domingo, 7 de dezembro de 2014

O verdadeiro testemunho!

3º Domingo no Advento – 14/12/2014
Sl 126; Is 61.1-4,8-11; 1Ts 5.16-24; Jo 1.6-8,19-28
Tema: O verdadeiro testemunho!

         Fala-se muito em testemunho. No entanto, se comete um sério equívoco quanto ao testemunho.
         O que é testemunho?
         João Batista havia sido enviado por Deus para preparar o caminho do Senhor. Sua missão era anunciar que Jesus havia sido enviado para ser o cordeiro de Deus para tirar o pecado do mundo.
         João Batista sofreu o assédio do sucesso. Esse assédio aconteceu diante de alguns judeus enviados para saber se João era Jesus, ou até mesmo Elias, o maior profeta entre os judeus, ou até mesmo qualquer um dos profetas.
         João poderia facilmente apontar para suas qualidades. Mas, respondeu que não era Jesus, nem Elias e nem sequer qualquer um dos profetas. Ele testemunhou que a sua única razão de ser: “uma voz que clama no deserto”.
         Os judeus não estavam ali para buscar exaltar João Batista, nem sequer para dar glorias a ele, ou por terem sido impactados pelo seu testemunho. Estavam ali, porque levam a sua religiosidade muito a sério. E se João Batista não era Jesus, nem Elias e nem um dos profetas, com qual autoridade batizava?
         João Batista poderia responder que era Jesus, Elias ou qualquer um dos profetas, mas preferiu correr o risco e responder de fato e de verdade sobre a sua missão: “uma voz que clama no deserto”.

         João Batista não caiu no assédio do sucesso conforme prega o mundo. Julgou-se uma simples voz, mesmo que outros profetas já houvessem anunciado sobre ele (Isaías 40.3). João Batista recebeu de Deus uma grande importância, ele recebeu a missão de anunciar, preparar o caminho de Jesus. No entanto, não se julgou importante, o importante era a mensagem que anunciava.
         João Batista não apontava para ele mesmo ou para uma suposta religiosidade. João Batista apontava para Jesus. O Jesus que não era reconhecido pelos judeus e pelas pessoas, “...mas o seu povo não o recebeu” (Jo 1.11).  
         O texto do evangelho do apóstolo João traz uma reflexão importante para o nosso contexto eclesiástico. Há muitas igrejas! E nessas há pastores denominados bispos ou apóstolos com grande fama. A maioria das pessoas busca ouvir, tocar essas pessoas. E esses por sua vez assediados pelo sucesso apontam para suas realizações e qualidades. A mensagem principal, Jesus, fica em segundo plano.
         Pessoas testemunham que foram curadas mediante as orações ou o toque desses homens poderosos. Diferentemente de João Batista, esses homens (apóstolos e bispos), gostam de ser testemunhados e incentivam o testemunho de si para que suas fontes de renda continuem ativas.
         A pergunta dos religiosos que se aproximaram de João Batista: “quem és tu?” foi transformada em outra pergunta de outros religiosos: “onde estão teus milagres?
      Graças a Deus que ainda há pastores simples como João Batista que não apontam para si mesmos nem para suas realizações. Apontam para os meios deixados por Jesus: Batismo e Santa Ceia. Apontam para o único caminho, Jesus. Há muitos pastores, graças a Deus, que realizam a única missão a qual foram enviados para realizar: “ser uma voz que aponta para o Cordeiro de Deus”.
         Testemunhar é apontar para o Cordeiro de Deus, o único e necessário testemunho. Testemunho vai além do convite de alguém para a programação em nossa igreja. Testemunho é falar a respeito daquele que nos torna seus filhos pelo batismo. Testemunho é apontar para os meios que nos tornam e mantêm filhos de Deus: Batismo, Palavra e Santa Ceia. Deus é quem age em seus filhos através de um único meio: sua Palavra. Todos os que fazem da sua voz a voz de Jesus verdadeiramente testemunham Jesus. Amém!

Edson Ronaldo Tressmann
cristo_para_todos@hotmail.com

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