20/10/13 – 22º Domingo após Pentecostes
Sl 121; Gn 32. 22- 30; 2Tm 3. 14 – 4.5; Lc 18.1 - 8
tema do mês: Teu filho um servo de Deus
Texto: Lucas 10.2
Tema: Oração ou promessa?
Mês
da Educação Teológica na IELB - Seminário Concórdia 110 anos.
“A colheita é grande, mas os trabalhadores são poucos. Por
isso, peçam ao dono da plantação que mande trabalhadores para fazerem a
colheita.”
A primeira resposta: é uma oração. Somos
incentivados a pedir para que Deus envie trabalhadores.
Temos orado para que Deus envie trabalhadores a sua seara.
Mas, ainda assim, estamos com cerca de 25 paróquias vacantes, sem falar nos
milhares de municípios sem a presença da IELB.
O ofício do Ministério Pastoral é o ofício de perdoar, ou
melhor, confirmar nos homens pecadores o perdão que Cristo conquistou.
Deus
poderia ter confiado o Ofício Ministerial aos seus anjos que não caíram com a
queda em pecado. Mas, por amor, destinou
a homens pecadores a maravilhosa graça de poderem oferecer pela Pregação e
administração dos sacramentos, Batismo e Santa Ceia, aquilo que todos nós
necessitamos: o perdão dos nossos pecados.
A grande e maravilhosa graça do Ministério Pastoral é
viver o perdão. Perdão dado por Deus em Jesus e anunciado por boca de pecadores
arrependidos a pecadores arrependidos.
Deus não usa seres perfeitos para o seu Ofício Pastoral.
Usa pecadores. Usa doentes feridos, que curados pelo perdão, podem apontar a
cura para outros doentes feridos por seus pecados.
Toda congregação é composta por doentes pelo pecado e
curados pelo perdão. Todos, pastor e congregação, necessitam reconhecer que “Os sãos não precisam
de médico, e sim os doentes”
(Mt 9.12). E quando reconhecemos nossa doença, dobraremos nossos joelhos para
suplicar que Deus envie ainda mais trabalhadores para que nós, e tantos outros
doentes, recebamos a cura através da proclamação do Evangelho e administração
dos sacramentos.
Orar por trabalhadores
não significa que apenas os outros, distantes de mim necessitam. Preciso orar
por trabalhadores porque eu necessito. E também porque eu posso ser um desses
trabalhadores.
Oração ou
promessa?
“A colheita é grande, mas os trabalhadores são poucos. Por
isso, peçam ao dono da plantação que mande trabalhadores para fazerem a
colheita.”
A segunda resposta é que ao ler esse texto, ouço as
promessas de Jesus Cristo.
A promessa indica que a colheita está lá, mesmo que não a
tenhamos plantado. Os trabalhadores, mesmo sendo poucos, são enviados da parte
de Deus. E por estarem atuando como enviados de Deus a esse mundo amado por
Deus, serão odiados, detestados e desonrados.
No Ofício Pastoral não precisamos olhar para a satisfação
do mundo em pecados, pois isso nos tornaria inimigos da cruz de Cristo. No
Ofício Pastoral precisamos olhar para aquele a quem servimos, Jesus. Ele disse: “Quem ouve vocês está me ouvindo; quem rejeita vocês está
me rejeitando; e quem me rejeita está rejeitando aquele que me enviou” (Lc 10.16).
Oração ou
promessa?
“A colheita é grande, mas os trabalhadores são poucos. Por
isso, peçam ao dono da plantação que mande trabalhadores para fazerem a
colheita.”
A promessa é animadora aos chamados e enviados a serem colhedores
na plantação de Cristo. Não há dignidade nenhuma naquele que colhe. A
misericórdia e o amor de Deus pelas pessoas é que o move a chamar e enviar
ministros do Evangelho. Que tal você?
Nesse momento me lembro das palavras do professor de doutrina
no Seminário Concórdia em São Paulo, Pr Mário Rost. Certa vez, em sala de aula,
ano de 2000, nos perguntou onde queríamos atuar como pastores? Após muitas
respostas, sua observação foi que sempre buscou ser pastor onde haviam pessoas.
É isso ai! As palavras de Jesus “A colheita é grande, mas os trabalhadores são poucos. Por
isso, peçam ao dono da plantação que mande trabalhadores para fazerem a
colheita”, é uma promessa de que a colheita está lá. Não podemos
nos distanciar e nem deixar a colheita de lado. As espigas estão maduras, os
equipamentos, Palavra e Sacramentos, estão prontos. Basta ir. Que tal você?
A promessa nos dá oportunidade para fazermos parte de um
grande evento. Sermos colhedores, apenas colhedores. A obra é toda de Deus,
pois como dito por Deus ao profeta Isaias, a “minha
palavra não voltará vazia” (Is 55.11).
Sabemos que a
obra no Ministério Pastoral é toda de Deus. Lembremos que recebemos dele uma
promessa. A promessa de que Ele é o dono da lavoura. Ele nos envia para realizarmos
uma única obra: fazer a colheita. Somos chamados e enviados para
colher, apenas colher. Tudo está pronto. Que tal você?
Se para uns há muitos dons, Deus seja louvado. Se outros
têm apenas o dom de falar, digo que esse é o principal, Deus seja louvado. Mesmo
que em meio à lavoura, tenhamos muitos ou poucos dons, a obra de Deus sempre
foi, é e continuará sendo realizada. Ele nos chama para colher. A plantação
está à nossa disposição. Que tal você?
Não se preocupe se você sente falta de algum dom. Apenas
ouça a promessa de Jesus: “a colheita está pronta
para ser colhida,” e só há uma necessidade, colhedores. Que tal você?
A promessa de Jesus indica que nós não fazemos nada para
que a plantação esteja ali. No entanto, a lavoura está à nossa espera para ser
colhida. Deus nos incentiva a orar, nos chama e nos envia. Que tal você?
Quando Deus nos envia, nos dá a certeza da colheita. Os equipamentos
de Deus, Palavra e Sacramentos, fazem toda a obra. É maravilhoso podermos trabalhar
numa “empresa” onde os resultados não dependem de nós para acontecer. Já sabemos
que os resultados vão acontecer.
É maravilhoso receber a promessa de Deus de que mesmo em
meio aos lobos que procurarão nos devorar, os que nos ouvirem falar a respeito
de Jesus, não estarão ouvindo a nossa voz, mas a voz do próprio Jesus. Que tal você?
É maravilhoso sermos colhedores na lavoura de Jesus. Sermos
boca e voz de Jesus.
Promessas de Jesus. Quer fazer
parte delas? Com a graça de Deus eu faço parte dessas
promessas desde o meu batismo assim como você. No entanto, gostaria de
compartilho contigo, querido jovem, o convite de Jesus.
Gostaria de convidá-lo a ser um colhedor na lavoura de
Deus, sendo um pastor da Igreja.
As promessas de Jesus por si só, já são suficientes para
animar pastores desanimados a perseverar como Ministros do Evangelho e também são
uma injeção de ânimo aos jovens para que se tornem pastores da Igreja e
comuniquem essa promessa a tantas outras pessoas e gerações.
O Ministério Pastoral sobrevive nas promessas de Deus.
Toda a história da humanidade sobrevive nas promessas de Deus. Desde a queda,
todos esperaram ansiosamente pelo cumprimento da promessa, a vinda do Filho de
Deus. E para que a humanidade sobreviva Deus sempre se fez ouvir pela voz dos profetas, pecadores curados pelo
perdão. E agora, com sua promessa cumprida, Deus deseja continuar sendo ouvido
pela voz de pastores, pecadores curados pelo perdão de Jesus.
A promessa foi cumprida, assim como anunciada, o “... Filho do Homem
veio buscar e salvar o perdido” (Lc 19. 10). E essa promessa precisa estar viva no coração da imensa
lavoura de Deus. Para isso, nos chama, capacita e envia para sermos colhedores
na sua imensa lavoura, dando a certeza de que “Fiel é a
palavra e digna de toda aceitação: que Cristo Jesus veio ao mundo para salvar
os pecadores, dos quais eu sou o principal” (1Tm 1.15). Amém!
Pr. Edson Ronaldo
Tressmann
44 – 3462 2796
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