Dia
18 de março de 2018
5º
Domingo na Quaresma
Sl
119.9-16; Jr 31.31-34; Hb 5.1-10; Mc 10.35-45
Tema: Não há melhor lugar!
Geralmente as pessoas nos perguntam: onde vai com tanta pressa?
As pessoas andam muito ocupadas e
correndo o tempo todo. Se você não
estivesse aqui, onde você estaria? Para onde você tem que ir amanhã? Por que
você vai a esse lugar?
Muitas pessoas não estão aqui. Por que não estão? Para onde foram? Por que foram?
No evangelho de Marcos, Jesus está
sempre caminhando. Sempre está indo de um lugar para outro.
A partir da segunda parte do evangelho
de Marcos, capitulo 8, Jesus está indo para Jerusalém e o evangelista nos
apresenta por qual motivo Jesus está indo.
O problema é que enquanto Jesus está
indo à Jerusalém (v.33), algumas expectativas são frustradas. A de Tiago e João
por exemplo.
Os irmãos, Tiago e João, por serem
irmãos aprenderam desde crianças como se pede algo para o pai. Eles se
aproximaram de Jesus e fizeram um pedido. Se
pedirmos alguma coisa, você nos dá.
Esse é o tal do pedido de alguém que
está preparando uma armadilha, pois não diz o que quer, apenas querem que lhes
seja dado aquilo que desejam.
Sendo uma armadilha, sem dizer sim ou
não, Jesus responde: o que querem que eu
lhes faça? (v.36). Deixe-ver se é possível atendê-los.
É interessante observar que Jesus estava
caminhando para Jerusalém. E lá seria entregue pelo próprio Pai para ser
pendurado na cruz. A obra completa de Jesus estava por ser realizada, mas, e os
discípulos Tiago e João querendo se antecipar apenas desejavam ocupar um bom
lugar no reino celestial.
Tiago e João (vv. 36 e 37) se
anteciparam buscando garantir seus lugares a direita e a esquerda de Jesus. No
entanto, eles não entenderam nada.
Jesus estava indo para Jerusalém, para
ser entregue por Deus em favor da humanidade pecadora, e Tiago e João,
preocupam-se com status, poder.
Jesus respirando fundo (v. 38),
responde, “não sabeis o que pedis”.
Mas, o status e o poder havia
contaminado Tiago e João e qualquer coisa que Jesus dissesse, eles iriam contra
argumentar. Jesus perguntou se eles poderiam beber o cálice que Jesus iria
beber e se eles receberiam o batismo que Jesus iria receber? (v. 38). Tiago e
João desejosos do status e poder responderam: podemos (v.39).
Jesus estava falando a Tiago e João se
eles iriam suportar toda a perseguição e injuria por serem discípulos de Jesus?
Tanto que Jesus responde a Tiago e João,
sim, vocês serão perseguidos, injuriados, presos, mortos por causa do meu nome.
Mas, não posso atender esse vosso pedido (v.40). Por que Jesus não poderia atender esse pedido de Tiago e João?
Essa questão está atrelada a missão de
Jesus. Jesus ressalta que não veio para isso, ou seja, sua missão nesse momento
é ir à Jerusalém, morrer e ressuscitar.
Jesus não está preocupado com quem vai
assentar-se a direita ou esquerda. Jesus não está interessado em status ou
poder. Ele apenas está interessado em servir.
Tanto que diante da resposta de Jesus,
não se sabe dizer se os discípulos compreenderam, mas, houve indignação da
parte dos outros dez.
O status e o poder gera conflito e
divisão. E diante da mesma, Jesus prontamente chama seus discípulos para junto
de si e os adverte (v. 42 – 44).
As nações se governam pelo poder. Cada dia,
ouvimos o pronunciamento de um ou outro presidente. Eu tenho essa arma,
cuidado!
No entanto, entre os cristãos não deve
ser assim. Eu nasci nessa igreja; eu mantenho essa igreja, eu construí essa
igreja; são respostas e exclamações de poder.
Jesus nos diz: quem quer ser grande, que
sirva aos outros (v.43). E prossegue, quem quer ser o primeiro, será servo de
todos (v. 44).
Tenho observado que muitas pessoas tem
se escorado na sua posição na diretoria, outros tem se escorado no seu chamado
e assim, em muitos lugares, o status e o poder tem destruído e não edificado.
Pessoas se apresentam como apostolo,
bispo, pastor, diácono, mas, infelizmente, tem se esquecido de não importa o
cargo que se ocupa dentro da congregação ou perante as pessoas, pois, o
importante e fundamental é que Jesus adverte a olhar para o outro como alguém
mais importante do que eu.
Mas, a exemplo de Tiago e João, queremos
ser mais importantes. E assim, é necessário fazer qualquer coisa para ocupar um
lugar de destaque.
Jesus diz aos seus discípulos embriagados
pelo poder e pelo status. Eu não vim para ser servido, mas para servir. Eu os
julgo, julgo toda a humanidade mais importante. Os outros estão acima de mim,
foi para eles que eu vim. Eu vim pagar uma dívida.
Estou indo a Jerusalém para ser entregue
pelo meu Pai.
Mais uma vez preciso fazer o alerta: a
igreja corre perigo. Dessa vez o perigo é buscar status e poder meramente
humanos.
A igreja precisa focar sua atenção em
Jesus, aquele que veio servir e ao seu exemplo, servir, colocar o outro acima
de nós mesmos.
No mundo, todos andam receosos sobre o
futuro do mesmo. A todo instante estamos com medo de uma guerra. Por que? As pessoas querem ser servidas.
As nações querem se servir de poder e status.
E se o mesmo ocorre na igreja, chegamos
num ponto crucial. É preciso rever, é preciso ser reunido por Jesus e ouvir de
sua boca (Sl 119.13): “... entre vós não
é assim; pelo contrário, quem quiser tornar-se grande entre vós, será esse que
vos sirva; e quem quiser ser o primeiro entre vós será servo de todos” (Mc
10.43 – 44).
Graças a Deus, pela obra realizada por
Jesus, e pelo poder e ação do Espírito Santo, estamos no reino de Deus. Não há
um lugar melhor para se estar.
Nesse reino, o reino de Deus, Jesus diz
que se olha para o outro como alguém a quem queremos servir.
Quer
ser grande? Quer ser o primeiro?
Sirva. Afinal, já somos grandes e
primeiros exatamente por termos sidos servidos em Jesus.
Para
onde você estava indo mesmo? Se você não estivesse aqui, onde você estaria?
Para onde você tem que ir amanhã? Por que você vai a esse lugar?
Já estamos no melhor lugar. Estamos no
Reino e atuamos no reino – servindo todos aqueles que necessitam ser servidos
por Jesus. Amém!
Edson Ronaldo Tressmann
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