2º Domingo de Advento
Sl
66.1-12; Ml 3.1-7b; Fp 1.2-11; Lc 3.1-14
Texto:
Fp 1.6
“...Deus, que começou esse bom trabalho na vida de vocês, vai continuá-lo até que esteja completo no dia de Cristo Jesus”
Tema:
Obra iniciada e continuada: graças a Deus!
Oração: "Abra os meus olhos, para que eu possa contemplar as maravilhas da tua Palavra".
São muitas as situações em que
reclamamos da igreja. Eu já reclamei! E você já reclamou?
Por qual motivo?
As pessoas, mesmo sendo diferentes,
acabam reclamando pelo mesmo motivo: Porque as pessoas não se envolvem mais na missão?
Paulo estava preso em Roma e
recebeu a visita de um pastor, Epafrodito, que foi encarregado de levar à Paulo
a ajuda dos cristãos da cidade de Filipos.
Depois de uns dias na companhia de
Paulo e com informações sobre a vida daquela igreja, a qual havia se iniciado a
beira de um rio, durante a 2º viagem missionária, Paulo escreve a carta na qual
ele agradece a igreja e os cristãos de Filipos.
Essa já era a 3º vez que os
filipenses socorriam as necessidades do apostolo Paulo. As outras duas ocasiões
foi quando este estava em Tessalônica.
Entre as muitas notícias do pastor
Epafrodito, uma gerou inquietação. A notícia de que aqueles cristãos estavam
sendo atormentados por falsos ensinos. E, como todo falso ensino, também os que
estavam adentrando na igreja em Filipos, estava causando confusão e muitos
estavam começando a se desunir. A previsão era de um racha dentro de uma
igreja. Não há mais terrível que as pessoas estarem desunidas e rachadas por
suas opiniões ou até mesmo por falsos ensinos. Paulo trata o assunto nessa
carta (Fp 2.1-2; 3.1; 4.1).
Para abordar o tema de uma maneira
paulina de escrever, ou seja, primeiro passa a mão na cabeça e depois escorrega
para a orelha, o apostolo agradece a Deus pela existência da igreja em Filipos.
Mas, se está havendo problemas, será que havia motivos para gratidão? Sim. E a
gratidão não é pelos mantimentos enviados a Paulo (Fp 4.11-13). A gratidão de
Paulo é pela boa obra iniciado por Deus em Filipos e entre os filipenses e
ainda mais, por tê-los honrado com a participação na missão de Deus. Por causa
da obra de Deus, Paulo diz que ao se lembrar dos filipenses “agradece a Deus”, e todas as vezes que
ora, “ora com alegria” (Fp 1.3).
Paulo recebe donativos e notícias.
As mesmas não são animadoras, um perigo ronda àquela igreja, mas, Paulo trata o
problema trazendo a mente deles que tanto o ser igreja quanto o estar envolvido
na missão da igreja, PROCLAMAR CRISTO, é obra de Deus.
Não somos nós que mantemos a igreja
de pé. É o evangelho! E esse precisa ser proclamado. Não somos nós que
trabalhamos arduamente, é Deus que nos dá essa graça e honra.
Paulo escreve: “...Deus, que
começou esse bom trabalho na vida de vocês, vai continuá-lo até que esteja
completo no dia de Cristo Jesus” (Fp 1.6). O próprio Jesus Cristo
disse aos seus discípulos: “Não foram vocês que me escolheram; pelo contrário, fui eu
que os escolhi para que vão e deem fruto e que esse fruto não se perca. Isso a
fim de que o Pai lhes dê tudo o que pedirem em meu nome” (Jo 15.16).
As pessoas reclamam da igreja – e
muitos dos que reclamam são os agraciados por Deus. Àqueles que estão no
fronte. Reclamam por se sentirem sozinhos. Outros, por que a carga está pesada.
No entanto, precisamos aprender com as palavras do Espírito Santo, escritas por
Paulo: “Sempre
que penso em vocês, eu agradeço ao meu Deus. E, todas as vezes que oro em favor
de vocês, oro com alegria por causa da maneira como vocês me ajudaram no
trabalho de anunciar o evangelho, ...” (Fp 1.3-5). Deus seja louvado por ter e
estar fazendo maravilhosa obra entre nós.
Não fui eu que me fiz cristão! Não
fui eu que aceitei Jesus! Foi Deus em seu próprio coração, na sua misericórdia
que veio a nós e nos presenteou com a fé: “Pois pela graça de Deus vocês são salvos por meio da fé.
Isso não vem de vocês, mas é um presente dado por Deus. A salvação não é
resultado dos esforços de vocês; portanto, ninguém pode se orgulhar de tê-la”
(Ef 2.8-9).
A maior de todas as obras
realizadas por Deus em nossa vida foi nos colocar em seu reino e nos fazer
servir em seu reino. Mas, nosso inimigo, o diabo, está nos conduzindo a
reclamação. Reclamamos da igreja. Reclamamos por ter que trabalhar em prol da
igreja.
Deus começou um bom trabalho em
nós! E o que é também espetacular, é que Deus continua esse bom trabalho em
nossa vida.
“...Deus, que começou esse bom trabalho na vida
de vocês, vai continuá-lo até que esteja completo no dia de Cristo Jesus”
(Fp 1.6).
Deus não abandona a sua igreja a
própria sorte. Ele sabe dos perigos, afinal, a igreja tem como inimigo o diabo.
Os ataques do diabo visam nos afastar da luz que é Cristo. Ele tentou tirar
Jesus do caminho da cruz e da cruz (Mt 4). Nesse sentido é que Paulo escreve
que Jesus foi obediente, servo, até a morte de cruz (Fp 2.8).
Essa boa obra que Deus começou em
nós, só não sucumbiu ainda por que a mesma está fundamentada em Jesus (Mt
16.16-18; Mt 7.25). No entanto, o evangelho só está escondido aos que estão se
perdendo (2Co 4.3), e se perdem por que abandonaram o costume de assistir as
reuniões (Hb 10.25). Se perdem por que caíram na tentação e a única coisa que
fazem é reclamar da igreja. Reclamar da boa obra que Deus começou entre nós.
Ter e Ser uma igreja é motivo de
sobra para dobrar o joelho e agradecer a Deus!
Estar envolvido no trabalho da missão da igreja, PROCLAMAÇÃO, é motivo
de alegria e felicidade.
“...Deus, que começou esse bom trabalho na vida
de vocês, vai continuá-lo até que esteja completo no dia de Cristo Jesus”
(Fp 1.6).
Maravilhoso ouvir a Palavra de Deus
que nos anuncia em alto e bom som que a boa obra de Deus iniciou e continua
entre nós e será assim até o dia da volta de Jesus. Aliás, Jesus, o
ressuscitado, ao enviar sua igreja para que “enquanto estão nesse mundo fazerem
discípulos” (Mt 28.19), proclamou a sua promessa de que “estaria todos os
dias, até a consumação dos tempos, com os seus” (Mt 28.20).
Não estamos sozinhos!
A obra iniciada, é uma obra
continuada. Tanto o seu início, quanto a sua continuação é graça de Deus.
Paulo, ouviu sobre os perigos que
aquela congregação estava correndo, e como objetivo especifico, alertar, para
resolver o problema, faz uso da única arma que se pode fazer, proclamou o
evangelho escrevendo aos filipenses: “Pois eu estou certo de que Deus, que começou esse bom trabalho na vida de vocês, vai continuá-lo até que esteja completo
no dia de Cristo Jesus” (Fp 1.6).
Quando as pessoas reclamam da igreja,
por mais motivos que tenham, elas na verdade, reclamam da boa obra de Deus.
O maravilhoso é que Deus começou,
continua e ainda mais surpreendente, oportuniza os resultados.
Depois de anunciar com todas as
letras que o bom trabalho foi iniciado por Deus e que o mesmo continua esse
trabalho, o apostolo leva os cristãos a refletir em torno do verdadeiro
objetivo de sua epistola. Ou seja, Paulo quer que pela fé que foi iniciada pelo
poder e obra de Deus e por ele continuada, que àqueles cristãos saibam discernir
o que é bom (a obra de Deus) e não se deixem levar por qualquer vento de
doutrina. Afinal, os outros deuses apenas querem nos tirar da espetacular obra
de Deus.
Claro que, se uma congregação
cristã, e essa já é a terceira vez, se preocupa com seu fundador e envia-lhe
mantimentos, deve receber elogios, pois, vejam quanto amor estão demonstrando
por Paulo. Claro que Paulo se alegra e agradece a Deus pelos frutos que eles
estavam produzindo, mas, mesmo que estivessem preocupados com Paulo, deveriam cuidar
da união, pois corriam perigo da separação e auto exclusão.
“Pois eu estou certo de que Deus, que
começou esse bom trabalho na vida de vocês, vai continuá-lo até que esteja
completo no dia de Cristo Jesus”. A simples existência de uma igreja
já é motivo para gratidão e alegria.
A
Sagrada Escritura que Deus, o qual nos chamou, é tão
fiel que, quando "começou boa obra em nós", há de
conservá-la também até ao fim e completá-la, se nós mesmos não nos desviarmos
dele, mas guardarmos firme, até o fim, a obra principiada, para o que ele
prometeu sua graça, 1Co 1.8; Fp 1.6;
2Pe3.9;
Hb 3.14,16. Mas a causa é: porque tornam a
desviar-se voluntariosamente do santo preceito, entristecem e amarguram o
Espírito Santo, enredam-se na imundície do mundo, voltam a ornamentar ao diabo
a hospedaria do coração, e o último estado deles torna-se pior que o primeiro,
2Pe 2.10; Lc 11.24-26; Hb 10.26.
E
Paulo, em Fp 2.13 “Porque Deus é quem efetua em vós
tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade".
Essa passagem amável é muito confortadora para
todos os cristãos piedosos que sentem e experimentam no coração uma pequena
centelha e anseio pela graça de Deus e a salvação eterna. Pois sabem que Deus
acendeu esse princípio da verdadeira piedade em seus corações e que ele quer
continuar a fortalecê-los e ajudar-lhes na grande fraqueza, para perseverarem
na fé verdadeira até o fim. Amém!
Pastor Edson Ronaldo
Tressmann
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