Mensagem de Natal 2024
Texto:
Lucas
2.14
Tema:
“Glória a Deus nas alturas, paz na terra, boa vontade para
com os homens” (Lc 2.14)
Mais
uma vez natal!
Mais
uma vez em que muitos torcem o nariz e se colocam contra o Natal.
Muito
me entristeceu quando fui desejar um feliz natal e a pessoa me respondeu: não
compactuo com seu pensamento. Olha que moro numa cidadezinha de 12 mil
habitantes. O que dizer sobre os grandes centros urbanos.
Quantas
pessoas estão se deixando levar por argumentos e se colocam contra o Natal.
É
tempo em que os famigerados destacam motivos para não celebrar o Natal. Esses
se acham cheios de razão e esnobam os que celebram o Natal de Jesus. Até escuto
as risadas.
Enquanto
dizem que não vão celebrar o Natal por isso ou aquilo, eis que os anjos
celebraram cantando: “Glória a Deus nas alturas,
paz na terra, boa vontade para com os homens” (Lc 2.14).
O
argumento preferido é que Jesus não nasceu no dia 25 de dezembro e que essa é
uma data designada por Roma numa aliança pagã no século IV.
Sim,
possivelmente Jesus nasceu em setembro ou outubro. Todavia, na expectativa de
evangelizar os pagãos, e essa é a missão primordial da igreja, sugeriu-se 25 de
dezembro para levar os pagãos que celebravam o sol para celebrarem o nascimento
de Jesus. Se a pessoa não é capaz de compreender isso, é uma pena e uma lástima.
Preciso
lembrar para você que uma das doutrinas fundamentais do cristianismo é a
encarnação do Verbo (Jo 1.14; 1Tm 3.16). Doutrina essa expressa nos três Credos
ecumênicos da Igreja Cristã. E o Natal me lembra essa confissão de fé. Pare de
se opor a isso, ao contrário, seja testemunha de Cristo e não se coloque contra
Deus e sua missão Redentora apenas por orgulho acadêmico. Recorde-se que Deus
usa os loucos para envergonhar os sábios (1Co 1.27).
A
missão redentora de Deus em Cristo se dá num tripé: nascimento, morte e ressurreição (Gl
4.4; 1Co 15.1-4). Se Jesus não nasceu, também não morreu e nem ressuscitou. Dessa
forma, vã se torna a fé (1Co 15.14-19).
Infelizmente
transformaram o Natal numa festa consumista. Todavia àquele que nasceu, o verbo
que se fez carne, deixou dito que seu reino não é comida, nem bebida, mas
justiça e paz de espírito (Rm 14.17). E não há justiça e paz de espírito, sem o
menino que nasceu em Belém para ser o Salvador.
Se
o mundo transformou o Natal em mero comércio, isso não me autoriza a deixar de
celebrar o Natal e agradecer a Deus por ter enviado seu Filho, sem o qual
ninguém verá a Deus.
Tanto
os anjos quanto os sábios do Oriente celebraram o menino que nasceu (Lc 2.14;
Mt 2), mas, o ser humano em sua mesquinhez quer ser mais que os anjos enviados
pelo próprio Deus para anunciar o Natal.
Pode
até ser que a data não seja 25 de dezembro, mas isso não me importa. O que eu
sei, confesso e creio, é que Jesus nasceu e eu quero celebrar seu nascimento. Por
Jesus ter nascido, crendo nEle, mesmo que eu morra continuarei a viver
eternamente.
Cuidado
para não se agarrar no argumento da Babilônia, pois foi a Babilônia que levou o
povo de Deus para longe da sua terra. E a Babilônia ainda quer manter pessoas
longe de Cristo e assim, longe de Deus.
Cuidado
para não querer ser um extremado legalista querendo agarrar-se em picuinhas. Ouça
o apostolo Tiago: “Porquanto, quem obedece a
toda a Lei, mas tropeça em apenas uma das suas ordenanças, torna-se culpado de
quebrá-la integralmente” (Tg 2.10). Daí, você deseja não celebrar o Natal
julgando cumprir a lei de Deus, mas, é raivoso em casa com a esposa e filhos,
rancoroso com o próximo, .... A lei que se diz cumprir em não guardar o Natal
precisa ser observada 100%. Não só a de se colocar contra o Natal.
Natal
vai além da data 25 de dezembro. Natal é o dia em que celebro a fidelidade de
Deus em cumprir sua promessa. De maneira especial a promessa do Éden. A
promessa anunciada para Adão e Eva de que pelo descendente da mulher traria
toda a raça humana de volta ao Paraíso (Gn 3.15).
Observe
que a Bíblia inicia sua história num jardim e termina numa cidade. Tanto
jardim, quanto a cidade, é a vida com Deus na eternidade. E para que essa
eternidade com Deus seja uma realidade na sua vida, Jesus precisou nascer,
morrer e ressuscitar. Sem Jesus não há Redenção e o apostolo Paulo já deixou
escrito que o “deus deste século”
deseja manter a mente das pessoas na escuridão (2Co 4.4), ou seja, sem Jesus
Cristo.
Combater
o Natal é tornar-se um inimigo de Jesus Cristo.
Desculpe-me
ser irônico, mas, desde criança por ter sido abençoado em nascer e crescer num
lar cristão, eu celebro o Natal de Jesus e só aprendi que o Natal deixa de ser
o Natal de Jesus quando me tornei pastor e precisei lidar com argumentos até
então desconhecidos por mim.
Celebrar
o Natal pra mim é comemorar, como escreveu o autor a carta aos Hebreus, a expressão
exata do ser de Deus (Hb 1.3).
A
encarnação do Filho de Deus é para mim motivo de tanta alegria, que a birra dos
famigerados não consegue cessar.
Cuidado
com o anticristo (1Jo 4.3). O anticristo é todo aquele e tudo aquilo que me
afasta de Cristo Jesus e, estando afastado de Cristo, corre-se o perigo de ser um
anticristo, ou seja, afastar outros de Jesus Cristo.
Natal mais uma vez!
Como
é bom celebrar que o verbo se fez carne.
Natal
é muito mais que um dia! Natal é uma questão de eternidade, afinal, àquele que
nasceu, também morreu e ressuscitou. “Glória a
Deus nas alturas, paz na terra, boa vontade para com os homens” (Lc
2.14). Amém.
Edson
Ronaldo Tressmann
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