3º Domingo na Quaresma – 23/03/14
Sl 95. 1 – 9; Ex 17. 1 – 7; Rm 5. 1 – 8; Jo
4. 5 – 26
Tema:
Superando barreiras e oferecendo
o Dom de Deus
No dia 10/03/2014
no site (http://globoesporte.globo.com/futebol) foi publicado a reportagem sobre o uniforme que
seria usado pelos árbitros na competição Copa do Brasil. Segundo a reportagem o uniforme
terá uma mensagem contra o racismo. A CBF divulgou a foto da camisa com os dizeres 'Somos Iguais' no lado direito do peito.
Compartilho o link de um video que postei no youtube no qual consta o resumo dessa mensagem:
http://www.youtube.com/watch?v=QO0EnjAEkBI
"Somos todos iguais” – será que estamos conscientes dessa verdade?
Com a leitura do texto do evangelho de
João 4. 5 - 26 aprendemos uma preciosa lição de Jesus na beira de um poço: Somos todos iguais. Nossa igualdade não está apenas no lado direito do peito, mas também
porque “todos” necessitamos da mesma coisa.
Tendo necessidade, Jesus deseja suprir
a mesma. Para isso, fala sobre como oferecer e dar àquilo que “todos”
necessitam. Para que “todos” “conheçam o dom de Deus e peçam água viva” é necessário quebrar barreiras. Barreiras que
muitas vezes parecem ser intransponíveis.
No Evangelho de João capitulo 4
versículos 5 a 26 vemos Jesus oferecendo a água viva a uma mulher samaritana. Para
que Jesus oferecesse a água da vida foi preciso transpor algumas barreiras. Vejamos:
v.
9: “...como, sendo tu judeu, pedes de beber a mim, que sou mulher
samaritana...” barreira racial.
v.18: “...porque cinco marido já tiveste, e esse que agora tens não é
teu marido;...” barreira social.
v.
20: “Nossos pais adoravam neste monte; vós, entretanto, dizeis que em
Jerusalém é o lugar onde se deve adorar” barreira religiosa.
Também a barreira
cultural, v. 27: “...chegaram os discípulos e se admiraram de que
estivesse falando com uma mulher;...”
“Somos todos iguais” – será que estamos conscientes dessa verdade diante da barreira racial,
social, religiosa e cultural?
O Brasil é um país continental. Somos
agraciados por Deus por ter num mesmo país diferentes raças, climas, vegetação,
culturas e tradições. Louvemos a Deus por essa variedade de coisas
impressionantes!
Infelizmente, conforme escrito pelo
apóstolo Pedro “...nosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge procurando
alguém para devorar” (1Pe
5.8), está nos devorando através do racismo e da indiferença.
A maravilha em ser um país continental,
extenso, variado, traz consigo o desafio da superação de muitas barreiras
culturais, sociais, religiosas e raciais.
Ao dizer que somos todos iguais, precisamos encarar o
preconceito de muitos para com a igreja? Muitos têm um pré-conceito formado de que evangélico é alguém de outro
mundo, pois está sempre fora desse mundo.
Deixemos esse assunto para outro
momento. Minha ocupação e preocupação é justamente com vocês que são
evangélicos e católicos.
É necessário dizer que a Igreja está
inserida em vários contextos. Cada local requer uma readaptação, aculturação.
Isso nem sempre é fácil. Algumas vezes, a dificuldade é não conseguir e nem
buscar desvincular-se de uma tradição, seja racial ou eclesiástica. Outras
vezes, a dificuldade está em não conseguir aculturar-se.
Nesse imenso Brasil, composto por
vários Brasis, congregações foram levadas por àqueles que buscaram fazer suas
vidas em novos lugares. Algumas dessas congregações se adequaram ao local onde
foram inseridas, outras infelizmente não conseguem ultrapassar velhas
barreiras.
Não há problema em ser uma igreja de sotaque
alemão no nordeste brasileiro. Somos enviados para acolher e integrar os que
não possuem sotaque alemão. Assim como a minha cultura é importante e tem o seu
valor, a cultura do outro também tem o seu valor e merece meu respeito.
A palavra Missão não
significa “missa grande.” A palavra Missão vem do latim “missio” e significa
“enviar.” A Igreja cristã, composta por santos, ou
seja, os que creem em Jesus e se reúnem em congregações, é enviada para o
mundo. Como enviada, a Igreja oferece o Dom de Deus. Não que o Dom de Deus seja
de propriedade da congregação, mas através da atuação da congregação pelos
meios da graça, Batismo, Santa Ceia e Pregação da Palavra, oferece e dá o Dom
de Deus.
O
enfoque da IELB para 2014, dentro do tema geral “A Igreja comunica a Vida!”, gira em torno da água viva.
A água viva é um tema do Evangelho de
João. Aparece no diálogo de Jesus com a mulher samaritana, João 4.10: “Se você soubesse o
que Deus pode dar ... você pediria, e ele lhe daria a água da vida.” O que significa “água viva”? Mesmo que Jesus por muitas vezes tenha dito: “Eu sou o pão da vida”, não chegou a afirmar “Eu sou a água viva”.
O que é água viva? Para encontrar a resposta, segundo o professor Dr. Vilson Scholz,
precisamos olhar para dois textos do apóstolo João em seu Evangelho, (Jo 7.37 –
39; 19.34). Em João 7. 37 – 39, Jesus fala sobre o Espírito Santo. Sob a luz de
Jo 7.39, entendemos que Jo 19.34 a água viva é o Espírito Santo.
Se a água viva é o Espírito Santo, em
2014, conforme desafiado pelo professor Dr. Vilson Scholz no desenvolvimento da
temática da IELB para esse ano, precisamos dar ênfase na pessoa e ação do Espírito
Santo sem medo de ser chamado de pentecostal. Lembremos que precisamos superar
a barreira do preconceito. Infelizmente, assim como muitos tem seu pré-conceito
formado dos evangélicos, também há muito pré-conceito pelos pentecostais.
Jesus ofereceu o Dom de Deus à mulher
samaritana e o oferece a cada um de nós. Para que o Dom de Deus seja recebido
pelas pessoas através dos meios da graça, precisamos superar barreiras.
A IELB busca transpor as muitas barreiras
existentes. Ela oferece a água viva através dos meios da graça a todos os
brasileiros. Além de estarmos presentes em todos os estados do Brasil, estamos
engajados na missão em Moçambique e Angola.
Uma igreja que precisa reconhecer (mesmo
que muitos a vejam assim), que não é apenas uma igreja alemã. Somos uma igreja
brasileira para os brasileiros e para qualquer outra raça que desejar beber da
água da vida. Afinal, essa água da vida, Jesus nos enviou para oferecer e dar a
outros.
Romper barreiras não requer
simplesmente deixar nosso sotaque alemão, italiano, espanhol, português, etc,
ou nosso jeito de ser. Isso faz parte da nossa essência. Romper barreiras é
continuar oferecendo para “todos” o que nos foi oferecido: a água da vida.
Estamos próximos de comemorar 110 anos
de IELB em terras brasileiras. Uma data significativa por que mostra o quanto
fomos saciados pela água viva.
Jesus continua oferecendo a água da
vida a “todos”. Alimentado na água viva posso transpor todas as
barreiras para que outros sejam saciados em sua sede espiritual assim como eu
que era sedento também fui saciado.
Compartilho o link de um video que postei no youtube no qual consta o resumo dessa mensagem:
http://www.youtube.com/watch?v=QO0EnjAEkBI
Pr
Edson Ronaldo Tressmann
Querência do Norte – PR
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