Primeiro Domingo no Advento
01
de dezembro de 2024
Salmo
25.1-10; Jeremias 33.14-16; 1Tessalonicenses 3.9-13; Lucas 21.25-36
Texto:
Lucas 21.25-36
Tema: Vigie,
orem sempre, escape de tudo o que vai acontecer e esteja de pé na presença do
Filho do Homem, quando ele vier.
“...fiquem vigiando
e orem sempre, a fim de poderem escapar de tudo o que vai acontecer e poderem
estar de pé na presença do Filho do Homem, quando ele vier” (Lc
21.36)
Feliz ano novo!
Cadê a champanhe, o
banquete, fogo, festa, roupa nova?
Advento “vinda, chegada”.
Advento possui dois significados
importantes e essenciais.
Primeiro:
a celebração da vinda do menino Jesus, que nasceu em Belém.
Segundo:
a vinda definitiva e derradeira (significado escatológico).
Advento é um período de quatro
semanas e pode ser dividido em duas partes dentro da celebração litúrgica. Do
primeiro domingo no advento até dia 16 de dezembro ouvimos leituras bíblicas
que destacam a espera. A segunda parte vai do dia 17 dezembro até dia 24 onde
as leituras bíblicas destacam o nascimento de Jesus.
Na leitura do
evangelho para esse primeiro domingo no advento ouvimos as palavras de Jesus: “...fiquem vigiando
e orem sempre, a fim de poderem escapar de tudo o que vai acontecer e poderem
estar de pé na presença do Filho do Homem, quando ele vier” (Lc
21.36).
Observe os quatro destaques de Jesus:
1 – ficar vigiando;
2 – orar sempre;
3 – escapar dos sinais que estão acontecendo;
4 – estar de pé diante de Jesus quando ele vier;
A necessidade de
vigiar deve-se as muitas distrações a quais se está exposto. Jesus destaca a
ocupações com as festas, bebedeiras e problemas desta vida (Lc 21.34).
O povo de Deus foi
advertido pelo profeta Oséias sobre o fato de estarem padecendo por falta de
conhecimento de Deus. O povo de Deus estava padecendo por falta de conhecimento
do amor de Deus. Deus amava o povo e retratou esse amor fazendo o profeta
Oséias se casar com Gômer, uma prostituta. Deus não amava só o seu povo, por
isso, contemporâneo de Oséias, o profeta Jonas foi enviado para Nínive, um povo
inimigo do povo de Deus. E não bastasse o profeta Oséias, Deus enviou também o
profeta Amós para condenar as injustiças sociais praticadas pelo seu povo.
O povo de Deus não
estava vigilante. Eles julgavam a prosperidade como sendo aprovação de Deus aos
seus atos, todavia, Amós denunciou e convidou o povo de Deus ao arrependimento.
E, enquanto o povo de Deus se julgava melhor que os outros povos, Deus envia o
profeta Jonas a uma nação inimiga do povo de Deus para enfatizar que Deus ama a
todos igualmente.
É preciso destacar: o povo de Deus vivia distraído
em si mesmo. É como àquela pessoa que julga sua família superior a
qualquer outra e fecha em torno de si mesma.
O alerta de Jesus
visa preparar os seus. Você é uma pessoa
distraída? O que é capaz de tirar seu foco e te manter distraído?
Muitas pessoas
estão distraídas pelas festas, bebedeiras e problemas desta vida. Na época do
profeta Oséias, as pessoas estavam perdendo o juízo devido a sensualidade e a
bebedeira (Os 4.11).
Nesse primeiro
domingo de advento somos convidados a ficar atentos.
É verdade, você
é livre para fazer o que bem entende. Mas, nos convém refletir no
pedido do salmista: “ensina-me os teus caminhos!
Faze com que eu os conheça bem. Ensina-me a viver de acordo com a tua verdade,
pois tu és o meu Deus, o meu Salvador” (Sl 25.4-5).
Deus não quer interferir na sua liberdade! Todavia,
Deus não quer nossa liberdade nos afaste dEle. Deus não é um “estraga prazer”, ao contrário “Cristo nos libertou para que nós sejamos
realmente livres. Por isso, continuem firmes como pessoas livres e não se
tornem escravos novamente”
(Gl 5.1).
A nossa liberdade diante da liberdade que Cristo nos oferece
mostra o quanto somos vulneráveis!
Dentro dessa vulnerabilidade, as escolhas livres que fazemos,
muitas vezes nos conduz a viver uma vida egoísta e não darmos ouvidos para nada
mais do que as festas, as bebedeiras e as preocupações momentâneas.
O desafio é saber
lidar com a liberdade que temos e saber vigiar. Ouça as palavras do apostolo Paulo: “Tudo me é permitido, mas nem tudo convém. Tudo
me é permitido, mas eu não deixarei que nada me domine” (1Co 6.12).
Vigiar é necessário, pois pode-se cair no esquecimento quem é
Deus e o quanto Ele ama o pecador. Relembremos a oração do salmista: “esquece os pecados e erros da minha mocidade.
Por causa do teu amor e da tua bondade, lembra de mim, ó Senhor Deus!” (Sl 25.7).
Jesus convida. Esteja atento: “...fiquem vigiando
e orem sempre, a fim de poderem escapar de tudo o que vai acontecer e poderem
estar de pé na presença do Filho do Homem, quando ele vier” (Lc
21.36).
2 – ore sempre;
Quando nos
distraímos, de maneira especial com os cuidados dessa vida, orar torna-se o
melhor a fazer.
Davi, ante a sua
aflição e perseguição, orou: “Ó Senhor Deus, a
ti dirijo a minha oração” (Sl 25.1). Diante das suas constantes
prisões, o apostolo Paulo orou para poder rever os tessalonicenses e, que o
amor deles de uns para com os outros aumentasse ainda mais (1Ts 3.12ss).
A ênfase para que se
ore sempre é um ensino para manter regularidade na oração. Da mesma forma como
podemos nos distrair e deixar de vigiar, as festas, as bebedeiras e as
preocupações com as coisas aqui e agora, podem impedir nosso orar.
Martinho Lutero dizia
que a oração é a maior obra do crente e um elemento chave da vida cristã. Ao escrever
ao seu barbeiro, Pedro Beskendorf, Lutero escreveu como se deve orar: “Às vezes sinto que, por causa de ocupações ou de
pensamentos alheios, fiquei frio ou perdi a vontade de orar. Pois a carne e o
diabo estão constantemente dificultando e impedindo a oração”.
Orar sempre (Lc 21.36; 1Ts 5.17)
destaca o relacionamento com Deus. O ato de orar mostra o relacionamento com
Deus mesmo diante de tantas outras oportunidades.
“...fiquem vigiando
e orem sempre, a fim de poderem escapar de tudo o que vai acontecer e poderem
estar de pé na presença do Filho do Homem, quando ele vier” (Lc
21.36).
1 – fique vigiando;
2 – ore sempre;
3 – escape dos sinais que estão acontecendo;
Quando Jesus subiu
aos céus (At 1) e os discípulos ficaram olhando para cima como se Jesus fosse
retornar rapidamente, o anjo lhes anunciou: “...esse
Jesus que estava com vocês e que foi levado para o céu voltará do mesmo modo
que vocês o viram subir” (At 1.11).
Jesus virá para
julgar os vivos e os mortos. Quando será?
Não se sabe. Jesus
não disse o dia nem a hora. Mas, nos deixou sinais evidentes que estão
ocorrendo.
Quando Jesus nos
deixou de sobreaviso, sua didática é justamente para que não nos assustemos,
mas, prossigamos no caminho cristão. Se tudo que Jesus disse já aconteceu e
está acontecendo, lembre-se: “Quando
essas coisas começarem a acontecer, fiquem firmes e de cabeça erguida, pois
logo vocês serão salvos” (Lc 21.28).
As ocorrências dos
sinais acarretam na destruição de lugares e pessoas, todavia, o objetivo é para
que cada qual vigie, ore, permaneça firme na fé para que quando Jesus vier
esteja de pé diante de Jesus.
“...fiquem vigiando
e orem sempre, a fim de poderem escapar de tudo o que vai acontecer e poderem
estar de pé na presença do Filho do Homem, quando ele vier” (Lc
21.36).
1 – fique vigiando;
2 – ore sempre;
3 – escape dos sinais que estão acontecendo;
4 – esteja de pé diante de Jesus quando ele vier;
Amém!
Edson
Ronaldo Tressmann
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