segunda-feira, 8 de julho de 2019

Só se ama, fora da lei!


Salmo 41; Levítico 19.9-18; Colossenses 1.1-14; Lucas 10. 25-37
Texto para prédica: Lc 10.25-37
Tema: Só se ama, fora da lei!

As pessoas ainda hoje, buscam, assim como àquele escriba que se aproximou de Jesus, querer saber o que fazer para herdar a vida eterna.
As pessoas se aproximam das igrejas, buscando uma resposta sobre o que fazer para sua salvação.
O que nós luteranos fazemos para herdar a vida eterna?
O escriba que se aproximou de Jesus era rigoroso na observação da lei de Moisés, apresentada nos 5 primeiros livros da Bíblia (pentateuco).
Sua pergunta foi um teste, pois, o escriba estava convicto de que a salvação estava no cumprimento da lei.
Por conhecer as Escrituras, àquele escriba sabe que dependendo da resposta à pergunta: “Mestre, que farei para herdar a vida eterna”, Jesus poderia se complicar. Se porventura Jesus dissesse que não havia necessidade de realização humana, ou, se recomendasse exigências fora da lei de Deus, seria acusado de herege.
Mas, o que àquele escriba não queria aceitar era que Jesus realmente era Deus. Por isso, não conseguiu pegar Jesus em contradição. Na verdade, àquele entendido da lei foi surpreendido pelo fato de Jesus remetê-lo à lei. E diante da pergunta de Jesus sobre o que àquele escriba interpretava sobre a lei, o mesmo cita Dt 6.5 e Lv 19.18. Sua resposta, mostra o profundo conhecimento da lei. Ele indicou os textos e com eles o cerne da lei, ou melhor, o resumo dos dez mandamentos.
Ao que Jesus lhe disse: “...faze isto e viverás” (Lc 10.28).
O escriba não conseguiu pegar Jesus em contradição. No entanto, com uma simples constatação, Jesus mostrou ao escriba o quanto o mesmo estava longe do real cumprimento da lei.
Dessa forma, se mesmo o escriba não conseguia se justificar pela lei, como que pedindo desculpas, ressalta que precisa saber quem é o seu próximo. E Jesus prossegue respondendo que o próximo é todo aquele que necessita da nossa ajuda (Lc 10.30-37).
Seria preciso que Jesus de fato apontasse para quem é o próximo do escriba?
Sim!
O mandamento do amor era limitado entre os israelitas. Próximo eram apenas os amigos pessoais (Mt 5.43). Os não judeus, no caso o samaritano, eram inimigos de Deus e não podiam ser considerados o próximo de um judeu.
O que se destaca na história contada por Jesus é que ninguém esperava o não cumprimento da lei por parte de um levita e um sacerdote. E em contraponto aos dois, o samaritano, considerado inimigo do judeu.
O samaritano faz tudo o que o levita e o sacerdote precisariam fazer pela própria lei, mas não fizeram, e em contrapartida o samaritano fez, mas não pela força da lei e sim, porque “...compadeceu-se dele” (Lc 10.33).
Sacerdote e levita fecharam o coração para o próximo por falta de misericórdia. Algo que a lei não gera nas pessoas.
No entanto, a história não para por aí. No outro dia, antes de seguir sua viagem, o samaritano, preocupado com a necessidade do seu próximo que lhe era desconhecido, paga o necessário para que àquele homem tenha tratamento digno.
Nesse ponto, Jesus pergunta ao escriba que sabia o cerne da lei, mas, estando distante dela: quem foi o próximo daquele homem que estava naquela terrível situação? Qual dos três percebeu que era o auxiliador mais próximo do miserável?
Em outras palavras, as perguntas de Jesus visam fazer no escriba uma introspecção. Preste atenção nas pessoas que precisam da tua ajuda.
Observe que o escriba não respondeu que foi o próximo daquele homem caído foi o samaritano. Ele apenas respondeu que foi àquele que exerceu com misericórdia. E por isso, Jesus lhe disse: “Vai e procede tu de igual modo” (Lc 10.37).
O mundo carece do exercício da misericórdia!
Ter misericórdia significa sentir o que a outra pessoa sente.
E essa é a carência atual. As pessoas, estão tão individualizadas que, diante de qualquer outra pessoa que precisa de ajuda, a resposta é: e eu!
Misericórdia é colocar-se no lugar do outro!
Preciso destacar que esse sentimento de misericórdia é atribuído à Deus em três diferentes religiões: judaísmo, islamismo e cristianismo.
Mas, a questão é: como está o exercício de misericórdia no judaísmo, islamismo e cristianismo?
Por favor sem bombas!
Jesus disse ao escriba e diz a nós, exerça misericórdia de igual maneira aos miseráveis. Meu próximo é todo necessitado.
Dessa forma podemos dizer que nós somos o próximo de Jesus, pois, ele veio ao nosso encontro nos socorrer. Amém!

Bibliografia
RIENECKER, Fritz. Evangelho de Lucas: Comentário Esperança. Editora Evangélica Esperança, Curitiba, PR, 2005.

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