terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

No monte com Cristo!

Dia 11 de fevereiro de 2018
6º Domingo de Epifania – Transfiguração do Senhor
Sl 50.1-6; 2Rs 2.1-12 ou Ex 34.29-35; 2Co 3.12-13; Mc 9.2-9

Ex 34.29-35 e Mc 9.2-9
Tema: No monte com Cristo!

Dois montes – Sinai e Hermon.
No Sinai – Deus se reaproxima do seu povo (Ex 34.29-35)
O episódio apresentado em Êxodo 34.29-35 apresenta a descida de Moisés do Monte Sinai. Havia um povo ansioso, confuso e desorientado.
Deus havia desejado destruir o povo e iniciar uma nova geração por Moisés. No entanto, Moisés tendo lembrado sobre a promessa que havia para cumprir, Deus buscou restabelecer a aliança com seu povo ordenando Moisés escrever as tábuas dos Dez Mandamentos que Moisés havia quebrado indignado diante da idolatria do povo.
Ao descer do Monte Sinai, o rosto de Moisés brilhava. Um evento que pode ser definido como transfiguração de Moisés. Seu rosto brilhava, ele entrava e saia do tabernáculo, e seu rosto continuava brilhando.
Esse brilho no rosto de Moisés representa o esplendor da Palavra de Deus. Mostra o desejo de Deus em estar junto com seu povo pela sua Palavra. O brilho no rosto de Moisés era a garantia da presença de Deus no meio do seu povo quando havia todos os motivos para se afastar do mesmo.
Dois montes – Sinai e Hermon
No Hermon – Jesus é a reaproximação do homem com Deus.
Jesus chama Pedro, Tiago e João e os leva, em particular, a um monte. Nesse monte, acontece algo fantástico: “E foi transfigurado diante deles; ...” (Mc 9.2; Mt 17.2).
A expressão transfigurado é escrita na forma passiva do verbo. Isso indica uma ação de Deus.
A transfiguração é um desses eventos que assim como os discípulos, não conseguimos encontrar palavras para explica-la. Exatamente por isso acaba se passando despercebido da lição desse texto.
Na transfiguração de Jesus a ênfase não é o evento em si; o ponto alto desse episódio é a pessoa de Jesus. A transfiguração é um evento importante para os discípulos e não para Jesus.
Assim como no evento ocorrido no deserto no monte Sinai, o momento era crítico. O ministério de Jesus na região da Galileia estava terminando. Jesus estava por iniciar sua caminhada em direção à Jerusalém. Jesus estava por iniciar seu trajeto rumo a cruz. A transição para essa nova etapa é marcada pelas palavras de Jesus: “quem quer ser meu seguidor, negue-se a si mesmo e tome a sua cruz” (Mc 8.34).
Era necessário ir à Jerusalém. Era necessário tomar a cruz.
Assim, como no Monte Sinai o povo de Deus viu a presença gloriosa de Deus pelo brilho no rosto de Moisés, Pedro, Tiago e João enxergam é a legítima e única glória e majestade provinda da divindade de Jesus.
Deus agraciou Pedro, Tiago e João, permitindo-lhes enxergar um pedacinho do céu.
Tentem imaginar o espanto dos discípulos. Esses homens já haviam presenciado tantos milagres, e agora contemplam a glória de Deus revelada nesta transfiguração.
Dois montes – Sinai e Hermon
Século 21, e muitos são os montes dos quais muitos afirmam ter grande realizações. Há tantas revelações espantosas, magníficas, encantadoras, e assim, perde-se de vista a glória de Deus em Jesus.
Se os discípulos estavam desapontados com as declarações de Jesus sobre a manifestação da glória de Deus em Jesus, esta experiência da transfiguração serviu para animá-los a continuar a caminhada rumo a cruz. Como Jesus havia dito: “quem quer ser meu seguidor, negue-se a si mesmo e tome a sua cruz” (Mc 8.34).
Até mesmo nessa situação é possível perceber a ação destruidora do diabo. Ele tentou mais uma vez, e dessa vez o fez através da proposta de Pedro: “Como é bom estarmos aqui, Senhor! Se o senhor quiser, eu armarei três barracas neste lugar...” (v. 5).
Muitos querem subir os montes para que através das supostas maravilhas que lá acontecem, consigam manter seu poder e status.
Pedro, quis ficar no monte. Em outras Palavras, aqui é melhor Senhor. Para que ir até Jerusalém?
Deus interveio, assim como sempre intervém para manter o foco correto. E “uma nuvem os envolveu; e dela uma voz dizia: Este é o meu Filho amado; a ele ouvi” (v. 7).
A expressão: “uma nuvem os envolveu;” – significa que o céu desceu, pois a exemplo de Mc 1.11, a voz da nuvem é o mesmo que a voz ter vindo do céu.
A voz de Deus foi ouvida no batismo, quando Jesus iniciou sua caminhada em direção a cruz, na transfiguração, a voz de Deus confirma aos discípulos o caminho da cruz. A na cruz se cumpre todas as profecias e se cumpre toda a lei (Moisés e Elias).
Quando Deus expressa: “a ele ouvi” (v. 7), está dizendo aos discípulos que por mais que estejam desapontados com a afirmação da caminhada rumo à cruz, eles não devem deixar de prestar atenção nisso.
Não importa quantos montes as pessoas estão buscando subir, pois, se Jesus não está no monte e nem é a razão da subida ao monte, perde todo seu valor e sentido. 
O monte da transfiguração não foi o último monte que Jesus subiu. Após o Hermom, Jesus subiu o Gólgota, e lá com sua cruz mostrou a verdadeira glória de Deus. Amém!
Edson Ronaldo Tressmann

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