29 de
janeiro de 2023
Salmo 15;
Miquéias 6. 1 – 8; 1Coríntios 1.18 – 31; Mateus 5. 1 - 12
Tema: “Felizes as pessoas
que sabem que são espiritualmente pobres, pois o Reino do céu é delas” (Mt 5.3).
“Felizes as pessoas que sabem que são
espiritualmente pobres, pois o Reino do céu é delas” (Mt 5.3).
Jesus proferiu muitos
sermões e ensinamentos. O sermão do monte proferido por Jesus é doce e amável
para os seus discípulos e os crentes, mas aborrecedor e insuportável àqueles
que se julgavam e julgam santos.
“Felizes as pessoas que sabem que são espiritualmente pobres, pois o
Reino do céu é delas” (Mt 5.3). Que palavras doces e
ao mesmo tempo um duro golpe para os que se acham invencíveis devido a sua
piedade.
Ouça novamente: “Felizes as pessoas que sabem que são
espiritualmente pobres, pois o Reino do céu é delas” (Mt 5.3), pois essas palavras precisam ser doces para os ouvidos
daqueles que se sentem horríveis diante de seus pecados e, ao mesmo tempo
palavras que condenam o ensino e pregação de muitos que distorcem a Palavra de
Deus. Há muitos pregadores que anunciam o mesmo que os judeus na época de Jesus:
se forem piedosos e
servirem a Deus, Deus lhes dará tudo aqui na terra e não lhes deixará faltar
nada. Esse ensino judaico provém de uma falsa interpretação do Salmo 144.8,13,14.
“Felizes as pessoas que sabem que são espiritualmente pobres, pois o
Reino do céu é delas” (Mt 5.3).
Jesus está anunciando que é preciso
mais do que ter todas as coisas aqui na terra. Jesus instrui aos seus
discípulos para não inverterem o verdadeiro ensino, mas que anunciem aos pobres
e miseráveis pecadores que os mesmos são amados por Deus e não rejeitados nem
abandonados por Ele. Não
são as riquezas que mostram a nossa aceitação da parte de Deus.
Os judeus acreditavam e ensinavam que quando
“uma pessoa era bem
sucedida” era sinal de que a mesma era agraciada por Deus e
que por sua piedade havia conseguido a prosperidade.
É preciso recordar que tal ensinamento
proveniente da distorção da Palavra de Deus não é invenção dos nossos dias.
“Felizes as pessoas que sabem que são espiritualmente pobres, pois o
Reino do céu é delas” (Mt 5.3), são as primeiras palavras
do sermão de Jesus.
Com essas palavras, Jesus quer arrancar
dos corações à falsa ilusão de que são amados por Deus por aquilo que possuem
aqui e agora.
Com essas palavras, Jesus deseja
corrigir a distorção que fariseus e escribas faziam da Palavra de Deus.
Ao dizer: “Felizes as pessoas que sabem que são espiritualmente pobres, pois o
Reino do céu é delas” (Mt 5.3), Jesus quer trazer seus
ouvintes de volta a correta compreensão da Palavra, afinal, as pessoas simples
estavam sendo iludidas por falsos mestres.
O falso ensino de que Deus se agradava
das pessoas e a prova desse agrado era sua prosperidade, levou muitas pessoas a
viver uma vida piedosa, mas hipócrita e mentirosa. Por avareza, muitos buscavam
viver uma vida piedosa para não ficar para trás na prosperidade. A “teologia da prosperidade” é uma armadilha do diabo encarada como bênção de Deus.
Entre as muitas igrejas, essa é a mais
difundida na terra. E para contrapor esse ensino distorcido da Palavra de Deus,
as palavras de Jesus, proferidas a cerca de dois mil anos são atuais e
necessárias: “Felizes as pessoas que sabem que são espiritualmente pobres, pois o
Reino do céu é delas” (Mt 5.3).
O sermão de Jesus: “Felizes as pessoas que sabem que são
espiritualmente pobres, pois o Reino do céu é delas” (Mt 5.3) não quer ensinar que precisamos ser pobres, miseráveis e
abrir mão do que temos. Se todos fossem pobres o mundo em si não iria
subsistir. Outra artimanha do nosso inimigo é a “teologia da pobreza” como requisito de salvação.
Há pessoas que se julgam amados por
Deus por causa de sua vida cheia de alegrias e vitórias. Cuidado! Deus ama os
seus - independente do seu humor e das suas conquistas.
Ao falar: “Felizes as pessoas que sabem que são espiritualmente pobres, pois o
Reino do céu é delas” (Mt 5.3), Jesus não discute sobre riqueza
versus pobreza.
Os “... espiritualmente
pobres,...” são aqueles que não
colocam a confiança, o consolo e a segurança nos bens materiais nem prendem
neles o coração.
Jesus chama esses “pobres” de felizes. Jesus enfatiza de que não é a riqueza que mostra o amor de
Deus pelos seus.
Recordemos as palavras do rei Davi: “sou teu hóspede por pouco tempo” (Sl 39.12). Mesmo sendo rei de um reino rico e próspero, Davi não
olhou para sua situação de riqueza e nem se vangloriou como sendo agraciado por
Deus por sua piedade. Na verdade, reconheceu-se, assim como cada um precisa
reconhecer: “um hóspede”. Ou seja, alguém que está na estrada
e não tendo lugar para ficar (Fp 3.20). Ouça o apóstolo Pedro: “Queridos amigos, lembrem que vocês
são estrangeiros de passagem por este mundo....” (1Pe 2.11).
A fé cristã nunca pode ser medida pela
riqueza ou pobreza. A fé julga entre o “espiritualmente rico,” aquele que é
avarento e o “espiritualmente pobre” aquele que não
prende sua confiança e adoração aos seus bens materiais, mas apenas em Cristo
Jesus.
Aos “espiritualmente pobres” Jesus acrescenta
uma promessa maravilhosa e excelente: “deles é o Reino dos céus.” A pobreza espiritual só pode ser produzida pelo Espírito
Santo.
“Felizes as pessoas que sabem que são espiritualmente pobres, pois o
Reino do céu é delas” (Mt 5.3) são as primeiras palavras no
ministério da Pregação de Jesus e com essas palavras Cristo nos deixa seguir
nosso caminho. Não quer nos forçar nem nos arrastar pelos cabelos, mas está nos
dando seu conselho e quem quiser aceitá-lo saiba que será feliz eternamente. Amém!
Pr. Edson Ronaldo Tressmann
cristo_para_todos@hotmail.com
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