Dia 26 de abril – 3º de Páscoa
Sl
116.1-14; At 2.14a, 36-41; 1Pe 1.17-25; Lc 24.13-35
Texto:
1Pe 1.17-25
Tema:
Amor fraternal!
“Quando oram a Deus, vocês o chamam de Pai, ele que julga com igualdade
as pessoas, de acordo com que cada uma tem feito. Portanto, durante o resto da
vida de vocês aqui na terra tenham respeito a ele” (1Pe 1.17).
Pedro
escrevendo para cristãos perseguidos, com medo da perseguição, isolando-se num lugar
e outro, exorta os cristãos: não perca o foco, a atenção. Deus é salvador e
também juiz. Não podemos desvincular a nossa esperança futura da nossa vida
presente.
Ao assinalar a responsabilidade de cada um por suas obras, Pedro
a exemplo de Paulo, fala que a fé que se manifesta nas obras do amor e exclui a
vanglória das obras.
Nesse sentido a nova Cristo está numa vida de respeito
a Deus. Respeito a Deus, temor, não é simplesmente um sentimento de medo, mas, reconhecimento
amoroso da presença do Deus justo. Nesse Deus está a
esperança cristã.
Deus
visa o amor fraternal. E para que isso seja possível e se torne visível, em Jesus
pelo poder do Espírito Santo, Deus purifica a nossa vida e nos regenera por
meio da Palavra. Por isso, ao escrever “amem sinceramente uns aos outros e de todo o coração”, o amor sincero só pode ser
concretizado por causa da palavra do
Senhor, (1Pe 1.25).
O apostolo Pedro,
preocupado com aqueles recém convertidos a fé cristã, que devido a perseguição
foram obrigados a se espalhar, escreve pastoralmente para que não deixem de
amar sinceramente uns aos outros.
Como é possível amar o próximo em tempos de perseguição? O apostolo Pedro fundamenta-se na Palavra de Deus
como acontecimento divino. A mesma Palavra de Deus que os fez crer, os faz amar
nesses tempos difíceis. “... a palavra do Senhor permanece para sempre. Essa é a
palavra que foi anunciada a vocês”.
“Agora que
vocês purificaram a sua vida pela obediência à verdade, visando ao amor fraternal
e sincero, amem sinceramente uns aos outros e de todo o coração” (1Pe 1.22).
Falta amor fraternal entre nós? Se a resposta é afirmativa, é possível
concluir que o que falta é purificação. Ou seja, estudo, reflexão e crescimento na Palavra
de Deus.
A purificação
acontece na alma. Nosso corpo acompanha as reações da alma
(Pv 15.13). O corpo peca por ter a alma pecado antes (Mt 5.28). Nosso alma
afeta o corpo e o que o corpo faz afeta a alma e o espirito.
O termo
alma (na tradução da NTLH, vida) ocorre com frequência em 1Pedro (5 vezes).
Alma é
a sede da vida, abarca todo o ser natural com o pensar, sentir e querer.
Tempos
atrás, ao estudar sobre o tema adoração,
aprendemos que o corpo é templo do Espírito. Dessa forma, a
porta de acesso ao templo vivo é a alma. Pelos olhos, ouvidos e demais
sentidos, alimentamos o intelecto, as emoções e nossa vontade. Dessa maneira,
quando algo ou alguém domina nossa mente, nossas emoções e nossa vontade, tudo
em nós fica cativo por um novo dono.
A nossa alma, assim como nosso corpo, se
alimenta, e o tipo de nutrientes com o qual nos alimentamos define a qualidade
da nossa saúde. Isso se aplica a nossa alma.
A alma
pode se tornar impura, até mesmo por ser pecadora, revelando-se essa natureza
pecaminosa pela nossa carne. Por causa dessa natureza pecaminosa, a ira, o
ódio, a discórdia, a inveja, o egoísmo, a desconfiança bloqueiam e impedem a
prática do amor fraternal.
“Agora que
vocês purificaram a sua vida pela obediência à verdade, visando ao amor
fraternal e sincero, amem sinceramente uns aos outros e de todo o coração” (1Pe 1.22).
A
expressão: obediência à verdade – atrela a resposta ao conselho de alguém. O apostolo
quer dizer aos cristãos espalhados pela Ásia Menor, que os mesmos foram “libertados
pelo precioso sangue de Jesus Cristo ...” (1Pe 1.19) e por essa mensagem da Palavra de Deus são purificados.
Obediência à verdade – é a resposta a Palavra de Deus que nos
cativou e cativa. Essa palavra desmascara meu ódio, minha inveja, meu
descontrole, egoísmo e coisas semelhantes.
A Palavra de Deus com a mensagem salvadora tem o propósito do
amor fraternal e sincero. O
amor fraternal caracteriza o relacionamento básico entre os discípulos (Jo
13.34; 15.12; 17.26; 1Ts 3.12; 4.9).
Amy
Carmichael, missionária cristã protestante na Índia em Dohnavur por 55 anos,
disse que o desamor é fatal, é mais perigoso que uma serpente.
Assim como uma gota de veneno se espalha pelo corpo de quem foi inoculado,
assim uma gota de desamor afeta a todos. Assim, tendo conhecimento de qualquer
ato de desamor, corrija-o imediatamente.
O amor
aos irmãos nem sempre é fácil. Afinal, egoísmo, situações complicadas, índole
não simpática, podem dificultar o amor.
Nenhum
ser humano consegue produzir uma postura espiritual a partir da sua natureza,
pois a mesma é pecaminosa. Por isso, a exortação quanto ao amar
uns aos outros, só é
possível pelo fato de Deus criar uma vida nova (2Co 5.17; 1Pe 1.23).
Pela Palavra
de Deus os renascidos se
tornam irmãos, independente se sentem ou não simpatia recíproca ou não. Esse novo
nascimento não pode ser produzido por si mesmo, ele se dá e efetua pela força
viva da Palavra de Deus.
O ser
humano, que busca ser o centro do universo, que a luz da ciência e cultura,
parecem ser grandes, é descrito pela Palavra de Deus como sendo uma erva do
campo e uma flor da erva (1Pe 1.24).
Essa palavra
é citada por Pedro com o termo rhéma
e não logos. Essa palavra trouxe o
evangelho (1Pe 1.25; Is 40.8), ou seja, o discurso de Deus. Esse discurso de
Deus é que renova o ser humano e o capacita ao amor fraternal. Amém!
ERT
Edson
Ronaldo TREssmann
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