Salmo
100; Êxodo 19.2-8; Romanos 5.6-15; Mates 9.35-10.8
“... somos o seu povo e rebanho do seu
pastoreio... um reino de sacerdotes...” (Sl 100.3; Ex 19.6).
A figura da ovelha e
do pastor de ovelhas são símbolos muito conhecidos do povo de Deus. Tanto no
Antigo, quanto no Novo Testamento, aparecem várias vezes.
No episódio narrada
por Mateus (Mt 10) notamos uma mudança de nomenclatura. Os discípulos são
chamados de apóstolos. Esta troca é ilustrativa.
Discípulo é aquele “segue” Jesus.
Apóstolo é aquele que foi “enviado” para
testemunhar e ensinar as verdades do Reino de Deus.
Ser um discípulo apóstolo
é viver a fé numa via de mão dupla: estar em comunhão com o Senhor e em serviço
no mundo!
Ao ler o texto de
Mateus (Mt 9) fica a impressão de que era muita gente. E, enormes eram as suas
carências. Jesus se compadeceu delas, pois eram ovelhas sem pastor (Mt 9.36).
Ou seja, era um povo desamparado e desorientado.
Como vive uma ovelha sem pastor? Ovelhas são animais dóceis
e sociáveis e também são animais frágeis e sensíveis. A sobrevivência de um
rebanho depende basicamente dos cuidados do seu pastor.
Jesus afirma que a
multidão está como ovelhas sem pastor. Ovelhas sem pastor enfrentam sérios
problemas:
a) ficam expostas a perigos – pragas, ataques de
moscas ou animais ferozes;
b) ficam famintas e sedentas – não encontram
pastagem;
c) vivem inseguras porque perdem o rumo a seguir.
Uma ovelha precisa
ter supridas três necessidades para que possa descansar e procriar: - precisa
sentir-se segura; - ser alimentada e - estar livre do atrito com as demais
ovelhas do rebanho. Sem estas necessidades supridas às ovelhas ficam aflitas,
angustiadas, cansadas, exaustas.
Jesus mostra-se
sensível às necessidades do povo. Ele sente compaixão da multidão. Por isso
enumera duas coisas: orem por mais cuidadores do rebanho e dá autoridade aos
seus.
Como cristãos,
vivemos a nossa fé nesta via de mão dupla. Por
um lado, nos reunimos em culto e participamos nas demais atividades da
Igreja. Nestes encontros aprofundamos nossa comunhão com o Senhor, nos
fortalecemos na fé e nos auxiliamos uns aos outros. Por outro lado, é importante e necessário voltarmos nosso
olhar para fora dos muros da Igreja. Ainda há muita gente que vive abandonada e
desorientada. Há muitas ovelhas desgarradas e rebanhos sem pastor.
No monte Sinai, assim
como relatado por Moisés, Deus disse: “... toda a terra é minha, e vocês serão para mim
um reino de sacerdotes” (Ex 19.5-6).
Ser um sacerdote é
permitir que o outro tenha uma experiência com Deus. É agir com misericórdia.
O mundo precisa de
discípulos sacerdotes que anunciam a misericórdia de Deus para com aqueles que
sofrem.
Ainda há muita ovelha
sedenta e faminta que precisa ouvir o Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo.
Como discípulos de Jesus, sou convidado a ver e ouvir as ovelhas desgarradas,
desviadas, perdidas, aflitas, desorientadas e desesperadas do nosso tempo.
Olhemos para estas
ovelhas com os olhos da compaixão e anunciemos a elas que o Reino de Deus está
próximo, que o próprio Deus está perto de nós através de seu Filho Jesus
Cristo.
“... somos o seu povo e rebanho do seu
pastoreio... um reino de sacerdotes...” (Sl 100.3; Ex 19.6). Amém!
ERT
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