20 de novembro de 2016
Ultimo Domingo do Ano da Igreja
Salmo 46; Malaquias 3.13-18; Colossenses 1.13-20; Lucas
23.27-43
Tema: Dia de lembrança!
A
tecnologia avançou, mas a mesma através da rede social facebook constantemente
faz relembrar fatos ocorridos a alguns anos atrás. Por mais que se tenha
perdido o hábito de olhar álbuns fotográficos, a humanidade em seu avanço
tecnológico precisa constantemente relembrar. Relembrar o passado é reviver com
intensidade!
O
próximo final de semana, o último domingo no calendário eclesiástico é
considerado o domingo da lembrança.
O último domingo da igreja é considerado o “Domingo do Cristo Rei”.
Essa
designação é uma viva expressão de fé. Uma fé confessante, ou seja, o ano “terminado”
foi um ano abençoado pelo Cristo Rei. O Cristo vencedor da morte, do diabo e do
mundo, aquele que ressuscitou, governou o ano e sua igreja.
O
último domingo da igreja é o domingo de lembrança – a lembrança de que é “o Cristo Rei” que os cristãos seguem e
confessam.
Quem e qual é o
Cristo Rei que os cristãos seguem e confessam?
Essa
questão precisa ser refletida e respondida com muita calma. Para tal, é preciso
relembrar as palavras anunciadas pela carta do apóstolo Paulo aos Colossenses (Cl
1.13-20), também as palavras do evangelista Lucas (Lc 23.27-43). As palavras
anunciadas por esses dois homens inspirados pelo Espírito Santo, lembram e
relembram o Cristo Rei.
O
apóstolo Paulo relembra aos Colossenses que “Ele (Jesus) nos libertou do império das
trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor” (Cl
1.13).
Jesus
é o rei libertador das trevas, do domínio do diabo, do pecado e da morte
eterna. O Rei Jesus domina no e pelo seu amor. Por causa desse amor, o apóstolo
Paulo relembra que Jesus “transportou (e transporta)
para o Reino do Filho do seu amor”.
O
“Filho do seu amor” é uma referência
direta a obra do Cristo Rei. Jesus é o enviado de Deus para oferecer e dar a
redenção.
Redenção é um dos termos fundamentais da
Bíblia. O mesmo compreende toda a história da salvação desde a remissão dos
pecados até à ressurreição dos mortos. Redenção
provém do latim “redimere”
que é tradução do termo grego “lutrosis” ou “apolutrosis” e significa libertação através do pagamento de um resgate; soltura de
quem está em escravidão ou prisão por dívida não paga.
Ao
escrever que os colossenses são “...filhos da
promessa” o apóstolo Paulo relaciona os mesmos como descendentes de
Abraão, Isaque e Jacó. Dessa maneira relembra aos Colossenses que eles eram
escravos e foram libertados à exemplo da libertação da escravidão egípcia.
É
necessário lembrar e relembrar constantemente que “Ele nos libertou do império das trevas e
nos transportou para o reino do Filho do seu amor, no qual temos a redenção, a
remissão dos pecados” (Cl 1. 13 – 14), afinal, ter sido transportado significa que o cristão foi redimido.
A
lembrança da redenção era necessária e urgente. Muitos cristãos colossenses eram
ex gentios que haviam sido transportados para uma nova vida pelo perdão. A
lembrança da redenção recolocaria aqueles cristãos na certeza da salvação, haj
visto que muitos estavam sendo ameaçados pela heresia colossense. Uma heresia que
havia desviado muitos do padrão doutrinário cristão. O desvio ocorreu por causa
das muitas correntes de pensamentos de fora da doutrina. Essas correntes se
infiltraram na igreja por serem atrativas (2.16 – 17; 2.11; 3.11; 2.21; 2.23; 2.18;
1. 15 – 20; 2.2 – 3.9; 2.2; 2.4,8). Muitos cristãos passaram a compreender que o
evangelho precisava ser complementado por algo.
Ao
saber que por causa da distorção do entendimento quanto ao evangelho, alguns
cristãos de Colossos haviam se desviado da verdade, o apóstolo Paulo escreve
uma carta onde exalta a superioridade de Jesus Cristo. O apóstolo mostra que
Jesus é Senhor da criação e da reconciliação, Jesus é o mediador entre Deus e
os homens.
Jesus é o Rei!
Quando
Jesus foi enviado para realizar a missão da salvação, a expressão “Jesus é Rei”
passou a ser escandalosa. Os judeus não suportavam a ideia de que o Cristo Rei
fosse humilde, indefeso e aparentemente fraco. Pilatos não acreditou (Jo 18.37)
que aquele homem diante dele no tribunal era o tão esperado Messias dos judeus.
Assim
como Pilatos, os líderes religiosos também duvidaram: se tu és o Messias...desça da cruz ...
(Mc 15.32). Os soldados manifestaram: salve, rei dos judeus! ... (Mt 27.29). Um
bandido exclamou: não és tu o Cristo ...
(Lc 23.39). Acima da cabeça de Jesus, n alto da cruz registram: o Rei dos judeus
(Jo 19.19). E em meio a toda essa zombaria e descrença do Cristo Rei, de onde
não se esperava, surgiu uma bela confissão: quando vieres no teu reino... (Lc 23.42, um
ladrão arrependido).
O
último Domingo da Igreja é o domingo da lembrança: Jesus é o Rei! É o domingo onde o
cristão é relembrado sobre o Jesus da cruz. É na cruz que o cristão descobre qual e quem é o Rei Jesus
que segue e confessa.
Os
cristãos de todas as épocas esperavam que Jesus viesse em glória e com seu
exército de anjos em majestade e glória para julgar os vivos e os mortos. Mas,
o que muitos haviam esquecido é que antes desse dia que está por vir, era necessário
passar pela cruz. Na cruz o cristão lembra e relembra o Cristo Rei.
Jesus
é o Rei enviado para se manifestar na cruz. Todos aqueles que creem que “Ele (Jesus) ...
libertou do império das trevas e ... transportou para o reino do Filho do seu
amor, ...” tem o que o Rei oferece e dá “... a redenção, a remissão dos pecados”
(Cl 1. 13 – 14). Amém!
Rev. M.S.T. Edson Ronaldo Tressmann
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