segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Culto que agrada a Deus!

06 de dezembro de 2015
2º Domingo de Advento
Sl 66.1-12; Ml 3.1-7; Fp 1.2-11; Lc 3.1-14
Tema: Culto que agrada a Deus!

         O texto de Malaquias é frequentemente usado por muitos pregadores para justificar o dízimos. Mas, será que o profeta Malaquias tinha apenas o objetivo de falar sobre dízimos?     
         Sempre se refere a Malaquias como um profeta, mas, pode-se também referir ao mesmo apenas como um título a quem Deus confiou o ministério profético sem saber seu nome. Malaquias deriva do termo hebraico “mal’aky” e significa “meu mensageiro”.
         Os mensageiros de Deus, os Malaquias, continuam sendo enviados por parte de Deus para transmitir a mensagem de Deus. Os mensageiros de Deus são diversos e estão espalhados pelo mundo inteiro e nas mais variadas denominações. Devido à dificuldade da tarefa, devido a responsabilidade da pregação, cada mensageiro, “Malaquias”, ouve-se a promessa de Jesus que diz “Ter na mão direita sete estrelas,...” (Ap 1.16), ou seja, o ministério está protegido.
         Cada mensageiro precisa da proteção divina, afinal, a mensagem de Deus faz com que o mensageiro encontre pessoas indiferentes a mensagem de Deus. Assim como Malaquias, “o mensageiro”, encontra-se pessoas desalentadas pelas muitas promessas que não se cumprem. Pessoas apáticas religiosamente, vivendo sua vida numa verdadeira falta de confiança em Deus. Os mensageiros de Deus, os Malaquias atuais, encontram pessoas que duvidam do amor e da misericórdia de Deus. Por tudo isso, os mensageiros precisam anunciar a mensagem de Cristo de maneira fiel. Afinal, a verdadeira mensagem de Deus liberta as pessoas do culto e da ética degradante.
         O mensageiro, Malaquias, havia sido enviado por Deus para pregar à um povo moralmente e eticamente degradado. Esse por sua vez vivia de maneira hipócrita, pensando que assim enganavam a Deus.
         O mensageiro de Deus, conforme a mensagem registrada no livro conhecido como Malaquias, atuou entre um povo que havia deixado apagar a chama inicial do ânimo, da fé. O templo havia sido reconstruído, mas o culto, mesmo que precariamente, ainda funcionava.
         Será que os Malaquias (mensageiros de Deus) do século XXI encontram pessoas e situações diferentes dessa do século V a.C.?
         O lema da IELB para o novo ano eclesiástico que iniciou dia 29 de novembro de 2015 e seguirá até o dia 20 de novembro de 2016 trata a respeito da vida de culto e serviço. Vou viver e anunciar o que o Senhor tem feito! Na vida de culto e serviço.    
         Luteranos, como está a vida de culto e de serviço à Deus?
        Deus diz: “Eis que eu envio o meu mensageiro, que preparará o caminho diante de mim; de repente, virá ao seu templo o Senhor, ...” (Ml 3.1).
         Cada mensageiro é enviado por Deus para preparar o caminho. O caminho que conduz as pessoas à salvação. Por isso, a pergunta: “Quem poderá suportar o dia da sua vinda? Quem poderá subsistir quando ele aparecer?” (Ml 3.2). A mensagem do segundo domingo de advento é uma mensagem de arrependimento. Cada qual é convidado a se arrepender, pois, o arrependimento é a preparação do caminho para o Senhor.
         É preciso comunicar a todos que não se trata apenas em estar na igreja sentado no banco a cada culto. Malaquias, o mensageiro de Deus, fala que a questão é de fé, invocação, ação de graças, confissão e pregação do evangelho. Deus deseja cultos de coração e esses são prestados em todas as ocasiões de nossa vida.
         Tudo o que Deus requer de seus filhos são sacrifícios justos. Lembre-se que: Não é o meu sacrifício, o meu culto, a minha oferta que me torna justo diante de Deus. A verdade é que assim como disse o profeta Jeremias, “Jesus Cristo é a nossa justiça”. Pela fé em Jesus Cristo, meu sacrifício, meu culto, minha oferta se torna justo. Tudo é uma questão de fé, invocação, confissão. Jesus disse: “porque, onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração” (Mt 6.21).
         Quando o apóstolo Paulo ao escrever aos Romanos: “Ofereço em sacrifício o evangelho de Deus, para que a oferta dos gentios se torne aceitável, santificada pelo Espírito Santo,....” (Rm 15.16), tem como objetivo esclarecer que só pelo Evangelho que cria a fé é possível oferecer sacrifícios agradáveis a Deus. Evangelho esse, do qual o apóstolo não se envergonhava, pois é o poder de Deus para salvar todos os que creem. O evangelho mostra uma única coisa: Deus aceita o pecador por meio da fé. (Rm 1.16-17). E todos os que estão nessa fé oferecem verdadeiro culto à Deus, dentro e fora da igreja, afinal, “...sem fé é impossível agradar a Deus, ...” (Hb 11.6). Pela fé, todos “somos participantes da graça” (Fp 1.7), ou seja, obtemos o lucro de Deus, a salvação em Jesus. Como participantes da graça de Deus, cada cristão está “cheio do fruto da justiça, o qual é mediante Jesus Cristo, para a glória e louvor de Deus” (Fp 1.11).  
         Tanto o culto como o dízimo de nada servem se não forem realizados pela fé. Aliás, há um fato que muitos pastores tem medo de dizer. Os dízimos, as ofertas só podem ser realizadas pelos cristãos, pelos que tem fé. Afinal, as ofertas e os dízimos provêm da fé.
      Infelizmente, há muitas pessoas agindo em pleno século XXI, como as pessoas do século V a.C. Realizam seus cultos e fazem suas ofertas de maneira hipócrita, sem considerar se estão ou não na fé verdadeira.
      Mensageiros de Deus continuam sendo enviados por Deus. Mensageiros que possuem uma revelação, não proveniente de sonho ou visão, mas, a revelação suprema, o Evangelho e pelo Evangelho, “toda carne verá a salvação de Deus” (Lc 3.6).
       “Porque eu, o Senhor, não mudo,...” (Ml 3.6).
      Deus continua enviando mensageiros, independentemente dos ouvintes. Deus continua se revelando através do seu Evangelho e através desse, continua operando a fé verdadeira. Através do Evangelho aceita o culto, o louvor, o serviço e as ofertas. Amém!


M.S.T. Rev. Edson Ronaldo Tressmann

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