segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Capacitados para vivermos na unidade (b)

27/01/13 – 3º Domingo após Epifania
Sl 19; Ne 8. 1 – 3, 5 – 6, 8 – 10; 1Co 12. 12 – 31ª; Lc 4. 16 - 30
Tema: Capacitados para vivermos na unidade (b)

 
         Capacitados para vivermos na unidade. Afinal, “A respeito dos dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais ignorantes.
         Quando se fala sobre os dons, acaba-se por valorizar demasiadamente os Dons de línguas. Ao olhar para a lista contida em 1Corintios vemos que Paulo o põe no fim da lista. Por que? Paulo alerta quanto ao problema que o mesmo estava causando na congregação e na vida de todos os cristãos.
         A igreja é o corpo de Cristo, “todos nós fomos batizados em um corpo, e a todos nós foi dado beber do mesmo Espírito” (v.13). E Paulo ao anunciar essa boa nova aos Coríntios está dizendo que todas aquelas pessoas que tinham dúvidas sobre a ressurreição, sobre casamento, que se embebedavam na Santa Ceia e estavam cheios de problemas e pessoas problemáticas, haviam sido mesmo assim, batizados no mesmo Espírito. E era o Espírito que os unia como um só corpo e nesse corpo estavam sendo chamados a permanecer. Por isso a matemática era simples de ser feita. Entre o capitulo 12 e 14 há o treze, então 1 Co 12.31 + 1 Co 14.1 é igual a 13. E no capitulo 13 somos ensinados que o amor é o caminho para procurar com zelo os melhores dons.
        Os dons não foram dados por Deus para valorização pessoal, mas para unidade da igreja. E nos versículos 12 ao 20 de 1Corintios 12, Paulo esclarece que o corpo de Cristo que é a igreja é Um. Unidade é realidade e não uma conquista. E essa unidade que temos como igreja cristã espalhada por todo o mundo, o nosso inimigo, o diabo, quer destruir. Destruindo a unidade que há na igreja cristã, estará destruindo a verdade do evangelho. E destruindo a verdade do evangelho irá acabar com a boa nova da salvação em Jesus Cristo. E sem a verdade do evangelho a Igreja cai por terra.
         O dom da profecia, da proclamação, estava sendo colocada no final da lista de dons entre os coríntios. E é pela proclamação que o apóstolo Paulo os coloca no trilho para que caminhem no caminho que é o melhor de todos.
         O amor é o dom supremo. Ou seja, o amor de Jesus Cristo é o caminho para trabalhar, usar nossos dons. Se um dom não se manifestar em amor ao irmão, está sendo mal utilizado. Por isso, não se impressione com dons grandiosos. Os mesmos existiam em Corinto, mas faltava o trilho do verdadeiro caminho desse dom, o amor. Havia uma multiplicidade de dons, assim como há entre nós ainda hoje, mas, assim como em Corinto, corremos o perigo de cairmos na soberba. Somos tentados a buscar a glória para nós mesmos e esquecermos de glorificar o doador dos dons, o nosso Deus.
         A soberba pode nos destruir assim como alertou o salmista no Salmo 19. Corremos o perigo de querer roubar de Deus à glória que lhe pertence. Se começarmos a classificar um dom como sendo melhor que o outro e destacá-lo acima dos demais, estaremos fragmentando o Espírito Santo. E roubando a glória de Deus e voltando os olhos das outras pessoas para nós.
         Há muitas igrejas em terras brasileiras. Até fico com a pulga atrás da orelha em imaginar que há ainda tantos ateus, ou como o número de ateus vem crescendo. No entanto, essa minha pulga atrás da orelha é tirada, quando me ocorre que o motivo disso é porque infelizmente, a verdade do evangelho deixou de ser a prioridade nas suas proclamações. Muitos querem apenas ser o apresentador que mantêm a animação do seu auditório em alta. Outros estão como as emissoras de TV, buscando alto índice de audiência, sem se importar se estão oferecendo o melhor e o conteúdo necessário.
         Olhando atentamente para os textos do antigo testamento e o evangelho para esse culto, observei que o público ao qual Esdras estava anunciando a Palavra do Senhor, era um público que estava carente da boa noticia de Deus, tanto que quando essa foi lida por Esdras, o povo deu muita atenção. Mas a atenção não foi dada a Esdras e sim a Palavra de Deus. E essa Palavra foi sendo traduzida e explicada de uma maneira que o povo entendesse.
         Outro exemplo da necessidade da verdade do evangelho e não orgulho de ter esse ou aquele dom, é o próprio Senhor Jesus Cristo.
         Tendo Jesus ido a cidade de Nazaré, lugar onde havia crescido foi ao templo no sábado como era costume. Na sinagoga leu o texto do profeta Isaias e quando o interpretou apontou para ele mesmo. Jesus não apontou para si, por estar sendo soberbo, mas porque Ele é o cumprimento das Escrituras Sagradas.
         E essa proclamação, Jesus, o Salvador, o cumprimento das Escrituras está sendo distorcido por muitos. Há inúmeros pregadores animadores de auditório que hoje estão esquecidos, por que foram substituídos por outros. A nossa missão é alimentar o corpo de Cristo com os nutrientes do próprio corpo que é Cristo.
         Que Jesus seja a nossa proclamação. E que a verdade do evangelho continue sendo comunicada. Pois somente com a verdade do evangelho é que a igreja fica de pé.
         Os dons são importantes para a unidade. E a unidade é preservada pelas mais variadas vocações. Nenhuma vocação é melhor que a outra. Todas fazem parte do conjunto da obra. Todas as vocações fazem parte da engrenagem que faz girar todo o corpo que a igreja.
         Fazemos parte do mesmo corpo. E como integrantes de todo esse corpo, não deve haver divisão. Todos precisam se interessar pelo outro, pois a verdade do evangelho mostra que Deus em seu amor não morreu apenas por uns, morreu por todos. E a todos a salvação é oferecida pelo evangelho. Amém!

Pr Edson Ronaldo Tressmann
44 – 3462 2796
cristo_para_todso@hotmail.com

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