terça-feira, 18 de março de 2014

Superando barreiras e ofecerecendo o Dom de Deus.

3º Domingo na Quaresma – 23/03/14
Sl 95. 1 – 9; Ex 17. 1 – 7; Rm 5. 1 – 8; Jo 4. 5 – 26
Tema: Superando barreiras e oferecendo o Dom de Deus
 
         No dia 10/03/2014 no site (http://globoesporte.globo.com/futebol) foi publicado a reportagem sobre o uniforme que seria usado pelos árbitros na competição Copa do Brasil. Segundo a reportagem o uniforme terá uma mensagem contra o racismo. A CBF divulgou a foto da camisa com os dizeres 'Somos Iguais' no lado direito do peito

         "Somos todos iguais” – será que estamos conscientes dessa verdade?

         Com a leitura do texto do evangelho de João 4. 5 - 26 aprendemos uma preciosa lição de Jesus na beira de um poço: Somos todos iguais. Nossa igualdade não está apenas no lado direito do peito, mas também porque “todos” necessitamos da mesma coisa.
         Tendo necessidade, Jesus deseja suprir a mesma. Para isso, fala sobre como oferecer e dar àquilo que “todos” necessitam. Para que “todos” “conheçam o dom de Deus e peçam água viva” é necessário quebrar barreiras. Barreiras que muitas vezes parecem ser intransponíveis.
         No Evangelho de João capitulo 4 versículos 5 a 26 vemos Jesus oferecendo a água viva a uma mulher samaritana. Para que Jesus oferecesse a água da vida foi preciso transpor algumas barreiras. Vejamos:
v. 9:...como, sendo tu judeu, pedes de beber a mim, que sou mulher samaritana...barreira racial.
v.18:...porque cinco marido já tiveste, e esse que agora tens não é teu marido;...barreira social.
v. 20:Nossos pais adoravam neste monte; vós, entretanto, dizeis que em Jerusalém é o lugar onde se deve adorarbarreira religiosa.
Também a barreira cultural, v. 27:...chegaram os discípulos e se admiraram de que estivesse falando com uma mulher;...
         Somos todos iguais” – será que estamos conscientes dessa verdade diante da barreira racial, social, religiosa e cultural?
         O Brasil é um país continental. Somos agraciados por Deus por ter num mesmo país diferentes raças, climas, vegetação, culturas e tradições. Louvemos a Deus por essa variedade de coisas impressionantes!
         Infelizmente, conforme escrito pelo apóstolo Pedro “...nosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar” (1Pe 5.8), está nos devorando através do racismo e da indiferença.
         A maravilha em ser um país continental, extenso, variado, traz consigo o desafio da superação de muitas barreiras culturais, sociais, religiosas e raciais.
         Ao dizer que somos todos iguais, precisamos encarar o preconceito de muitos para com a igreja? Muitos têm um pré-conceito formado de que evangélico é alguém de outro mundo, pois está sempre fora desse mundo.
         Deixemos esse assunto para outro momento. Minha ocupação e preocupação é justamente com vocês que são evangélicos e católicos.
         É necessário dizer que a Igreja está inserida em vários contextos. Cada local requer uma readaptação, aculturação. Isso nem sempre é fácil. Algumas vezes, a dificuldade é não conseguir e nem buscar desvincular-se de uma tradição, seja racial ou eclesiástica. Outras vezes, a dificuldade está em não conseguir aculturar-se. 
         Nesse imenso Brasil, composto por vários Brasis, congregações foram levadas por àqueles que buscaram fazer suas vidas em novos lugares. Algumas dessas congregações se adequaram ao local onde foram inseridas, outras infelizmente não conseguem ultrapassar velhas barreiras.
         Não há problema em ser uma igreja de sotaque alemão no nordeste brasileiro. Somos enviados para acolher e integrar os que não possuem sotaque alemão. Assim como a minha cultura é importante e tem o seu valor, a cultura do outro também tem o seu valor e merece meu respeito.
         A palavra Missão não significa “missa grande.” A palavra Missão vem do latim “missio” e significa “enviar.” A Igreja cristã, composta por santos, ou seja, os que creem em Jesus e se reúnem em congregações, é enviada para o mundo. Como enviada, a Igreja oferece o Dom de Deus. Não que o Dom de Deus seja de propriedade da congregação, mas através da atuação da congregação pelos meios da graça, Batismo, Santa Ceia e Pregação da Palavra, oferece e dá o Dom de Deus.
         O enfoque da IELB para 2014, dentro do tema geral “A Igreja comunica a Vida!”, gira em torno da água viva.
         A água viva é um tema do Evangelho de João. Aparece no diálogo de Jesus com a mulher samaritana, João 4.10: “Se você soubesse o que Deus pode dar ... você pediria, e ele lhe daria a água da vida.O que significa “água viva”? Mesmo que Jesus por muitas vezes tenha dito: “Eu sou o pão da vida”, não chegou a afirmar “Eu sou a água viva”.
         O que é água viva? Para encontrar a resposta, segundo o professor Dr. Vilson Scholz, precisamos olhar para dois textos do apóstolo João em seu Evangelho, (Jo 7.37 – 39; 19.34). Em João 7. 37 – 39, Jesus fala sobre o Espírito Santo. Sob a luz de Jo 7.39, entendemos que Jo 19.34 a água viva é o Espírito Santo.
         Se a água viva é o Espírito Santo, em 2014, conforme desafiado pelo professor Dr. Vilson Scholz no desenvolvimento da temática da IELB para esse ano, precisamos dar ênfase na pessoa e ação do Espírito Santo sem medo de ser chamado de pentecostal. Lembremos que precisamos superar a barreira do preconceito. Infelizmente, assim como muitos tem seu pré-conceito formado dos evangélicos, também há muito pré-conceito pelos pentecostais.
         Jesus ofereceu o Dom de Deus à mulher samaritana e o oferece a cada um de nós. Para que o Dom de Deus seja recebido pelas pessoas através dos meios da graça, precisamos superar barreiras.
         A IELB busca transpor as muitas barreiras existentes. Ela oferece a água viva através dos meios da graça a todos os brasileiros. Além de estarmos presentes em todos os estados do Brasil, estamos engajados na missão em Moçambique e Angola.
         Uma igreja que precisa reconhecer (mesmo que muitos a vejam assim), que não é apenas uma igreja alemã. Somos uma igreja brasileira para os brasileiros e para qualquer outra raça que desejar beber da água da vida. Afinal, essa água da vida, Jesus nos enviou para oferecer e dar a outros.
         Romper barreiras não requer simplesmente deixar nosso sotaque alemão, italiano, espanhol, português, etc, ou nosso jeito de ser. Isso faz parte da nossa essência. Romper barreiras é continuar oferecendo para “todos” o que nos foi oferecido: a água da vida.
         Estamos próximos de comemorar 110 anos de IELB em terras brasileiras. Uma data significativa por que mostra o quanto fomos saciados pela água viva.  
         Jesus continua oferecendo a água da vida a “todos”. Alimentado na água viva posso transpor todas as barreiras para que outros sejam saciados em sua sede espiritual assim como eu que era sedento também fui saciado.
 

Compartilho o link de um video que postei no youtube no qual consta o resumo dessa mensagem:
http://www.youtube.com/watch?v=QO0EnjAEkBI
 
Pr Edson Ronaldo Tressmann
Querência do Norte – PR

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