04/10/2015
19º Domingo após Pentecostes
Sl 128; Gn 2.18-25; Hb 2.1-13; Mc 10.2-16
Tema: Sexualidade: entre a criação e o politicamente correto!
O
dia 04 de outubro de 2015 poderia, a julgar pelas leituras bíblicas do
lecionário cristão, ser decretado como o domingo da reflexão em torno da união
entre homem e mulher. Bem, há quem diga que não é politicamente correto
interferir na opção sexual de alguém. No entanto, um mundo
que prioriza o politicamente correto, corre o risco de incorrer no eternamente
condenado.
De acordo com o
que a Igreja Evangélica Luterana do Brasil ensina, crê e confessa, o casamento
não é um sacramento, mas, nem por isso, é um assunto menos importante.
A união entre homem e mulher é defendido e proclamado dentro dessa igreja
confessional, afinal, o autor do casamento, o arquiteto da base da sociedade é
Deus.
Sem
medo do politicamente correto, afirmo que “Sem o casamento entre
homem e mulher e sem a família, a sociedade está fadada ao fracasso!”
Após
ter criado todas as coisas, Deus observou que não é bom que o homem esteja só.
Assim, de uma das costelas do homem, formou a mulher. “Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à
imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou” (Gn 1.27).
A
afirmação do texto bíblico é que ambos os sexos são diferentes. Essa diferença
entre ambos os sexos continua até os dias de hoje, aliás, diferença essa que
aliada a natureza pecaminosa, ou seja, “por causa da dureza do coração” tem causado
muitas rebeliões familiares e até uma possível correção, pois, muitos acreditam
que Deus tenha errado ao lhe dar um corpo masculino e mentalidade feminina.
Após
a constatação de que todos os animais tinham seu parceiro, machos e fêmeas,
Deus fez cair um pesado sono no homem e fez uma cirurgia, não a de CRS
(Cirurgia de Redesignação Sexual). Deus não alterou a sexualidade de Adão, foi
além, da costela de Adão formou a mulher, a melhor parte do homem. Mas, assim
como é no caso do divórcio, a “dureza do coração...” humano faz com que o
homem ou a mulher acreditem que sua sexualidade não lhes é a adequada e buscam
corrigir o que para muitos Deus equivocadamente fez.
O casamento entre homem e mulher mostra o propósito inicial
de Deus na criação. O divórcio é justamente o remendo, é uma possível correção
que muitos buscam fazer, já que Deus lhes concedeu uma auxiliadora ruim, ou um companheiro que não é companheiro.
“A dureza do
coração” está levando o homem a se revoltar contra a coisa
maravilhosa que Deus criou, seres humanos com sexualidades diferentes.
Muitos,
principalmente os politicamente corretos não aceitam a realidade do homem e
mulher e a diferença na sexualidade e brigam pela questão de gênero. O
argumento é de que Deus se equivocou. Argumentam que é preciso que a sociedade
evolua politicamente e tecnologicamente.
Homem
e mulher, sexualidades diferentes, é fruto do conselho divino, da santíssima
trindade. O homem, um simples ser mortal, que tem sua sabedoria limitada, quer
corrigir um suposto erro divino, de uma maneira banal, classificando a obra
prima de Deus em questão de gênero.
Ao
ver que não era bom que o homem estivesse sozinho, Deus lhe presenteou com a
mulher, por isso, “O que acha uma esposa acha o bem e alcançou a
benevolência do Senhor” (Pv 18.22). Mas, “a dureza do coração humano” faz
com que o pasto do vizinho seja mais verde. Por causa da “dureza do coração humano”
milhares agem como os fariseus, ou seja, repudiam sua esposa ou esposo e querem
uma resposta bíblica para seu ato.
Se
não fosse “a
dureza do coração humano” as relações humanas e a diferença dos
sexos não seria causa de discórdia e intrigas. Tanto a diferença do sexo bem como a união
entre homem e mulher foi um projeto de Deus pensando na felicidade e bem estar,
mas, o inimigo de Deus e dos homens, o diabo, assim como foi por ocasião da
queda busca destruir esse bem estar e essa felicidade.
O
ministro do evangelho não foi e não é enviado para “condenar”, afinal, nem Jesus
condenou a mulher adúltera (Jo 8.11). O objetivo
das palavras de hoje não visam condenar e nem destruir ninguém, mas, chamar de volta ao
verdadeiro caminho, pois todo aquele que se arrepende recebe o perdão
(Lc 15.10). No perdão oferecido e dado por Jesus, mesmo que houve algum
remendo, divórcio ou CRS, há a possibilidade de uma vida feliz e abençoada.
Amém!
M.S.T. Rev. Edson Ronaldo Tressmann
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