09 de julho de 2017
5º Domingo após Pentecostes!
Sl 145.1-14; Zc 9.9-12; Rm 7.14-25; Mt
11.25-30
Tema: Aos cansados e sobrecarregados!
A
crise econômica é visível e perceptível. É só ir nos shoppings e ir a praça de
alimentação, que em qualquer época é tão frequentada e cheia de pessoas, está
vazia.
Ao
contrário da crise econômica, a crise espiritual não é perceptível e nem
visível, por mais que os olhos sejam o espelho da alma.
Marilyn
Monroe, antes de morrer disse: “Não posso
mais”. Elvis Presley, antes de morrer, expressou: Eu daria um milhão de dólares por um pouco de paz e descanso.
Os
fardos esgotam e esmagam. Jesus conhecia muito bem a situação das multidões,
tanto que as chamou de “ovelhas se pastor”.
Por conhecer a crise pessoal e espiritual das pessoas, Jesus, enviou seus
apóstolos. Após descrever as consequências que iriam surgir a partir do
evangelho, Jesus não quer que seus discípulos nem mesmo os seus apóstolos
abandonem a cruz.
Na
semana passada, ouvimos de Jesus (Mt 10.37-39) a respeito do vínculo que seus
filhos tem com ele. Nosso vínculo com Jesus é a cruz.
Sabedores
das dificuldades em estar vinculado com Jesus, o mestre diz: “Vinde a mim,
todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre
vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e
achareis descanso para vossa alma. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é
leve” (Mt 11.28-30).
Aos cansados e
sobrecarregados
1 – Um
fardo leve e suave.
No evangelho de Mateus 11.25-30,
encontramos belas palavras de Jesus. Precisamos descobrir quando e para que
Jesus disse essas palavras. Para isso, é preciso olhar o contexto amplo. No
evangelho de Lucas nos é apresentado esse mesmo relato após a missão dos 70.
Jesus dividiu seus 70 discípulos em 35 grupos, de dois em dois. Após retornarem
da missão, voltaram extremamente alegres. A alegria era porque todos os
demônios lhes submetiam pelo nome de Jesus. Chama a atenção o fato de que Jesus
não fica extasiado com esse relatório. Ele simplesmente responde: “Eis aí vos dei autoridade para pisardes serpentes e
escorpiões e sobre todo o poder do inimigo, e nada, absolutamente, vos acusará
dano. Não obstante, alegrai-vos
não porque os espíritos vos submetem, e sim porque o vosso nome está arrolado nos céus”
(Lc 10.19-20).
O contexto imediato do evangelho de
Mateus apresenta que o cristão não pode abandonar sua cruz. Cruz é tudo aquilo que cada cristão
sofre por causa do evangelho. Os discípulos eram como ovelhas no meio
dos lobos, por muitos eles seriam rejeitados, humilhados, zombados. Mas, mesmo
assim não poderiam deixar sua cruz.
A julgar pelo público de Mateus, pode-se
concluir que Jesus estava dizendo aos judeus: “Vocês
que abandonam o Messias e ainda querem cumprir a lei como requisito de salvação
cuidado, ouçam ... Vinde a mim, ...”. Nesse sentido o apóstolo
Paulo anuncia: “Se eu vivo querendo me salvar segundo a
lei, infeliz homem que sou, quem me livra do corpo dessa morte?”
Jesus estende o convite Vinde a mim a todas as pessoas. Seu convite não é apenas por uma questão
humanitária ou social. O convite é feito por causa do seu amor e misericórdia.
O convite de Jesus: “Vinde a mim”
não pode ser desvinculado do versículo 27.
O convite de Jesus pode ser
parafraseado da seguinte maneira: “Venham a mim,
pois só em mim vocês conhecerão o Pai, eu sou o caminho que conduz ao Pai, eu
sou a verdade que liberta, eu vos dou a vida eterna”.
Jesus convida vinde a mim, pois é o
único capaz de dar a vida eterna. Só nele há salvação. Por isso seu fardo é
leve e suave.
O que é o jugo de Cristo? É a cruz que os seguidores de Cristo carregam por
amor à Jesus. A
cruz é leve? Ao dizer que sua “cruz é leve e
suave” Jesus enaltece que ao mesmo tempo em que sua obra traz
paz com Deus, nesse mundo traz a espada, ou seja, o ódio, a perseguição, a
separação.
Todo aquele que crê em Cristo tem a
cruz de Jesus como leve e suave, pois não é aterrorizado por aquilo que
aterroriza as mentes mundanas, ou seja, a morte, o diabo, o inferno. Isso não
assusta aquele que crê.
Jesus dá descanso! Ele pagou o preço
total da dívida imposta pela queda em pecado. Agora, libertado do cumprimento
da lei, o cristão vive uma nova vida, carregando uma cruz leve e suave. O
cristão se apega a obra de Cristo todos os dias quando a lei o acusa.
Aos cansados e sobrecarregados!
2 – descanso para a alma
“Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu
vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou
manso e humilde de coração; e achareis descanso para vossa alma. Porque
o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve” (Mt 11.28-30).
Toda Escritura, chamada por Jesus de
Evangelho (Mc 16.15), declara apenas uma coisa: CREIA. Declare seu o que Cristo adquiriu! A verdade que muitos não
querem admitir é que Cristo veio realizar sozinho o que nenhum ser humano era e
é capaz de realizar para sua salvação. O apóstolo Paulo escreveu aos Coríntios:
“...a palavra da cruz é loucura para os que se perdem, ...”
(1Co 1.18).
O cristianismo só é uma religião
diferente de todas as demais por causa da certeza da salvação através da obra
que Cristo realizou na cruz. Fazer de Jesus Cristo um novo legislador, ou seja,
colocar como meio de salvação outros requisitos impostos pela lei, torna o
cristianismo compatível com outras religiões e perde o seu caráter distintivo.
Cada ser humano é um miserável
pecador e como tal não pode de maneira nenhuma se salvar. O cristianismo é
diferente, porque através da Palavra de Deus diz que não há motivo para
desespero, pois, Jesus Cristo obteve a salvação e presenteia o pecador de
maneira gratuita. O convite de Jesus é maravilhoso: “Vinde
a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. ...”
Jesus convida pessoas que estão
desesperadas. Seu desespero é por não conseguirem cumprir a lei dada por Moisés.
Os hipócritas, que se dizem cumpridores da lei, julgam os outros por
supostamente não conseguirem cumprir. Os supostos não cumpridores da lei
mosaica são tidos como imorais, perdidos, fora da lei, ...
Jesus convida pecadores famintos e
sedentos. Jesus não veio para se apresentar como um filósofo que diz como
alguém pode alcançar o mais alto estágio da perfeição filosófica. Jesus não
veio para se apresentar como um moralista cheio de práticas virtuosas. Jesus veio buscar e salvar o perdido (Lc 19.10). Seu fardo é
leve e suave. Amém!
Edson Ronaldo Tressmann
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