segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019

Segundo dia com Jesus

Dia 10 de fevereiro de 2019
Quinto Domingo após Epifania
Salmo 138; Isaías 61.1-8; 1Coríntios 14.12–20; Lucas 5.1-11
Texto para prédica: Lucas 5.1-11
Tema: Segundo dia com Jesus

Hoje, mais uma vez queremos andar com Jesus. Seguir junto a ele em sua caminhada rumo a cruz. E hoje a nossa caminhada será na praia.
Quem aqui já caminhou na praia? É uma das melhores sensações.
Vamos nesse culto caminhar com Jesus na praia do lago da Galileia. Com certeza, não há companhia melhor para uma caminhada.
O problema da caminhada, era que, devido à enorme admiração pelas curas e expulsão de demônios em Cafarnaum, Jesus não conseguia andar, nem sequer apreciar a vista (v.1).
No entanto, mesmo cercado por uma multidão, Jesus viu dois barcos, onde os pescadores que haviam trabalhado a noite toda lavavam as redes para poderem voltar a pesca durante a noite (v.2).
Jesus solicitou que Simão Pedro afastasse um pouco o barco da margem para que de cima do barco, Jesus ensinasse a multidão (v.3). Deve ter sido um maravilhoso sermão. Jesus sempre encantava as pessoas com suas parábolas, meio pelo qual ensinava.
O interessante, é que mesmo sem saber quais palavras Jesus proferiu naquele dia para àquela multidão, após terminar de ensinar por palavras faladas, Jesus solicita que Pedro e seus companheiros vão para um lugar mais profundo e joguem as redes para pescar (v.4).
Bem, Simão, teimoso quer dialogar com Jesus. Ele diz como um experiente pescador que sabe que naquele horário não pegaria peixe, pois, haviam retornado a pescaria e as redes estavam sendo lavadas. Não era hora para pesca. Mas, confiante na palavra de Jesus fez o que ele havia dito (v. 5). Para surpresa de Pedro, eles pescaram tanto peixe que as redes estavam por estourar (v. 6). Foi preciso outro barco e homens para ajudar a tirar os peixes da água. Os dois barcos ficaram cheios de peixes a ponto de afundar (v.7).
Quem gosta de pesca, com certeza queria vivenciar uma experiência dessa! Pegar tanto peixe a ponto do barco quase afundar.
Esse milagre foi vivenciado por Pedro, Tiago e João. Todos ficaram impactados (v.10). No entanto, o impacto parece ter sido maior em Pedro. Pescador experiente, sabia que pegar tantos peixes naquele horário inimaginável, só poderia ser obra de Deus, tanto que Pedro: “...ajoelhou-se diante de Jesus e disse: - Senhor, afaste-se de mim, pois eu sou um pecador!” (v.8). E Jesus lhe respondeu: “Não tenha medo! De agora em diante você vai pescar gente” (v.10).
Pedro, Tiago e João, arrastaram os barcos para a praia, deixaram tudo e seguiram Jesus (v.11).
A experiência de Pedro nos anos de pesca levou-o a duvidar, ou pelo menos questionar Jesus, dizendo-lhe, em minha experiência, eu não iria, mas só irei porque você está falando. Sei que não pegarei peixe, mas, quem irá passar vergonha é você (v.5).
No entanto, quando acontece, o que não era possível acontecer, Pedro reconhece que está diante de Deus. Sim o seu criador e aquele que seria seu juiz por ocasião do juízo final.
Diante de Deus, a reação de Pedro só poderia ser a que foi, ou seja, temor (v. 8). Tanto que Jesus lhe diz: “Não tenha medo” (v. 10).
Diante do temor de Pedro, tudo o que ele esperava, como bom judeu, era que Jesus lhe repreendesse pelos seus muitos pecados, no entanto, não foi isso que Jesus fez.
Por que Pedro estava tão aterrorizado?
Diante de Deus, a única coisa que Pedro se lembrava era dos seus pecados, afinal, estava diante dele o criador, e também o juiz. Por isso, seu pedido: “...Senhor, afaste-se de mim, pois eu sou um pecador” (v.8).
Que palavras terríveis: afaste-se de mim. Por que Pedro fez esse pedido?
Pedro, um judeu, cresceu aprendendo que ninguém subsiste diante de Deus justamente por causa dos seus pecados. E agora, diante de Deus, esperava somente a morte.
Pedro esperava do Senhor apenas a morte. Ele sabe que está diante de Deus. Seus pecados o atemorizavam e tinha Deus como aquele que apenas pune. E o diabo, ardiloso como é aproveitou-se desse momento e fez Pedro desesperar-se. Ao que Jesus lhe disse: “Não tenha medo!...” (v.10).
A expressão “não tenha medo”, “não temais” é muito forte e impactante. Há pessoas que afirmam que há para cada dia do ano um não temas. No entanto, não importa se essa fosse a única vez que a mesma aparecesse na Bíblia, o importante é que as mesmas foram ditas por Jesus.
Não temas é uma expressão que aparece na Bíblia de Jerusalém 47 vezes; na Revista e Corrigida, 84 vezes e na Revista e Atualizada, 92 vezes.
Ao dizer não tenha medo, Jesus estava se apresentando a Pedro assim como Deus é, ou seja, um Deus misericordioso. Tanto que o envia para pescar gente.
Será que precisamos pedir: “...Senhor, afaste-se de mim, pois eu sou um pecador” (v.8).
Pecador eu sou! E por ser pecador, preciso pedir, ó Senhor, fica comigo, pois eu sou um grande pecador.
O autor a carta aos Hebreus escreveu: “Portanto, há duas coisas que não podem ser mudadas, e a respeito delas Deus não pode mentir. E assim nós, que encontramos segurança nele, nos sentimos muito encorajados a nos manter firmes na esperança que nos foi dada. Essa esperança mantém segura e firme a nossa vida, assim como a âncora mantém seguro o barco. ...” (Hb 6.18-19).
O barco de Pedro, agora estava ancorado num Deus cheio de misericórdia. E por isso, largou tudo para seguir a Jesus. Junto com ele, seguiram Jesus, Tiago e João.
Uma caminhada na praia cm Jesus é capaz de nos ensinar uma tão bela lição. Continuemos na caminhada, e enquanto caminhamos, vamos pescando gente, pois, há tantos por ai que estão afastados do Senhor e querendo que o Senhor se afaste delas devido aos seus pecados. Pecados esses, perdoados em Jesus. Amém!
Edson Ronaldo Tressmann

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