Dia
17 de fevereiro de 2019
Sexto Domingo
após Epifania
Salmo 1;
Jeremias 17.5-8; 1Coríntios 15.12-20; Lucas 6.17-26
Texto para prédica: Lucas 6.17-26
Tema: Terceiro
dia com Jesus!
O profeta Jeremias fala de dois tipos
de confiança e seus resultados.
A confiança no homem e a confiança em
Deus.
Como escreveu o próprio apostolo
Paulo: “Se a
nossa esperança em Cristo só vale para esta vida, nós somos as pessoas mais
infelizes deste mundo” (1Co 15.19).
As palavras de Paulo se assemelham a
do profeta Jeremias, ou seja, muitas vezes a nossa confiança é momentânea. Vale
para o aqui e agora. Assim, é preferível confiar no ser humano. É preferível
ouvir a voz do coração (Jr 17.9).
O autor a carta aos hebreus escreveu
para que “...deixemos
de lado tudo o que nos atrapalha e o pecado que se agarra firmemente em nós ...”
(Hb 12.1).
Jesus, já que o seguimos por dois
dias, podemos acompanha-lo em mais um. E hoje, Jesus está descendo um monte e
interrompe a caminhada num lugar plano para lhes falar.
A multidão era composta por pessoas
da Judeia, Jerusalém, Tiro, Sidom. Essas pessoas estavam ali para ouvir Jesus,
tocar em Jesus e serem curadas por ele (v.18,19).
Em seu sermão, a semelhança do
Profeta Jeremias, Jesus fala sobre dois tipos de consequências. E essas
consequências se deve pelo estado espiritual da pessoa.
Observe que Jesus “...olhou para os
seus discípulos ...” (v.20).
Ao olhar para os discípulos, não um
grupo restrito, mas as todos que ali estavam, Jesus está lhes garantindo que
apesar de todo infortúnio, não há vida mais feliz e abençoada do que ser seguir
de Cristo.
Jesus fala de pessoas felizes e
infelizes.
Felizes são os pobres, os que têm
fome, os que choram, os odiados, rejeitados, insultados.
Os infelizes são os ricos, os que têm
de tudo, os que estão rindo, os que são elogiados.
De que adianta estar bem aqui e
agora, mas viver longe do salvador Jesus. Viver longe de Cristo aqui e agora é
desejar passar toda uma eternidade em sofrimento.
Jesus garante que ser seu discípulo é
ser uma pessoa feliz, mesmo passando privações desse mundo. O discípulo, mesmo
estando aqui e agora, não vive para o aqui e agora.
Jesus está no início do seu ministério. E o
mesmo está voltado a pregação. Mesmo que Jesus tenha sido insistentemente
convencido a ficar em Cafarnaum (Lc 4.43), ele anunciou que a boa notícia do
Reino precisava ser proclamada a todas as pessoas. Jesus não prega
clandestinamente, seu ministério é público.
Numa das primeiras
oportunidades que vemos Jesus pregar, o mesmo abre sua boca e ensina a verdade
e condena a falsa doutrina e a vida falsa.
Jesus disse: “Felizes são vocês, os pobres, pois o Reino
de Deus é de vocês” (v.20).
Quem conhece uma pessoa pobre sabe o
quanto é difícil a vida da mesma. Ela está privada muitas vezes de coisas
simples. Não é fácil a vida de um pobre. Então, será que Jesus está falando desses pobres de
conhecemos e que passam necessidade física?
Ao dizer: “Felizes são vocês, os pobres, pois o Reino
de Deus é de vocês” (v.20), ouvimos da boca de Jesus palavras doces e
ao mesmo tempo palavras duras. Pois as mesmas são um duro golpe nos
fariseus.
Se os pobres carecem de algo para
viver melhor e com mais dignidade, o que Jesus diz aqui tem um sentido similar.
Ou seja, os fariseus, tinham a concepção e defendiam a ideia de que “quem cumpre a
lei com exatidão é rico junto de Deus, e quem cumpria literalmente todas as
tradições dos antigos pais era mais rico ainda diante de Deus e assim poderia
se encaminhar tranquilamente para o dia de acerto de contas”.
Nessa perspectiva, você é rico ou pobre diante de Deus?
“Felizes são vocês, os pobres, pois o Reino de Deus é de
vocês” (v.20).
Feliz é você que não tem para
apresentar diante de Deus, que reconhece sua miserabilidade e clama tão somente
pela misericórdia de Deus (Sl 25.16-22; 69.30; 70.6; 74.21; 86.1-6; Sf 3.12).
Por amor aos fariseus Jesus anuncia:
“...ai de
vocês que agora são ricos, ...” (v. 24).
Não podemos colocar a certeza da
salvação nos méritos humanos. Todo aquele que crê em Jesus e na sua obra
magnifica, mesmo sendo pobre, não tendo nada para apresentar diante de Deus, é
rico (Is 41.17; 66.2; Sl 68.10; 72.2,4,12; 34.19; 38.21; 9.15; 10.14; 37.15).
Observem as palavras de Jesus: “Felizes são
vocês, os pobres, pois o Reino de Deus é
de vocês” (v.20).
O reino é dos pobres! Dos que que
creem. Dos que não tem para apresentar diante de Deus. Jesus disse ao seu
rebanho: “Meu
pequeno rebanho, não tenha medo! Pois o Pai tem prazer em dar o Reino a vocês”
(Lc 12.32).
Muitas são as situações em que nos
sentimos desconfortáveis. E esse desconforto se deve ao fato de sermos acusados
de não guardarmos o sábado, ou não pararmos de beber, jogar baralho, e assim
por diante.
A tristeza é enorme diante dessas
acusações e apontamentos. No entanto, Jesus está me garantindo algo
maravilhoso: “Felizes
são vocês, os pobres, pois o Reino de Deus é de vocês” (v.20).
Você é pobre? Então, você é feliz! Os que se acham ricos, merecedores de
algo por supostamente cumprirem a lei, “ai de vocês que agora são ricos” (v. 24).
Jesus combate todo orgulho e
arrogância humana que pretende ser alguma coisa diante de Deus por suas
realizações.
O discípulo de Jesus é feliz!
“Felizes são vocês que agora têm fome, pois vão ter
fartura” (v. 21).
Os escribas e fariseus não tinham
fome pela justiça de Deus. Eles já se julgavam merecedores do céu, afinal,
cumpriam todos os desígnios da lei de Deus.
Os pobres que não tem nada para
apresentar, ao se aproximar e encontrar esse Deus generoso e misericordioso,
buscam de todas as maneiras satisfazê-lo. Elas estão com fome para isso.
Quando alguém está com fome, em
poucos minutos devora todo um prato de comida. O mesmo é para o pobre. Ele sabe
que não tem nada para apresentar diante de Deus, mas, quando sabe que em Jesus
é feliz, busca de toda a maneira servir-se e devorar ardentemente o que esse
Deus oferece e dá. E assim fica saciada.
“Felizes são vocês que agora choram, pois vão rir”
(v.21).
Lucas em sua pesquisa, apresenta
pessoas que não conhecem a dor e as lágrimas do arrependimento. Esses são
aqueles que confiam em si mesmos.
Um Discípulo pobre, com fome e que
chora, é Feliz!
O pobre e o faminto se alegram, pois
sabem, que a salvação não está neles próprios, mas na graça de Deus em Cristo.
Interessante notar que na segunda e
terceira bem aventurança há uma palavrinha “agora”.
Essa palavra mostra que em Jesus, a
promessa de Deus estava sendo cumprida (Is 25.6; 49.10; 35.10; Sal 126.1; Ap
7.17; 21.4).
O verso 22, mostra como será a vida
do discípulo, daquele que é pobre, quem tem fome e que chora. Ele será odiado,
rejeitado, insultado, mas no final ouvirão da boca de Jesus: “Venham e recebam
o Reino que o meu Pai preparou para vocês desde a criação do mundo”
(Mt 25.34).
Edson Ronaldo
TREssmann
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