06 de dezembro de 2015
2º Domingo de Advento
Sl 66.1-12; Ml 3.1-7; Fp 1.2-11; Lc 3.1-14
Tema: Culto que agrada a
Deus!
O
texto de Malaquias é frequentemente usado por muitos pregadores para justificar
o dízimos. Mas,
será que o profeta Malaquias tinha apenas o objetivo de falar sobre dízimos?
Sempre
se refere a Malaquias como um profeta, mas, pode-se também referir ao mesmo apenas
como um título a quem Deus confiou o ministério profético sem saber seu nome.
Malaquias deriva do termo hebraico “mal’aky” e significa
“meu mensageiro”.
Os
mensageiros de Deus, os Malaquias, continuam sendo enviados por parte de Deus
para transmitir a mensagem de Deus. Os mensageiros de Deus são diversos e estão
espalhados pelo mundo inteiro e nas mais variadas denominações. Devido à dificuldade
da tarefa, devido a responsabilidade da pregação, cada mensageiro, “Malaquias”, ouve-se a promessa de Jesus
que diz “Ter
na mão direita sete estrelas,...” (Ap 1.16), ou seja, o ministério
está protegido.
Cada
mensageiro precisa da proteção divina, afinal, a mensagem de Deus faz com que o
mensageiro encontre pessoas indiferentes a mensagem de Deus. Assim como Malaquias,
“o mensageiro”,
encontra-se pessoas desalentadas pelas muitas promessas que não se cumprem. Pessoas
apáticas religiosamente, vivendo sua vida numa verdadeira falta de confiança em
Deus. Os mensageiros de Deus, os Malaquias atuais, encontram pessoas que duvidam
do amor e da misericórdia de Deus. Por tudo isso, os mensageiros precisam
anunciar a mensagem de Cristo de maneira fiel. Afinal, a verdadeira mensagem de
Deus liberta as pessoas do culto e da ética degradante.
O
mensageiro, Malaquias, havia sido enviado por Deus para pregar à um povo
moralmente e eticamente degradado. Esse por sua vez vivia de maneira hipócrita,
pensando que assim enganavam a Deus.
O
mensageiro de Deus, conforme a mensagem registrada no livro conhecido como
Malaquias, atuou entre um povo que havia deixado apagar a chama inicial do
ânimo, da fé. O templo havia sido reconstruído, mas o culto, mesmo que precariamente,
ainda funcionava.
Será que os
Malaquias (mensageiros de Deus) do século XXI encontram pessoas e situações
diferentes dessa do século V a.C.?
O
lema da IELB para o novo ano eclesiástico que iniciou dia 29 de novembro de
2015 e seguirá até o dia 20 de novembro de 2016 trata a respeito da vida de
culto e serviço. Vou viver e
anunciar o que o Senhor tem feito! Na vida de culto e serviço.
Luteranos,
como está a vida de culto e de serviço à Deus?
Deus
diz: “Eis que
eu envio o meu mensageiro, que preparará o caminho diante de mim; de repente, virá
ao seu templo o Senhor, ...” (Ml 3.1).
Cada
mensageiro é enviado por Deus para preparar o caminho. O caminho que conduz as
pessoas à salvação. Por isso, a pergunta: “Quem poderá suportar o dia da sua vinda? Quem poderá
subsistir quando ele aparecer?” (Ml 3.2). A mensagem do segundo
domingo de advento é uma mensagem de arrependimento. Cada qual é convidado a se
arrepender, pois, o arrependimento é a preparação do caminho para o Senhor.
É
preciso comunicar a todos que não se trata apenas em estar na igreja sentado no
banco a cada culto. Malaquias, o mensageiro de Deus, fala que a questão é de fé,
invocação, ação de graças, confissão e pregação do evangelho. Deus deseja
cultos de coração e esses são prestados em todas as ocasiões de nossa vida.
Tudo o que Deus requer de seus filhos são sacrifícios
justos. Lembre-se que: Não é o meu sacrifício, o meu culto, a minha oferta que
me torna justo diante de Deus. A verdade é que assim como disse o
profeta Jeremias, “Jesus Cristo é a nossa justiça”.
Pela fé em Jesus Cristo, meu sacrifício, meu culto, minha oferta se torna
justo. Tudo é uma questão de fé, invocação, confissão. Jesus disse: “porque, onde
está o teu tesouro, aí estará também o teu coração” (Mt 6.21).
Quando
o apóstolo Paulo ao escrever aos Romanos: “Ofereço em sacrifício o evangelho de Deus, para que a
oferta dos gentios se torne aceitável, santificada pelo Espírito Santo,....”
(Rm 15.16), tem como objetivo esclarecer que só pelo Evangelho que cria a fé é
possível oferecer sacrifícios agradáveis a Deus. Evangelho esse, do qual o apóstolo
não se envergonhava, pois é o poder de Deus para salvar todos os que creem. O
evangelho mostra uma única coisa: Deus aceita o pecador por meio da fé. (Rm
1.16-17). E todos os que estão nessa fé oferecem verdadeiro culto à Deus,
dentro e fora da igreja, afinal, “...sem fé é impossível agradar a Deus, ...”
(Hb 11.6). Pela fé, todos “somos participantes da graça” (Fp 1.7), ou
seja, obtemos o lucro de Deus, a salvação em Jesus. Como participantes da graça
de Deus, cada cristão está “cheio do fruto da justiça, o qual é mediante Jesus
Cristo, para a glória e louvor de Deus” (Fp 1.11).
Tanto
o culto como o dízimo de nada servem se não forem realizados pela fé. Aliás, há
um fato que muitos pastores tem medo de dizer. Os dízimos, as ofertas só podem
ser realizadas pelos cristãos, pelos que tem fé. Afinal, as ofertas e os dízimos
provêm da fé.
Infelizmente,
há muitas pessoas agindo em pleno século XXI, como as pessoas do século V a.C.
Realizam seus cultos e fazem suas ofertas de maneira hipócrita, sem considerar
se estão ou não na fé verdadeira.
Mensageiros
de Deus continuam sendo enviados por Deus. Mensageiros que possuem uma
revelação, não proveniente de sonho ou visão, mas, a revelação suprema, o Evangelho
e pelo Evangelho, “toda carne verá a salvação de Deus” (Lc 3.6).
“Porque eu, o
Senhor, não mudo,...” (Ml 3.6).
Deus
continua enviando mensageiros, independentemente dos ouvintes. Deus continua se
revelando através do seu Evangelho e através desse, continua operando a fé
verdadeira. Através do Evangelho aceita o culto, o louvor, o serviço e as
ofertas. Amém!
M.S.T. Rev. Edson Ronaldo Tressmann
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