liberdade é um conceito fundamental na epístola aos Gálatas. Por isso, as palavras de Paulo, diante das críticas de que o evangelho não impedia algumas liberdades que as pessoas tinham e tem. “Cristo nos libertou para que nós sejamos realmente livres” (Gl 5.13).
Ao ressaltar que Cristo nos libertou para sermos livres, o apostolo Paulo enfatiza que temos liberdade e nessa a chance de fazer escolhas.
Infelizmente, nossas escolhas não são entre o bom e o excelente, mas, entre o ruim e o menos ruim.
O slogan dos nossos dias é que “a vida é minha e faço com ela o que eu bem entender”.
Por mais que o cristão seja libertado por Cristo, nele ainda há a velha natureza e por essa, busca governar a si mesmo e muitas vezes acaba sofrendo por suas decisões. E ante nossas decisões erradas, é preciso lembrar que por ter Cristo me libertado, tenho perdão e nesse perdão uma nova oportunidade de escolha.
Ao escrever: “Cristo nos libertou para que nós sejamos realmente livres” (Gl 5.13), Paulo enfatiza que temos responsabilidade e limite.
A responsabilidade em nossas escolhas é evidenciada pelas palavras do sábio Salomão: “Alegra-te, jovem, na tua juventude, e recreie-se o teu coração nos dias da tua mocidade; anda pelos caminhos que satisfazem ao teu coração e agradam aos teus olhos; sabe, porém, que de todas estas coisas Deus te pedirá contas” (Ec 11.9); e também do próprio apostolo: “Assim, pois, cada um de nós dará contas de si mesmo a Deus” (Rm 14.12).
As pessoas dizem que suas escolhas têm por objetivo a sua felicidade. E na busca pela suposta felicidade, as pessoas não consideram os limites estabelecidos por Deus em sua Palavra.
Viver uma vida livre implica ter responsabilidade e exercer muito bem os limites. “Cristo nos libertou para que nós sejamos realmente livres” (Gl 5.13).
Cristo nos libertou ...
O novo testamento não transmite a ideia de liberdade, no sentido, de fazer consigo o que bem se entende. A liberdade, e acordo com o novo testamento é um modo de vida de acordo com a vontade de Deus.
É preciso destacar que a liberdade apresentada no novo testamento é o homem e a mulher escravos de Cristo. O apostolo Pedro escreveu: “como livres que sois, não usando, todavia, a liberdade por pretexto da malícia, mas vivendo como servos de Deus” (1Pe 2.16) e Paulo aos coríntios ressaltou que “Porque, sendo livre de todos, fiz-me escravo de todos, a fim de ganhar o maior número possível” (1Co 9.19).
Toda decisão, seja qual for, é livre e pessoal, no entanto, minhas escolhas não interferem apenas na minha vida, mas também na de outras pessoas. Nesse sentido ao escrever: “Cristo nos libertou para que nós sejamos realmente livres” (Gl 5.13), o apostolo ressalta que nossa liberdade tem em vista o outro.
Minha liberdade tem como responsabilidade a pessoa do próximo. Minha liberdade tem como limite a pessoa do próximo.
Ao escrever que “Cristo nos libertou para que nós sejamos realmente livres” (Gl 5.13), Paulo queria chamar atenção dos judeus que queriam fazer com que os gentios se circuncidassem para viver sob a lei, sendo esses livres por causa do evangelho.
Ao escrever: “Cristo nos libertou para que nós sejamos realmente livres” (Gl 5.13), Paulo visa repreender os judeus que estavam ignorando o ponto mais importante da lei: o amar o próximo. Por isso, destaca para os judeus que não se prendam à lei, pois “Cristo nos libertou para que nós sejamos realmente livres” (Gl 5.13).
Viver uma vida na liberdade que Cristo conquistou para nós e que nos permite viver é viver a fé. E viver a fé nada mais é do que ser responsável pelo próximo, pois a fé atua pelo amor.
Ao escrever que “Cristo nos libertou para que nós sejamos realmente livres” (Gl 5.13), Paulo se coloca contra a ideia hedonista, onde vale tudo pelo prazer. Também contra os naturalistas que dizem que o que vale é a lei do mais forte. As palavras de Paulo são contra os relativistas que vivem como se não existisse norma ou lei.
Infelizmente, muitos justificam seu atos e decisões em éticas profanas. Se esquecem, de que para viver nesse mundo em meio a essas éticas é que “Cristo nos libertou para que nós sejamos realmente livres” (Gl 5.13).
O cristão vive seu dias na fé – atuando pelo amor. E atuar pelo amor é pensar e agir em favor do próximo.
Com a liberdade que Cristo nos deu, somos chamados a ser criativos para lutar por tudo o que é bom e que promova a vida, tanto a nossa como de todas as pessoas no mundo. Diante disso Paulo escreveu: “todas as coisas me são licitas, mas nem todas convêm. Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma delas” (1Co 6.12). Se faço tudo o que desejo, sem me preocupar comigo e com o outro, acabo perdendo a liberdade que Cristo me dá, pois de certa forma acabo me tornando escravo de alguma coisa que me domina.
Deus deu a cada um de nós uma função, pai, mãe, patrão, empregado, etc. E nessa função precisamos agir convenientemente aqui no mundo que é de Deus. Que cada um exerça sua função com amor pelo próximo e com respeito.
Na fé em Cristo todas as minhas atitudes e decisões são exercícios de fé, uma fé que atua pelo amor.
Sou responsável pelo meu próximo e meu limite é o meu próximo a quem preciso dedicar todo o amor, assim como Jesus se dedicou por mim e pensando em mim. Amém!
Pr Edson Ronaldo Tressmann

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