27/03/2016
Ressurreição
de Jesus – Páscoa
Sl
16; Is 65.17-25; 1 Co 15.19-26; Lc 24.1-12
Tema:
Páscoa é passar por cima da morte!
Quando os
missionários na África (Togo), conforme, costume, perguntavam ao cacique: Quais as novas
na aldeia? O mesmo sempre costumava responder: Nada, a não ser que homens morrem.
Todos
sabem da realidade da morte, mas não tem uma resposta as suas dúvidas e medos
diante da mesma. Vivemos num mundo cercado e ameaçado pela morte. O apóstolo Paulo
nos confronta com a realidade da morte e transmite consolo: “Se a nossa
esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de
todos os homens” (1Co 15.19).
Será que
realmente haverá ressurreição dos mortos? O cristianismo, de acordo com a Escritura Sagrada responde sim. Algumas seitas respondem não. Será que tudo se resume a essa vida? O cristianismo de acordo com a Escritura Sagrada responde não. E como foi na época de Jesus algumas seitas respondem sim, a vida está resumida a essa vida. No máximo há uma evolução.
Há
milhares de pessoas vivendo suas vidas como se tudo se resumisse a essa vida e
assim, valorizam as coisas desta vida e menosprezam os meios da graça: Batismo,
Pregação e Santa Ceia.
Em lº Coríntios,
o apóstolo Paulo responde algumas perguntas dos cristãos da congregação em
Corinto. O décimo quinto capítulo é dedicado ao assunto sobre a ressurreição
dos mortos, que aliás, era negada por um grupo pequeno dentro da congregação
(v. 12).
Sei
que a realidade da morte traz muitas perguntas e dúvidas. Isso é natural para o
cristão, afinal, o cristão sabe-se que é merecedor da condenação eterna. O medo
que muitos carregam da condenação e até mesmo da morte não é característica de
um não cristão, mas sim, de um cristão que se reconhece perdido e condenado. O diabo
é o inimigo do cristão e o assola todos os dias. Ao cristão cabe apenas
permanecer nas Escrituras Sagradas, afinal, ela é testemunha de que Jesus
Ressuscitou, e assim como ele ressuscitou, nós também ressuscitaremos.
Páscoa - tem sua origem na libertação do povo
de Deus da escravidão do Egito que já perdurava 430 anos. A palavra páscoa, no
hebraico “Pessach” significa passar por cima
ou passar por
alto.
Ao anunciar
a décima praga, Deus disse que o anjo da morte passaria pelo Egito e mataria
todo primogênito. Para que os filhos primogênitos dos hebreus não morressem,
Deus ordenou que com sangue do cordeiro as casas fossem marcadas, e assim, o
anjo passaria por alto ou por cima.
Os
filhos de Deus ainda hoje são reconhecidos pela marca do sangue do cordeiro. Como? Eu nunca vi ninguém com essa marca?
A marca é a fé. Invisível aos olhos humanos, mas visível aos olhos de Deus. Esse
sinal é presenteado gratuitamente por Deus através do Batismo. Tanto que aos
seus filhos, Deus dá uma certeza: “Olhei,
e eis que o Cordeiro em pé sobre o monte Sião, e com ele cento e quarenta e
quatro mil, tendo na fronte escrito o seu nome e o nome do seu Pai” (Ap
14.1). O batismo nos dá acesso a esperança de que a nossa vida não se limita
apenas a essa vida.
“Se a nossa
esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de
todos os homens” (1Co 15.19).
Contra
o medo e a dúvida que o diabo coloca em cada cristão dia após dia com respeito
a morte, inferno e pecado, é necessário lutar com fé. A fé recebida no batismo
é constantemente alimentada pela pregação da Palavra e pela Santa Ceia. Sem os
meios da graça o cristão vai se desnutrindo, e assim, pouco a pouco o diabo
sufoca os filhos e filhas de Deus conduzindo-os a condenação eterna.
É preciso lutar com
fé! Afinal, “a nossa esperança não se limita apenas a esta vida”.
Queridos
e queridas, milhares de pessoas não tem noção dessa realidade. Perderam a noção
de tudo.
O
cristão não abandona a sua vida cristã por causa do medo da morte, do inferno e
do diabo. Na verdade, essa realidade de medo é que faz com que o cristão sempre
continue na companhia de Deus em Jesus. Se eu sei que há morte, inferno e diabo,
sei também que há céu, salvação e aquele que venceu o diabo. Jesus me garante a
libertação da morte, do inferno e do poder do diabo: “Tragada foi a morte pela vitória. Onde está
ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão? ...Graças a Deus,
que nos dá a vitória por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo”
(1Co 15.54,55,57).
As
pessoas vivem suas vidas na segurança da realidade desse mundo. Como se tudo
estivesse destinado ao aqui e agora. Não creem mais na realidade do inferno,
nem do diabo. Vivem suas vidas como se a única certeza e realidade fosse a morte.
No entanto, mesmo cheio de dúvidas e perguntas diante da morte, o cristão sabe
pela fé que a única coisa certa é a vida eterna.
O
apóstolo Paulo ao escrever a sua carta aos Coríntios sabia que precisava
alertar muitos daqueles cristãos judeus provenientes do judaísmo que acreditavam
que Deus tinha o poder de ressuscitar os mortos, mas que infelizmente, devido a
falsos ensinos passaram a ter dúvidas quanto a ressurreição.
Aos
que estavam e estão se perdendo devido à incerteza da ressurreição, o apostolo
Paulo os caracteriza de “infelizes”. “Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta
vida, somos os mais infelizes de todos os homens” (1Co 15.19).
A
dúvida e pergunta sobre a morte se deve ao fato de que a mesma é uma intrusa na
vida humana. A dúvida e o medo da morte, mostra a minha realidade pecadora e
desesperadora sem um anjo que passe por cima da mesma. A páscoa é a certeza de
que Jesus veio e passou por cima da morte. Ele ressuscitou, nós também
ressuscitaremos.
Infelizmente,
há ainda muitos “infelizes”.
Todos vamos passar pela ressurreição. Mas, aqueles que não tiver a marca em
suas testa, ou seja, que não viverem e morrerem na fé em Jesus, não tomarão
posse da vida eterna. Os “infelizes” verão com seus olhos a realidade de que
a morte foi vencida por Cristo, mas, por terem durante suas vidas, rejeitado a
fé em Jesus, serão tragados pela morte eterna.
A
maravilha na celebração da páscoa é justamente a certeza de que o anjo passou
por cima da morte. Ele ressuscitou! Nós também ressuscitaremos!
A nossa esperança não se limita apenas a essa vida.
No
calendário da igreja cristã, todo domingo é a celebração da páscoa. É dia da
alegria da ressurreição, da vida plena, da comunhão. Toda essa alegria
manifestada por festas e confraternizações está na certeza de que a nossa
esperança não se limita apenas a essa vida. A morte foi vencida por Jesus.
Jesus é o anjo que passou por cima da morte. Amém!
Rev. Edson Ronaldo Tressmann
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