23 de julho de 2017
7º Domingo após Pentecostes!
Sl 119.57-64; Is 44.6-8; Rm 8.18-27; Mt 13.24-30,36-43
Tema: “O campo é o mundo”
(Mt 13.38)
“O
campo é o mundo” (Mt 13.38).
Porque Jesus ressalta que o campo é o mundo? Para que ninguém incorra no erro de
afirmar que a igreja é o campo onde joio e trigo crescem juntos.
A igreja não é classificada como uma
instituição política, comercial, ou uma associação de amigos.
Aqui precisamos fazer uma reflexão
profunda. Ou seja, é necessário entender que ao comparar a igreja com um campo
onde trigo e joio crescem juntos; ao comparar a igreja com uma rede que apanha
peixes bons e ruins; ao comparar a igreja a uma festa de casamento à qual
comparecem também virgens néscias, e segundo outra parábola, certo homem teve
acesso sem as vestes nupciais, Jesus não refere-se a essência da igreja. O
joio, os peixes ruins, as virgens néscias, o homem sem vestimenta adequada, é a
maneira pela qual a igreja se apresenta externamente nesse mundo. A verdadeira
igreja, a igreja invisível aos olhos humanos, mas visível aos olhos de Deus, é
uma igreja constituída apenas de ovelhas boas, pessoas regeneradas. Mas, a
igreja, por causa da natureza pecaminosa nunca se apresenta na forma de uma
congregação composta apenas de cristãos fiéis.
Infelizmente, de maneira visível,
vê-se que muitos apenas buscam satisfazer seus próprios desejos mundanos
aderindo-se externamente a uma congregação. Pode-se ver o quanto uma pessoa vai
a igreja, mas não podemos determinar se, de fato, pertence à igreja.
Uma pessoa pode aparentar ser cristã
enquanto na realidade não é. Muitos desses cristãos se satisfazem com um
conhecimento que nada mais é do que um mero resumo da fé cristã. Não buscam
progredir no conhecimento da Palavra de Deus. O cristão tem sempre um grande
desejo pela doutrina de Cristo. Veja que os apóstolos não paravam de fazer
perguntas a Cristo. Homens de são consciência clamam pela verdade e pelo ensino
correto da Palavra de Deus.
Só há duas classes para a humanidade.
Crentes e descrentes, santos e ímpios, convertidos e não convertidos,
regenerados e irregenerados.
O evangelista Mateus dedicou uma
longa seção, o capítulo 13, para descrever as parábolas que Jesus contou. Ao
despedir-se da multidão e chegar em casa, os discípulos querem entender a
parábola do joio do campo. Além de lhes explicar a mesma, ainda lhes conta a
parábola do tesouro escondido, da pérola, da rede e de coisas novas e velhas.
Nesse mundo que é o campo, a boa
semente, o evangelho é semeado. Mas, também é semeado a semente perniciosa.
A boa semente, o evangelho, atingiu e
produziu frutos. Essa semente produziu e produz “filhos do reino” (Mt 13.38).
O perigo é que nesse campo, no mundo,
a igreja, os filhos de Deus estão inseridos, assim, podem facilmente confundir
o trigo com o joio. Quando pequenas, tanto o trigo como o joio são muito
semelhantes e podem facilmente ser confundidas.
Os filhos do reino estão juntos com
os filhos do maligno. Há vida social fora da igreja e é nessa vida social que
os filhos do reino correm perigo. O que muito me preocupa é que muitas coisas
malignas tem adentrado na igreja. Os filhos do reino não impactaram a vida dos
filhos do maligno, ao contrário, os filhos do maligno mesmo não estando na
igreja conseguiram implantar coisas dentro da igreja. Assim, a boa semente do
evangelho se torna veneno por ter sido envenenada.
Lembre-se: o joio está no mundo. A
igreja mesmo que não se apresente como de fato é: santa e sem mácula, ela é
enviada para continuar semeando nesse mundo a boa semente do evangelho, pois,
só essa semente salva o mundo. E o desejo de Deus é salvar o mundo.
No seu bairro, na sua rua, há uma boa
semente. Essa semente é você. Como? Pela fé. Amém!
Edson Ronaldo Tressmann
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