3º Domingo no Advento – 14/12/2014
Sl 126; Is 61.1-4,8-11; 1Ts 5.16-24; Jo 1.6-8,19-28
Tema: O verdadeiro testemunho!
Fala-se muito em testemunho. No entanto,
se comete um sério equívoco quanto ao testemunho.
O que é testemunho?
João Batista havia sido enviado por
Deus para preparar o caminho do Senhor. Sua missão era anunciar que Jesus havia
sido enviado para ser o cordeiro de Deus para tirar o pecado do mundo.
João Batista sofreu o assédio do
sucesso. Esse assédio aconteceu diante de alguns judeus enviados para saber se
João era Jesus, ou até mesmo Elias, o maior profeta entre os judeus, ou até
mesmo qualquer um dos profetas.
João poderia facilmente apontar para
suas qualidades. Mas, respondeu que não era Jesus, nem Elias e nem sequer
qualquer um dos profetas. Ele testemunhou que a sua única razão de ser: “uma voz que clama no deserto”.
Os judeus não estavam ali para buscar
exaltar João Batista, nem sequer para dar glorias a ele, ou por terem sido
impactados pelo seu testemunho. Estavam ali, porque levam a sua religiosidade
muito a sério. E
se João Batista não era Jesus, nem Elias e nem um dos profetas, com qual
autoridade batizava?
João Batista poderia responder que era
Jesus, Elias ou qualquer um dos profetas, mas preferiu correr o risco e
responder de fato e de verdade sobre a sua missão: “uma voz que clama no deserto”.
João Batista não caiu no assédio do
sucesso conforme prega o mundo. Julgou-se uma simples voz, mesmo que outros
profetas já houvessem anunciado sobre ele (Isaías 40.3). João Batista recebeu
de Deus uma grande importância, ele recebeu a missão de anunciar, preparar o
caminho de Jesus. No entanto, não se julgou importante, o importante era a
mensagem que anunciava.
João Batista não apontava para ele
mesmo ou para uma suposta religiosidade. João Batista apontava para Jesus. O Jesus
que não era reconhecido pelos judeus e pelas pessoas, “...mas o seu povo não o recebeu”
(Jo 1.11).
O texto do evangelho do apóstolo João traz
uma reflexão importante para o nosso contexto eclesiástico. Há muitas igrejas!
E nessas há pastores denominados bispos ou apóstolos com grande fama. A maioria
das pessoas busca ouvir, tocar essas pessoas. E esses por sua vez assediados
pelo sucesso apontam para suas realizações e qualidades. A mensagem principal,
Jesus, fica em segundo plano.
Pessoas testemunham que foram curadas
mediante as orações ou o toque desses homens poderosos. Diferentemente de João
Batista, esses homens (apóstolos e bispos), gostam de ser testemunhados e
incentivam o testemunho de si para que suas fontes de renda continuem ativas.
A pergunta dos religiosos que se
aproximaram de João Batista: “quem és tu?” foi transformada em outra
pergunta de outros religiosos: “onde estão teus milagres?”
Graças a Deus que ainda há pastores
simples como João Batista que não apontam para si mesmos nem para suas
realizações. Apontam para os meios deixados por Jesus: Batismo
e Santa Ceia. Apontam para o único caminho, Jesus. Há muitos
pastores, graças a Deus, que realizam a única missão a qual foram enviados para
realizar: “ser
uma voz que aponta para o Cordeiro de Deus”.
Testemunhar
é apontar
para o Cordeiro de Deus, o único e necessário testemunho. Testemunho vai além do convite de alguém para a programação em nossa
igreja. Testemunho é falar a respeito daquele que nos torna
seus filhos pelo batismo. Testemunho
é apontar
para os meios que nos tornam e mantêm filhos de Deus: Batismo, Palavra e Santa
Ceia. Deus é quem age em seus filhos através de um único meio: sua Palavra.
Todos os que fazem da sua voz a voz de Jesus verdadeiramente
testemunham Jesus. Amém!
Edson Ronaldo Tressmann
cristo_para_todos@hotmail.com
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