segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Diante do, porém da nossa vida

12/02/12 – 6º Domingo após Epifania
Sl 30; 2Rs 5. 1 - 14; 1Co 10. 31. 11.1; Mc 1. 40 - 45
Tema: Diante do, porém da nossa vida.

Olhe a foto abaixo e pense sobre a mesma. O que a foto transmite a você?
DIANTE DO, PORÉM DA NOSSA VIDA.
1 – Isolados pelo mundo pecador;
            Bastante intrigante e emocionante essa história de Naamã. Como dizia um professor no seminário, hoje falecido, Deoomar Roos, parece que essa história entrou aqui de pára-quedas. Mesmo assim, não deixa de nos transmitir uma bela mensagem e um grande ensinamento.
            O v. 1 relata um elogio a Naamã, comandante do exercito da Síria. Diz o texto que Naamã era respeitado, bem conceituado, como se diz: “estava por cima da carne seca”, tanto entre as pessoas do seu país, como com o rei. Era festejado, homenageado, um verdadeiro herói, desses que a TV anuncia em filmes. Temos nesse texto o relato de Naamã, um grande homem, com muito prestigio, como diz ‘com moral”.
            Mas precisamos analisar que o texto diz que Naamã era o que era, “porque por ele o Senhor dera vitória à Síria” (v.1). Todas as suas conquistas foram realizadas por vontade de Deus, e se ele era prestigiado, honrado e respeitado devia ao Senhor. Só que nesse momento podemos ampliar nossa visão e perceber que Naamã não conhecia ainda esse Senhor que o havia feito “ser o cara”. E assim Deus se revela a ele, através de um servo, Eliseu. Mas antes do homem de Deus, Eliseu entrar em ação, uma menininha foi à porta voz do servo de Deus. A menininha, mesmo uma empregada, trazida como escrava para a casa de Naamã, não se calou, testemunhou a respeito do mensageiro das coisas de Deus.
            Naamã, usado como instrumento de Deus para repreender o povo de Israel. E entre um dos seus despojos, a menininha, ele descobre que para o seu problema, grave havia solução. E a solução está em Deus, o qual o usou para repreender o povo de Israel.
            Naamã um grande homem. Talvez ele se sentisse o dono da situação, o rei do pedaço, precisava reconhecer a Deus como Senhor da sua vida, precisava acontecer, assim como é dito no v. 15 “...Eis que, agora, reconheço que em toda a terra não há Deus, senão em Israel;...”, o verdadeiro Deus.
            Para que esse reconhecimento fosse possível foi permitido na vida de Naamã um porém. Sim, o v. 1, exalta Naamã, elogia Naamã, e em meio ao elogio um porém. Um divino porém. Pois, por meio desse, porém, na vida de Naamã, Deus se fez conhecer, Deus levou Naamã a reconhecê-lo como o Senhor da sua vida.
          Infelizmente o, porém, que existe na nossa vida ainda hoje, é motivado de isolamento. Muitos estão isolados devido ao preconceito, a correria do dia-a-dia e o egoísmo.
            Imaginemos por um instante, por que muitas vezes temos nos isolado das pessoas, vizinhos, amigos, parentes. Será que não foi “um porém” na vida dessa pessoa que ocasionou tudo isso? Como é difícil reconhecer que estou afastado do meu irmão por causa de sua fraqueza, cor, nível social. Paulo ensina: “Fiz-me fraco para com os fracos, com o fim de ganhar os fracos. Fiz-me tudo para com todos, com o fim de, por todos os modos, salvar alguns” (1Co 9.22). Os fracos, segundo muitos cristãos, é melhor isolá-los, deixá-los fora da igreja, da santa ceia e da comunhão cristã. É melhor nos isolar, pois não quero um péssimo testemunho para minha família, nem para meus vizinhos. Muitos ainda fazem assim como os escribas e fariseus que pegaram uma mulher em adultério, e queriam apedrejá-la, e naquele episódio Jesus disse: “...Aquele que dentre vós estiver sem pecado seja o primeiro que lhe atire a pedra” (Jo 8.7). Jesus de forma alguma aprova a atitude da mulher adultera, ele simplesmente faz os fariseus e escribas reconhecerem seus erros, olharem para os seus “porém”. Para que Jesus faz isso? Para que eles também se agarrassem em Cristo, o Filho de Deus, enviado ao mundo para pagar pelos pecados.
            O porém de Naamã tinha em sua vida um objetivo: reconhecer o Deus de Israel como verdadeiro Deus. Quando o apóstolo João escreve o livro de apocalipse as igrejas do mundo todo, ele o faz a mando de Deus para que todos reconheçam que Jesus está no controle de tudo, por isso em Ap 1.8 é dito; “Eu sou o Alfa e Ômega, diz o Senhor Deus, aquele que é, que era e que há de vir, o Todo-Poderoso”.
            O porém gera isolamento por parte do homem. No evangelho de João vemos também que “Caminhando Jesus, viu um homem cego de nascença. E os seus discípulos perguntaram: Mestre, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego?” (Jo 9.1-2). É sempre assim. Questionamos, o por quê? E nos esquecemos da resposta de Jesus: “...Nem ele pecou, nem seus pais; mas foi para que se manifestem nele as obras de Deus” (Jo 9.3). Deus usou o, porém de Naamã para se apresentar como verdadeiro Deus do mundo. E usou também o, porém, do cego de nascença para manifestar as obras de Deus.
            Quando o homem caiu em pecado Deus apontou a solução, prometeu seu Filho Jesus Cristo para pagar a culpa e nos levar de volta ao Pai. Deus, por intermédio do, porém de toda a humanidade, o pecado, “pois todos pecaram e carecem da glória de Deus,” (Rm 3.23), manifestou seu único Filho Jesus Cristo como salvador de toda a humanidade, como diz o apóstolo João: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3.16), e como diz Paulo: “Mas, agora, em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, fostes aproximados pelo sangue de Cristo. Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos fez um; e, tendo derribado a parede da separação que estava no meio, a inimizade, aboliu, na sua carne, a lei dos mandamentos na forma de ordenanças, para que dos dois criasse, em si mesmo, um novo homem, fazendo a paz, e reconciliasse ambos em um só corpo com Deus, por intermédio da cruz, destruindo por ela a inimizade,...” (Ef 2.14-16).
            Jesus Cristo, não levou em conta nosso, porém, ou seja, nossos pecados, na verdade ele os carregou até a cruz e nos aproximou do Pai. E assim, deseja que cada um de nós ame o próximo como a si mesmo.
DIANTE DO, PORÉM DA NOSSA VIDA.
2 – Amados por Deus em Jesus;
            A história de Naamã vem nos mostrar um homem cheio de honras, elogiado, amado no país, pois é um herói. E ao mesmo tempo um homem que necessitava reconhecer que tudo o que era devia a Deus. Era preciso que ele fosse levado a reconhecer Deus em sua vida, e assim aconteceu. É também maravilhoso quando lemos à história do apóstolo Paulo. Perseguia a igreja, matava cristão, levou muita gente a cadeia, e ele mesmo caiu do cavalo, (At9) para reconhecer Jesus como o Senhor da sua vida. E o mesmo apóstolo Paulo que diz “que Jesus Cristo se esvaziou,...se humilhou,...mas Deus o exaltou,....para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra e toda a língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para a gloria do Pai” (Fp 2.7-11).
            Paulo, também um grande homem, e que diante do seu, porém, disse: “Por causa disto, três vezes pedi ao Senhor que o afastasse de mim” (2Co 12.8). Paulo queria que Deus tirasse dele o seu, porém, ou seja, um problema que ele tinha, mas a ele foi respondido: “...A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, mais me gloriarei nas fraquezas, para que sobre mim repouse o poder de Cristo” (2Co 12.10).
            É isso, diante do, porém em nossa vida, somos levados a confessar, a graça de Deus me basta ou com a força que Cristo me dá eu posso. É em Jesus que nós somos amados por Deus apesar dos, porém, que existem em nossa frágil vida.
            Deus não rejeitou Naamã, nem Paulo, nem a mulher adultera, nem o cego de nascença. A todos ele mostrou seu amor, sua companhia e compaixão. O mesmo ele ainda faz hoje. Está com cada um de nós, nos mantendo como irmãos, apesar das diferenças, apesar dos, porém, “...todo o que nele crê tenha a vida eterna” (Jo 3.15), e mesmo com o nosso, porém, do pecado, “...Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm 5.8).
Conclusão
Diante do, porém da nossa vida.
1 – Isolados pelo mundo pecador;
2 – Amados por Deus em Jesus;
            Vivamos unidos uns com os outros em amor, que nossos, porém, não nos separem, mas que tornem humildes a ponto de reconheceremos que é no, porém da nossa vida, principalmente o, porém do pecado coberto pelo perdão de Deus, que vivemos na graça de Deus.  Amém!
Pr Edson Ronaldo Tressmann
44    3462 2796
cristo_para_todos@hotmail.com

Um comentário:

  1. Graças e paz,
    Mensagem de extremas sabedoria, que Deus continuem cada vez mais e mais lhe agraciando.

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Obrigado por seguir esse blog. Com certeza será uma bênção em sua vida.

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