segunda-feira, 20 de abril de 2020

Amor fraternal!


Dia 26 de abril – 3º de Páscoa
Sl 116.1-14; At 2.14a, 36-41; 1Pe 1.17-25; Lc 24.13-35
Texto: 1Pe 1.17-25
Tema: Amor fraternal!

Quando oram a Deus, vocês o chamam de Pai, ele que julga com igualdade as pessoas, de acordo com que cada uma tem feito. Portanto, durante o resto da vida de vocês aqui na terra tenham respeito a ele” (1Pe 1.17).
Pedro escrevendo para cristãos perseguidos, com medo da perseguição, isolando-se num lugar e outro, exorta os cristãos: não perca o foco, a atenção. Deus é salvador e também juiz. Não podemos desvincular a nossa esperança futura da nossa vida presente.
Ao assinalar a responsabilidade de cada um por suas obras, Pedro a exemplo de Paulo, fala que a fé que se manifesta nas obras do amor e exclui a vanglória das obras.
Nesse sentido a nova Cristo está numa vida de respeito a Deus. Respeito a Deus, temor, não é simplesmente um sentimento de medo, mas, reconhecimento amoroso da presença do Deus justo. Nesse Deus está a esperança cristã.
Deus visa o amor fraternal. E para que isso seja possível e se torne visível, em Jesus pelo poder do Espírito Santo, Deus purifica a nossa vida e nos regenera por meio da Palavra. Por isso, ao escrever “amem sinceramente uns aos outros e de todo o coração”, o amor sincero só pode ser concretizado por causa da palavra do Senhor, (1Pe 1.25).
O apostolo Pedro, preocupado com aqueles recém convertidos a fé cristã, que devido a perseguição foram obrigados a se espalhar, escreve pastoralmente para que não deixem de amar sinceramente uns aos outros.
Como é possível amar o próximo em tempos de perseguição? O apostolo Pedro fundamenta-se na Palavra de Deus como acontecimento divino. A mesma Palavra de Deus que os fez crer, os faz amar nesses tempos difíceis. ... a palavra do Senhor permanece para sempre. Essa é a palavra que foi anunciada a vocês”.
Agora que vocês purificaram a sua vida pela obediência à verdade, visando ao amor fraternal e sincero, amem sinceramente uns aos outros e de todo o coração” (1Pe 1.22).
Falta amor fraternal entre nós? Se a resposta é afirmativa, é possível concluir que o que falta é purificação. Ou seja, estudo, reflexão e crescimento na Palavra de Deus.
A purificação acontece na alma. Nosso corpo acompanha as reações da alma (Pv 15.13). O corpo peca por ter a alma pecado antes (Mt 5.28). Nosso alma afeta o corpo e o que o corpo faz afeta a alma e o espirito.
O termo alma (na tradução da NTLH, vida) ocorre com frequência em 1Pedro (5 vezes).
Alma é a sede da vida, abarca todo o ser natural com o pensar, sentir e querer.
Tempos atrás, ao estudar sobre o tema adoração, aprendemos que o corpo é templo do Espírito. Dessa forma, a porta de acesso ao templo vivo é a alma. Pelos olhos, ouvidos e demais sentidos, alimentamos o intelecto, as emoções e nossa vontade. Dessa maneira, quando algo ou alguém domina nossa mente, nossas emoções e nossa vontade, tudo em nós fica cativo por um novo dono.
A nossa alma, assim como nosso corpo, se alimenta, e o tipo de nutrientes com o qual nos alimentamos define a qualidade da nossa saúde. Isso se aplica a nossa alma.
A alma pode se tornar impura, até mesmo por ser pecadora, revelando-se essa natureza pecaminosa pela nossa carne. Por causa dessa natureza pecaminosa, a ira, o ódio, a discórdia, a inveja, o egoísmo, a desconfiança bloqueiam e impedem a prática do amor fraternal.
Agora que vocês purificaram a sua vida pela obediência à verdade, visando ao amor fraternal e sincero, amem sinceramente uns aos outros e de todo o coração” (1Pe 1.22).
A expressão: obediência à verdade – atrela a resposta ao conselho de alguém. O apostolo quer dizer aos cristãos espalhados pela Ásia Menor, que os mesmos foram “libertados pelo precioso sangue de Jesus Cristo ...” (1Pe 1.19) e por essa mensagem da Palavra de Deus são purificados.
Obediência à verdade – é a resposta a Palavra de Deus que nos cativou e cativa. Essa palavra desmascara meu ódio, minha inveja, meu descontrole, egoísmo e coisas semelhantes.
A Palavra de Deus com a mensagem salvadora tem o propósito do amor fraternal e sincero. O amor fraternal caracteriza o relacionamento básico entre os discípulos (Jo 13.34; 15.12; 17.26; 1Ts 3.12; 4.9).
Amy Carmichael, missionária cristã protestante na Índia em Dohnavur por 55 anos, disse que o desamor é fatal, é mais perigoso que uma serpente. Assim como uma gota de veneno se espalha pelo corpo de quem foi inoculado, assim uma gota de desamor afeta a todos. Assim, tendo conhecimento de qualquer ato de desamor, corrija-o imediatamente.
O amor aos irmãos nem sempre é fácil. Afinal, egoísmo, situações complicadas, índole não simpática, podem dificultar o amor.
Nenhum ser humano consegue produzir uma postura espiritual a partir da sua natureza, pois a mesma é pecaminosa. Por isso, a exortação quanto ao amar uns aos outros, só é possível pelo fato de Deus criar uma vida nova (2Co 5.17; 1Pe 1.23).
Pela Palavra de Deus os renascidos se tornam irmãos, independente se sentem ou não simpatia recíproca ou não. Esse novo nascimento não pode ser produzido por si mesmo, ele se dá e efetua pela força viva da Palavra de Deus.
O ser humano, que busca ser o centro do universo, que a luz da ciência e cultura, parecem ser grandes, é descrito pela Palavra de Deus como sendo uma erva do campo e uma flor da erva (1Pe 1.24).
Essa palavra é citada por Pedro com o termo rhéma e não logos. Essa palavra trouxe o evangelho (1Pe 1.25; Is 40.8), ou seja, o discurso de Deus. Esse discurso de Deus é que renova o ser humano e o capacita ao amor fraternal. Amém!
ERT
Edson Ronaldo TREssmann

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