quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

Belém - Padaria de Deus aberta para todos!


4º Domingo Advento
Sl 80.1-7; Mq 5.2-5; Hb 10.5-10; Lc 1.39-45
Texto: Mq 5.2
Tema: Belém: Padaria de Deus aberta para todos!

E tu, Belém-Efrata, pequena demais para figurar como grupo de milhares de Judá, de ti me sairá o que há de reinar em Israel, e cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade” (Miquéias 5.2)

Analisando a palavra Belém, vemos que a mesma significa “casa do pão”, ou seja, lugar de comida. E em Belém, nasceu aquele que anos mais tarde, em sua pregação, disse: “Eu sou o pão da vida” (Jo 6.48).
O profeta Miquéias, setecentos anos antes do nascimento de Jesus disse ao povo: “E tu, Belém-Efrata, pequena demais para figurar como grupo de milhares de Judá, de ti me sairá o que há de reinar em Israel, e cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade” (Miquéias 5.2).
Havia tantas cidades maiores, mais importantes, mais destacadas, mas, Deus resolve em seu preceito que Jesus nasceria em Belém, uma pequena e para muitos insignificante cidade. Na verdade, a pequena Belém era útil para o povo apenas para uma coisa. Belém é o ponto de partida para quem ia para o Egito (Jr 41.17). Foi daqui que iniciou-se a fuga do menino Jesus para o Egito (Mt 2.1-15; Lc 2.4-15; Jo 7.42).
Deus sai da sua terra para resgatar seu Filhos escravizados, assim como aconteceu nos dias de Moisés. Deus tirou do Egito o seu povo escravizado.
João Batista no deserto, é a mensagem de que Deus, se ausenta do Templo para buscar seu povo que estava vivendo no deserto da corrupção.
Jesus nasceu em Belém. Essa verdade, ocorreu por três motivos. Sendo eles:
1Profético: Para que se cumprisse a profecia (Mq 5.2). E, sendo o caminho para o Egito, conforme profetizado pelo profeta (Os 11.1).
2Simbólico: Belém, casa do pão. Jesus, o pão da vida (Jo 6.48).
3Histórico: O último filho de Jacó nasceu em Belém (Gn 35.16-19). Seu nome foi Benoni “filho da minha dor”. Jacó o chamou de Benjamim “filho da mão direita”. Jesus, o filho de Deus, que nasceu em Belém, nasceu para ser o homem das dores (Is 53.3) e filho da destra de Deus (At 7.55).
Ao observar que Boaz e Davi nasceram em Belém e, combinando as palavras do profeta que disse “... cujas origens são desde os tempos antigos...”, vemos Deus agindo na história. Como disse o apostolo Paulo: “... quando chegou o tempo certo...” (Gl 4.4).
Mais uma vez vamos festejar o segundo domingo de advento. De tudo o que ouvimos até o momento, quais lições podemos tirar?
- Deus, mesmo que no deserto, continua nos convidando ao arrependimento;
- A salvação é para todos – por isso, insiste e convida a todos ao arrependimento;
- Jesus não foi reconhecido por causa da corrupção reinante na igreja. Mas, Deus em amor e misericórdia, veio ao seu povo e pelo deserto, por João Batista, mostrou esse amor e misericórdia ao povo que veio salvar.
Querido e querida.
Não posso terminar essa mensagem sem alertar a todos.
É muito comum ouvir que há situações desastrosas em tal e tal instituição religiosa. No entanto, Deus não se cala. Ele continua anunciando seu amor. Ele continua preparando seu povo para o dia em que irá voltar para julgar os vivos e os mortos.
A todos nós, cabe a missão de permanecer com os olhos fixos em Jesus, tão somente em Jesus, o cordeiro de Deus, o pão da vida.
Deus, enviou da sua padaria, Belém, o pão que sacia a fome de toda a humanidade. Amém!

Edson Ronaldo Tressmann

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