domingo, 30 de junho de 2019
sábado, 29 de junho de 2019
sexta-feira, 28 de junho de 2019
quinta-feira, 27 de junho de 2019
quarta-feira, 26 de junho de 2019
segunda-feira, 24 de junho de 2019
domingo, 23 de junho de 2019
A verdadeira liberdade é viver em favor do próximo!
Terceiro Domingo após Pentecostes
Textos: Sl 16; 1Rs 19.9-21; Gl 5.1,13-25; Lc 9.51-62
Texto para prédica: Gálatas
5. 1, 13 - 25
Tema: A verdadeira Liberdade é Viver em
favor do próximo
Todos nós temos liberdade de escolha!
Somos livres para fazer o que quisermos.
Qual é a tua
opinião sobre a nossa liberdade de escolha e de fazer o que bem entendemos?
Toda decisão acarreta em alegria ou
tristeza. Nossas decisões nos levam a rir, chorar ou sofrer.
O tema central com respeito a
verdadeira liberdade é um conceito fundamental na epístola aos Gálatas. Por
isso, as palavras de Paulo, diante das críticas de que o evangelho não impedia
algumas liberdades que as pessoas tinham e tem. “Cristo nos libertou para que nós sejamos
realmente livres” (Gl 5.13).
Ao ressaltar que Cristo nos libertou para sermos
livres, o apostolo Paulo enfatiza que temos liberdade e nessa a chance
de fazer escolhas.
Infelizmente, nossas
escolhas não são entre o bom e o excelente, mas, entre o ruim e o menos ruim.
O slogan dos nossos dias é que “a vida é minha e
faço com ela o que eu bem entender”.
Por mais que o cristão seja libertado
por Cristo, nele ainda há a velha natureza e por essa, busca governar a si
mesmo e muitas vezes acaba sofrendo por suas decisões. E ante nossas decisões
erradas, é preciso lembrar que por ter Cristo me libertado, tenho perdão e
nesse perdão uma nova oportunidade de escolha.
Ao escrever: “Cristo nos libertou para que nós sejamos
realmente livres” (Gl 5.13), Paulo enfatiza que temos responsabilidade e limite.
A responsabilidade em nossas escolhas
é evidenciada pelas palavras do sábio Salomão: “Alegra-te, jovem, na tua juventude, e recreie-se
o teu coração nos dias da tua mocidade; anda pelos caminhos que satisfazem ao
teu coração e agradam aos teus olhos; sabe, porém, que de todas estas coisas
Deus te pedirá contas” (Ec 11.9); e também do próprio apostolo: “Assim, pois,
cada um de nós dará contas de si mesmo a Deus” (Rm 14.12).
As pessoas dizem que suas escolhas
têm por objetivo a sua felicidade. E na busca pela suposta felicidade, as
pessoas não consideram os limites estabelecidos
por Deus em sua Palavra.
Viver uma vida livre implica ter
responsabilidade e exercer muito bem os limites. “Cristo nos libertou para que nós sejamos
realmente livres” (Gl 5.13).
“Cristo nos libertou ...”
O novo testamento não transmite a ideia
de liberdade, no sentido, de fazer consigo o que bem se entende. A liberdade, e
acordo com o novo testamento é um modo de vida de acordo com a vontade de Deus.
É preciso destacar que a liberdade
apresentada no novo testamento é o homem e a mulher escravos de Cristo. O
apostolo Pedro escreveu: “como livres que sois, não usando, todavia, a liberdade
por pretexto da malícia, mas vivendo como servos de Deus” (1Pe 2.16)
e Paulo aos coríntios ressaltou que “Porque, sendo livre de todos, fiz-me escravo de todos, a
fim de ganhar o maior número possível” (1Co 9.19).
Toda decisão, seja qual for, é livre
e pessoal, no entanto, minhas escolhas não interferem apenas na minha vida, mas
também na de outras pessoas. Nesse sentido ao escrever: “Cristo nos libertou para que nós sejamos
realmente livres” (Gl 5.13), o apostolo ressalta que nossa liberdade
tem em vista o outro.
Minha liberdade tem como responsabilidade a pessoa do próximo.
Minha liberdade tem como limite a
pessoa do próximo.
Ao escrever que “Cristo nos libertou para que nós sejamos
realmente livres” (Gl 5.13), Paulo queria chamar atenção dos judeus
que queriam fazer com que os gentios se circuncidassem para viver sob a lei,
sendo esses livres por causa do evangelho.
Ao escrever: “Cristo nos libertou para que nós sejamos
realmente livres” (Gl 5.13), Paulo visa repreender os judeus que
estavam ignorando o ponto mais importante da lei: o amar o
próximo. Por isso, destaca para os judeus que não se prendam à
lei, pois “Cristo
nos libertou para que nós sejamos realmente livres” (Gl 5.13).
Viver uma vida na liberdade que
Cristo conquistou para nós e que nos permite viver é viver a fé. E viver a fé nada mais é do que ser
responsável pelo próximo, pois a fé atua pelo amor.
Ao escrever que “Cristo nos libertou para que nós sejamos
realmente livres” (Gl 5.13), Paulo se coloca contra a ideia hedonista, onde vale tudo pelo prazer. Também
contra os naturalistas que dizem que
o que vale é a lei do mais forte. As palavras de Paulo são contra os relativistas que vivem como se não
existisse norma ou lei.
Infelizmente, muitos justificam seu
atos e decisões em éticas profanas. Se esquecem, de que para viver nesse mundo
em meio a essas éticas é que “Cristo nos libertou para que nós sejamos realmente livres”
(Gl 5.13).
O cristão vive seu dias na fé –
atuando pelo amor. E atuar pelo amor é pensar e agir em favor do próximo.
Com a liberdade que Cristo nos deu,
somos chamados a ser criativos para lutar por tudo o que é bom e que promova a
vida, tanto a nossa como de todas as pessoas no mundo. Diante disso Paulo
escreveu: “todas
as coisas me são licitas, mas nem todas convêm. Todas as coisas me
são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma delas” (1Co
6.12). Se faço tudo o que desejo, sem me preocupar comigo e com o outro, acabo
perdendo a liberdade que Cristo me dá, pois de certa forma acabo me tornando
escravo de alguma coisa que me domina.
Deus deu a cada um de nós uma função,
pai, mãe, patrão, empregado, etc. E nessa função precisamos agir
convenientemente aqui no mundo que é de Deus. Que cada um exerça sua função com
amor pelo próximo e com respeito.
Na fé em Cristo todas as minhas
atitudes e decisões são exercícios de fé, uma fé que atua pelo amor.
Sou responsável pelo meu próximo e
meu limite é o meu próximo a quem preciso dedicar todo o amor, assim como Jesus
se dedicou por mim e pensando em mim. Amém!
Pr Edson Ronaldo
Tressmann
sábado, 22 de junho de 2019
sexta-feira, 21 de junho de 2019
quinta-feira, 20 de junho de 2019
quarta-feira, 19 de junho de 2019
terça-feira, 18 de junho de 2019
domingo, 16 de junho de 2019
sábado, 15 de junho de 2019
quinta-feira, 13 de junho de 2019
quarta-feira, 12 de junho de 2019
Vivendo e praticando a fé em meio aos problemas diários!
Texto:
Salmo 3
Tema:
Vivendo e praticando a fé em meio aos problemas diários!
É muito comum as pessoas quando
estão enfrentando um problema desesperador, se concentrarem no problema. Na
busca por resolução desse problema, qualquer alternativa parece ser válida, não
importa como é essa alternativa.
Absalão, por meio de dissimulações e
tramoias, reuniu, em Hebrom, a título de uma festa pela tosquia do seu rebanho,
um grupo de aristocratas e de militares de Israel (2Sm 15). E secretamente conspirou contra Davi em todo o país. No
momento certo, Absalão se proclamou rei em Hebrom e, ao som de trombetas
tocadas do Sul até o Norte a frase que se passou a ouvir foi: “Absalão é rei em Hebrom” (2Sm 15.10). E em pouco tempo, “tornou-se poderosa a conspirata e crescia em número o povo que tomava o
partido de Absalão” (2Sm 15.12).
Após isso, Absalão partiu para
Jerusalém a fim de sentar-se no trono de Davi, o seu pai. Davi já estava fugindo
do filho, pois estava sendo perseguido e atacado até por pessoas simples de
Jerusalém (2Sm 16.5-8). Davi
era insultado e amaldiçoado por muitas pessoas. Samuel descreveu
que Davi saiu chorando, andando descalço e com a cabeça coberta (2Sm 15.30).
Davi em sua oração (v.1) descreve
essas pessoas como agressores (inimigos). Era um grupo violento. Mesmo sendo um
general e guerreiro, a situação era desesperadora. Absalão conseguiu executar o
maior e mais bem executado golpe de estado de todos os tempos. Pouquíssimas pessoas
permaneceram fiéis a Davi. E esses exclamavam que nada poderia salvar Davi.
Mas, o ponto é que Davi sabe quem é e principalmente, sabe quem Deus é. Por
esse motivo, exclama (v.1-2). E nessa exclamação é possível observar duas
coisas:
1 – Ele confronta os agressores
dizendo que esses estão se colocando contra Deus e não contra ele, Davi.
2 – Confessa sua fé dizendo que
mesmo que não pareça, Deus lhe salvaria mais uma vez.
Os versos 3 a 8 são palavras de
confissão diante das pessoas que julgavam ser uma situação irreversível.
Tente imaginar a cena. Os poucos
que permaneceram fiéis, desesperados, julgando tudo perdido e Davi simplesmente
responde a todos: Deus está no comando (v.8), é Ele quem atuará em meu favor,
pois, és meu
escudo, és a minha glória e o que exaltas a minha cabeça (v.3). Tudo
o que eu sou, Rei, poderoso e exaltado, devo ao Senhor no qual não deixarei de
confiar nesse momento. Ele ainda está no comando dessa situação (Dn 4.32; Pv
14.34).
Com essas palavras, Davi estava
confessando que conhecia as promessas de Deus. Ele sabia que Deus o havia
escolhido para ser rei (1Sm 16.12-13) e que seu reinado terminaria em paz (2Sm
7.11. Claro que esse reinado de paz se daria em Jesus, o cumprimento dessa
promessa).
Um detalhe que não pode passar
despercebido, pois o pano de fundo do Salmo 3 é o episódio narrado em 2Samuel
15, é que Davi poderia estar em dúvida. Pois, havia acabado de ser perdoado de
dois graves pecados (2Sm 12). Talvez, pudesse dizer que Deus o estava punindo
pelos seus graves pecados. Mas, o que ouvimos é contrário as nossas
expectativas. Davi confiante e certo do amor de Deus, o qual havia acabado de
experimentar pelo perdão recebido, confessa sobre o amor de Deus aos seus
poucos aliados e diz que tudo está bem.
Ao confessar sua fé, Davi ora (vv.
4,7).
Ao dizer: com a minha voz clamo ao Senhor
(v.4), Davi ressalta que mesmo sendo rei, nesse momento só pode fazer uma
coisa: clamar. Por isso, clama
dizendo: levanta-te
Senhor! Salva-me, Deus meu, pois feres nos queixos a todos os meus inimigos e
aos ímpios quebras os dentes (Sl 3.7). Em outras palavras, Davi reconhece
que nesse momento, em que muitos duvidam, só há um único socorro: Deus.
Naquele momento, como um general
numa batalha, Davi dizia aos poucos que lhe permaneceram fiéis. Eles tem o
exército e o povo como seus aliados, mas, não se aflijam, eu tenho Deus. E
saibam que esses agressores não estão agredindo a mim, que fui escolhido por
Deus para ser rei, estão agredindo aquele que me colocou como rei e que a mim
fez uma promessa.
Observe um detalhe muito
importante. Os poucos que permaneceram com Davi, se concentraram no problema e
exclamaram que “não
há em Deus salvação para ele” (Sl 3.2). No entanto, Davi, sabendo
quem era e quem é Deus, concentrou naquele que o salvaria desse problema: Deus.
Não posso deixar de lembra-los sobre
o segundo mandamento. O mesmo está registrado em Êxodo 20.7: “Não tomarás o
nome do Senhor, teu Deus, em vão, ...”. O que isso significa? Significa
que nos momentos difíceis da vida não devemos negar nossa fé. Nos momentos difíceis
da vida, é momento de oração. Mas, nos momentos difíceis, muitos tendem a se
concentrar tanto no problema que se esquecem de Deus e acabam, pois o momento é
desesperador, buscando outros meios, até meios proibidos por Deus para tentar
resolver o problema.
Davi se confessou confiante em Deus
por saber quem era Deus, e após orar, descansa
(v.5).
Pra que perder o sono por esse conflito familiar, falsas
acusações e o risco de perder a vida? Meu descanso está em
Deus! Eu durmo e acordo na certeza do sustento de Deus.
Jesus nos aconselha a descansar
nEle. Certa vez disse: “...não andeis ansiosos pela vossa vida, quanto ao que
haveis de comer ou beber; nem pelo vosso corpo, quanto ao que haveis de vestir.
Não é a vida mais do que o alimento, e o corpo, mais do que as vestes?”
(Mt 6.25).
Descansar em Deus é ter certeza da
sua providência e cuidado. O apostolo Tiago aconselha: “...Hoje ou amanhã, iremos para cidade tal,
e lá passaremos um ano, e negociaremos, e teremos lucros. Vós não sabeis o que
sucederá amanhã. Que é a vossa vida? Sois, apenas, como neblina que aparece por
instantes e logo se dissipa. Em vez disso, devíeis dizer: Se o Senhor quiser,
não só viveremos, como também faremos isto ou aquilo” (Tg 4.13-15).
Todos nós passamos por problemas,
são muitas as ocasiões e situações em que nos vemos em completo desespero.
Problemas pessoais, familiares, econômicos, físicos. Esses momentos são
oportunidades que recebemos de Deus para confessar pela boca e atitude em quem de
fato confiamos. É uma oportunidade para oração e descanso. Afinal, do Senhor é a
salvação (v.8).
Quem disse pra você que em meio aos problemas e inquietações
tudo está perdido?
Davi não confiou na sua fé, não
reagiu com pensamentos positivos, ele apenas confessou orando e descansando
naquele que o livraria: Deus.
No momento mais crítico da sua vida,
Davi reconhece que tudo o que ele era, poderoso, exaltado, cheio de honras o
era por causa de Deus. Nesse momento, Davi, não apelou para si mesmo, mas,
olhou para Deus e por saber quem é Deus, confessou, exclamou e descansou.
Nosso Deus é um Deus de salvação!
Por isso, enviou seu Filho Jesus para nos salvar de uma situação desesperadora
eternamente. Amém!
Edson Ronaldo Tressmann
terça-feira, 11 de junho de 2019
segunda-feira, 10 de junho de 2019
Refletindo sobre a Trindade
Domingo da Santíssima
Trindade
Sl 8; Pv 8.1-4,22-31; At 2.14a,22-36; Jo 8.48-59
Tema: Refletindo sobre
a Trindade!
A palavra “Trindade” é uma expressão teológica
que não está na Bíblia. Mas em toda a Bíblia, em diversas passagens, Deus se
revela como sendo três pessoas.
Ao dizer que a Trindade é um termo teológico, o objetivo é enfatizar que essa
expressão é a que melhor define o ensino Bíblico sobre Deus. Mesmo que o termo trindade não apareça na Bíblia - é um
ensinamento puramente bíblico.
Muitas igrejas e pessoas que se dizem
cristãs, mas negam a Trindade e outros ensinamentos da Bíblia. Entre os que
negam essa doutrina estão as Testemunhas de Jeová, os Mórmons e os Espíritas. Negam
esse ensino pelo simples fato do termo não aparecer na Bíblia.
O termo Trinitas
(latim – Trindade) foi usada pela primeira vez por Tertuliano (200 d.C.), que
também cunhou o termo Persona (latim – pessoa) para descrever a manifestação do
Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Não podemos simplesmente nos
contentar em dizer que tanto faz se “Deus
é Jeová, Alá, Espírito Supremo, Energia cósmica, ou o Deus Triúno”.
Se
usamos o argumento de que os apóstolos nada escreveram a respeito precisamos
recordar que os apóstolos não estavam preocupados com a questão que envolve a trindade,
pois não havia dúvidas (Jo 1.1; Mt 28.19-20) e questionamentos entre eles sobre
esse assunto como há em nossos dias.
Conforme
a igreja foi avançando e atravessando fronteiras, foram surgindo questões que
não tinham preocupado os apóstolos e com esses assuntos a igreja precisou lidar.
A questão em torno da
expressão Trindade desenvolveu-se a partir do segundo século.
A
doutrina da Trindade é ensinada em toda a Bíblia. As principais passagens do
Antigo Testamento são: Gn 1.1-3, 26 (Jo 1.1-3), Elohim (plural); Nm 6.24; 2 Sm
23.2; Sl 33.6; 45.6,7; Is 42.1; Is 48.16,17; Is 61.1. As passagens do Novo
Testamento são: Mt 3.16,17; Mt 17.5; Mt 28.19; Jo 14.5; Jo 17.5,24; Rm 8.26,27;
2Co 13.13; 1Pe 1.2.
Essas
verdades bíblicas foram magistralmente resumidas, após muitos estudos e
orações, nos três Credos Ecumênicos, o Apostólico (AD 200), o Niceno (AD 325) e o chamado Atanasiano
(AD 450).
Talvez você esteja se perguntando: mas,
pastor, se somos uma igreja evangélica, por que temos Credos e
Confissões?
É verdade que as igrejas intituladas
evangélicas não têm os credos e até os detestam ressaltam que: “Isto é formulação humana e que só interessa a
palavra de Deus, a Bíblia”.
No entanto, não podemos nos esquecer
que Jesus perguntou pela confissão dos apóstolos: Quem diz o povo que eu sou? E o apóstolo Pedro confessou: Tu és o Cristo, o Filho do
Deus vivo (Mt 16.13-16).
Para o mundo tanto faz se “Deus
é Jeová, Alá, Espírito Supremo, Energia cósmica, ou o Deus Triúno”,
no entanto, nós, desejamos que as pessoas de fato e de verdade confessem sua fé
com segurança. Para esse mundo, em que tanto faz em quem creio ou deixo de
crer, eu sou enviado e com a tarefa de proclamar quem é Deus, quem é Jesus,
quem é o Espírito Santo.
Toda e qualquer confissão resulta de
uma leitura da Bíblia. E lendo a Bíblia, Palavra de Deus, afirmamos quem é Deus
conforme os credos o fazem.
Sobre o Credo Apostólico precisamos destacar
que quando um cristão vinha de outro lugar para uma comunidade cristã se dizendo
cristã era interrogada sobre sua fé. A pessoa respondia com frases tomadas das
cartas dos apóstolos, e assim surgiu o Credo Apostólico, que nada mais é do que frases das
cartas dos apóstolos.
Com a proclamação do evangelho,
ocorreram muitas conversões, sendo que entre os muitos convertidos, encontramos
a conversão do imperador romano Constantino. Esse se empenhou pela unidade da
Igreja Cristã. Para isso convidou 300 bispo do seu império para a cidade de
Nicéia, na Turquia, para que clarificassem as divergências e buscassem a
unidade da igreja, afinal, com o avanço da fé cristã muitas dúvidas surgiram a
respeito de temas doutrinários. E dessa reunião para sanar dúvidas, surgiu em
meio a muitos debates o Credo Niceno. E após vários outros concílios e
estudos surgiu o Credo
Atanasiano.
Muitas perguntas no passado e no
presente foram e são sobre Deus. O assunto Deus sempre esteve e está em debate.
Atualmente o debate sobre Deus se dá sobre o tema criacionismo. Há muitas perguntas
sobre: Quem
é Deus? Quantos deuses há? Como posso conhecer a Deus?
Os meios de comunicação estão trazendo
para dentro de nossos lares diferentes opiniões sobre Deus, religiões,
doutrinas e cultos. Entre nós já não há unanimidade sore vários assuntos que
são apresentados de maneira clara nas Escrituras.
A globalização despertou e desperta o
espírito reducionista ecumênico que afirma: Há um só Deus.
Todas as religiões são boas, elas só diferem na forma, e o mais importante na
religião é o amor. E por causa desse reducionismo, a questão que
fica sem resposta para muitos é: Quem é o verdadeiro Deus? Como posso
conhecê-lo?
Nem a natureza, nem a nossa
consciência nos revelam quem é Deus. O homem por sua racionalidade não pode
descobrir quem é Deus. A ciência e a filosofia não definem quem é Deus.
A verdade é que é preciso que Deus se revele. Por essa razão, ele nos deixou a
sua Palavra escrita e preserva o ministério para sua palavra ser proclamada. Na
carta aos Hebreus está escrito: “Havendo Deus,
outrora, falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas,
nestes últimos dias nos falou pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas
as coisas” (Hb
1.1,2).
Deus se revela à humanidade na Bíblia e somente na Bíblia.
Ele só revelou o que
precisamos saber para nossa salvação. À base da Bíblia, nosso Catecismo Menor
afirma: “Deus
é espírito; eterno, onipresente, onisciente, onipotente, santo, justo,
verdadeiro, bondoso, misericordioso e gracioso” (Cat. Menor, perg. 111).
Deus se revelou como um
único Deus, uma só essência divina em três pessoas distintas: Pai, Filho e
Espírito Santo. Este mistério da
Santíssima Trindade nossa razão não consegue compreender.
Há uma essência divina em
três pessoas. Há três pessoas que são divinas, mas eu não posso dizer que há
três deuses. Deus não está dividido em três pessoas, mas as três pessoas são
distintas uma da outra, são divinas, mas em uma única essência divina. A
essência divina das três pessoas é uma só.
Jesus Cristo
Assim
como sempre
houve e há dúvidas sobre Deus, também houve e há dúvidas sobre a pessoa de
Jesus. Quem
é Jesus Cristo? A virgem Maria só deu a luz a um homem? Quem morreu na cruz?
Somente o homem Jesus? O Credo Niceno respondeu algumas destas
perguntas e o A Fórmula de Concórdia, confissão da Igreja Luterana detalhou
outras.
Muitos diziam que Jesus
era chamado de filho de Deus de uma maneira figurada. Esta doutrina foi
condenada no Concílio de Nicéia e afirmou-se que Jesus é da mesma essência do
Pai. Anunciamos no Credo Niceno: “E um só Senhor Jesus
Cristo, Filho unigênito de Deus, nascido do Pai antes de todos os mundos, Deus
de Deus, Luz de Luz, verdadeiro Deus do verdadeiro Deus, gerado, não criado, de uma só substância com o Pai, por
quem todas as coisas foram feitas... ”
O Credo Niceno afirma que Jesus
realmente é Deus. Maria deu a luz ao Filho de Deus.
Mesmo com essa resposta, surgiram
outras perguntas sobre a pessoa de Jesus e o relacionamento das duas naturezas de
Cristo: a divina e a humana.
Firmados na Escritura, nossos pais
responderam que Jesus Cristo é uma pessoa, não duas, que tem uma completa
natureza divina e uma completa natureza humana. Jesus Cristo é verdadeiro Deus
e verdadeiro homem.
Como se explica isso? Essa união pessoal das duas naturezas em Jesus Cristo é um profundo
mistério (1 Tm 3.16). Para nos transmitir uma pálida ideia, a Escritura compara
essa união com a união entre corpo e alma, “Nele, habita,
corporalmente, toda a plenitude da Divindade”
(Cl 2.9). À semelhança de corpo e alma as naturezas de Jesus
Cristo permanecem distintas. À semelhança de corpo e alma, a natureza divina de
tal maneira permeia e penetra a natureza humana. A natureza humana é de tal
maneira penetrada pela natureza divina. E assim, ambas naturezas formam uma só
pessoa.
É
muito importante sabermos isto. Pois, em relação à nossa salvação, se perguntamos quem morreu na
cruz? Nossa resposta é que lá morreu Deus. As confissões da Igreja
Luterana respondem corretamente ao dizer que “Portanto,
a divindade e humanidade em Cristo é uma só pessoa, a Escritura, por causa
dessa união pessoal atribui também à divindade tudo o que sucede à humanidade,
e vive-versa” (FC DS VIII.42). Se Deus não houvesse morrido por nós, mas apenas um homem,
estaríamos perdidos eternamente. Se,
porém, a morte de Deus e Deus morto está na balança, ela desce e nós subimos
como prato leve e vazio... (nós, perdoados e absolvidos,
justificados, pela morte de Cristo).
É
correto lembrar que Deus em sua natureza não pode morrer. Mas como, Deus e
homem, estão unidos em uma pessoa, é correto falar sobre a morte de Deus.
Infelizmente,
essa verdade não é aceita por todos. Muitas seitas evangélicas, mesmo se
dizendo evangélicas, não aceitam esta verdade. Julgam que Jesus como homem, seu
corpo, está somente no céu, e ao nosso lado somente Jesus com sua divindade,
como espírito. Por isso também não aceitam o ensino bíblico da Santa Ceia,
julgando ser somente uma lembrança.
Credo Atanasiano
O
Credo Atanasiano é o terceiro e último dos credos ecumênicos. Foi aprovado,
provavelmente no Concílio Calcedônio (a.D. 451) e reafirmado nos Concílios II e
III de Constantinopla (a. D. 553 e 681, 690).
Ele
surgiu devido a várias perguntas teológicas sobre a Trindade.
Inicialmente
a redação foi atribuída a Atanásio. Mas, o Credo foi elaborado por uma
comissão. O Credo, firmado na Bíblia, trata do mistério da Trindade. Não se
buscou resolver o mistério da trindade racionalmente. O limite desse e dos
outros Credos é tão somente até onde a Bíblia o revela. O Credo Atanasiano é o
mais teológico dos três Credos.
Um
dos aspectos que destaca o Credo Atanasiano dos dois anteriores são suas frases
condenatórias no começo, meio e fim. E num mundo pós-moderno onde não há
verdades absolutas, essas frases chocam os ouvintes. As frases condenatórias
são:
- Aquele que quiser ser salvo, antes
de tudo deverá ter a verdadeira fé cristã. Aquele que não a conservar em sua
totalidade e pureza, sem dúvida perecerá eternamente.
- Aquele, portanto, que quiser ser
salvo, deverá pensar assim da Trindade. Entretanto é necessário para a salvação
eterna crer também fielmente na humanação de nosso Senhor Jesus Cristo.
- Esta é a verdadeira fé cristã.
Aquele que não o crer com firmeza e fidelidade, não poderá ser salvo.
A
base bíblica para tais afirmações são as Palavras do apóstolo João: “Quem é o mentiroso, senão aquele que nega que Jesus é
o Cristo? Este é o anticristo, o que nega o Pai e o Filho. Todo aquele que nega
o Filho, esse não tem o Pai; aquele que confessa o Filho tem igualmente o Pai”
(1Jo 2.22-23). “E todo espírito
que não confessa a Jesus não procede de Deus; pelo contrário, este é o espírito
do anticristo, a respeito do qual tendes ouvido que vem e, presentemente, já
está no mundo” (1Jo 4.3). Ainda: “Aquele que tem o Filho tem a vida; aquele que não tem
o Filho de Deus não tem a vida. Estas coisas vos escrevi, a fim de saberdes que
tendes a vida eterna, a vós outros que credes em o nome do Filho de Deus” (1Jo 5.12-13).
As verdades do Credo
Atanasiano são doutrinas fundamentais. Isto precisa ser ressaltado em
nossos dias. E a urgência dessas afirmações decorre da globalização que traz
consigo o reducionismo teológico que nos leva a um falso espírito ecumênico.
Não foi intenção dos confessores pronunciar as sentenças
condenatórias sobre cristão que devido a certa simplicidade da mente ou por
faltar-lhes melhor conhecimento. O Credo
Atanasiano pronuncia a sentença condenatória sobre aqueles que
propositadamente e por obstinação rejeitam estas verdades reveladas.
Creio no Deus Triúno.
Agostinho, um teólogo da Igreja
Cristã que viveu no século terceiro na África, tentava entender a Trindade pela
razão. Certo dia, caminhando pela praia e pensando sobre a Trindade, viu ao
longe uma criança que pegava água do mar e derramava num buraco que havia
cavado na areia. A cena repetiu-se várias vezes até que Agostinho passou pela
criança. Algumas horas depois, voltando de sua caminhada, e ainda refletindo
sobre a Trindade, Agostinho encontrou a mesma criança pegando água do mar e
colocando dentro do buraco cavado na areia. O fato chamou a atenção de
Agostinho que perguntou a ela o que fazia. A resposta veio logo: Estou colocando o mar dentro deste buraco.
Agostinho ficou espantado com a ideia e perguntou: Será que vai caber? A criança, na sua inocência, respondeu: Estou fazendo isso desde que amanheceu, e o
buraco ainda não encheu...
Naquele momento Agostinho compreendeu
que estava tentando fazer o mesmo: Colocar o Deus eterno e todo-poderosos
dentro de sua limitada razão.
Compreender a Trindade está
fora da compreensão humana.
Edson Ronaldo Tressmann
Bibliografia
MUELLER, John Theodore. Dogmática
Cristã. Porto Alegre, Concórdia, 2004.
GONZÁLES, Justo L. Uma
História Ilustrada do Cristianismo. São Paulo: Vida Nova, 1978.
domingo, 9 de junho de 2019
sábado, 8 de junho de 2019
sexta-feira, 7 de junho de 2019
quinta-feira, 6 de junho de 2019
quarta-feira, 5 de junho de 2019
segunda-feira, 3 de junho de 2019
Comunicar-se é dar-se por entendido! Entendeu?
Salmo 143; Gênesis
11.1-9; Atos 2.1-21; João 14.23-31
Texto para prédica: Atos 2.1-21
Tema: Comunicar-se é dar-se por entendido!
Entendeu?
Há um elemento na comunicação que é
quase que esquecido por muitos. O ponto principal da comunicação é se
fazer entendido: entendeu? O objetivo da comunicação é
conseguir transmitir uma mensagem de uma maneira que a outra pessoa entenda.
O dia de Pentecostes é o evento que
marca esse elemento da comunicação (At 2.4).
Pentecostes é uma data no calendário
da igreja, celebrado 50 dias após a ressurreição, evento que marca a descida do
Espírito Santo. Mostra a rapidez de Jesus em enviar o Espírito Santo. Na
ascensão, 40 dias após a ressurreição, Jesus subiu ao céu. E ele subiu ao céu
para enviar o Espírito Santo e preparar um quarto para nós. E já dez dias
depois de subir ao céu, Jesus envia o Espírito Santo. Havia urgência em que o
mundo ouvisse a respeito dos atos maravilhosos de Deus e principalmente a
respeito do Deus cumpre promessas. Tanto que Pedro pelo poder do Espírito Santo
diz que o evento de Pentecostes, por mais que parecesse estranho para muitos,
não o era, era o cumprimento de uma promessa já anunciado pelo profeta Joel (At
2.16-21).
Comunicar é dar-se por entendido!
O poder do Espírito Santo fez com que
um evento que para muitos era estranho fosse esclarecido e, para tal
esclarecimento, Pedro expôs, ou melhor interpretou o evento como cumprimento da
profecia de Deus anunciada pelo profeta Joel.
A igreja enfrenta um enorme desafio.
O desafio de comunicar a Palavra de Deus, a verdade absoluta, num mundo pós
moderno que vive cercada por verdades liquidas. Faz duas décadas que o sociólogo
polonês Zygmunt Baumann trouxe esse conceito ao mundo. Um mundo que não tem
mais referências. Além disso, também estamos ainda permeados por uma cultura da
“pós-verdade”. Ou seja, os constantes apelos a emoção e as crenças pessoais nos
influenciam mais que a própria razão.
Como comunicar a fé cristã nesse mundo?
Através do evento diário do
Pentecostes. Ou melhor, pela atuação do Espírito Santo.
Como se dá essa atuação do Espírito Santo? O Espírito Santo trabalha somente
através dos meios da graça, Palavra e sacramentos (Pregação, Batismo e Santa
Ceia). Pela Palavra de Deus, o Espírito Santo chama, ilumina com seus dons, gera
a fé, santifica, congrega e conserva na verdadeira e única fé.
Em meio a tantas denominações
religiosas, há os que afirmam que o Espírito Santo trabalha principalmente pela
Bíblia, mas também diretamente como no passado por sonhos, visões, revelações
especiais, .... Há correntes dentro da igreja que afirmam que o Espírito Santo
não precisa de meios para trabalhar, por isso não há necessidade da palavra
escrita, da água no batismo, pão e vinho na santa ceia. Afirmam que Deus trabalha
diretamente no coração das pessoas. Nesse sentido surgem pessoas que dizem “eu tenho muita
fé”, ou, “aquele pregador é um homem cheio do Espírito Santo, ele
tem muito poder”. São as famosas correntes teológica que creem no
poder de sua fé.
Querido irmão e irmã na fé em Jesus.
A fé, que nos é oferecida pelo Espírito Santo, na Palavra e Sacramento nos
agarra em Cristo.
Não podemos crer na fé das pessoas,
afinal, a obra do Espírito Santo é nos fazer crer em Jesus.
Pela Palavra e Sacramento o Espírito
Santo torna compreensível o amor de Deus em Jesus para as pessoas, mesmo em tempos
pós modernos e de pós-verdade. O Espírito Santo dá e preserva a fé (Lc
24.44-49; Jo 3.5,6; Rm 10.17).
Quando lemos a respeito do evento de
Pentecostes, ficamos estupefatos pelo barulho do vento forte, as chamas, e nos
esquecemos que o evento tinha por objetivo fazer com que a mensagem sobre os
atos poderosos de Deus fosse proclamada e compreendida. E outro detalhe, a
interpretação de Pedro, dizendo que esse evento era cumprimento da promessa de
Deus, já anunciada pelo profeta Joel.
O Espirito Santo age pela Palavra, por
isso, Deus instituiu o oficio da pregação. O evento de Pentecostes marca
justamente que diante do espanto das pessoas, por terem se fascinado pelo
barulho do vento, pelas chamas de fogo, Pedro se levantou e explicou que não
havia nada de extraordinário ou anormal, mas, tão somente o cumprimento da
promessa de Deus.
Querido irmão e irmã em Jesus, Deus
instituiu o ofício da pregação, dando a nós o evangelho e os sacramentos, meios
pelos quais, nos dá o Espírito Santo, opera a fé. Não é necessário preparação
para recebermos e alcançarmos o Espírito Santo. Isso nos é dado pela Palavra
(Confissão de Augsburgo, Artigo V, Livro de Concórdia, 1980, p. 30).
Observe que no evento de Pentecostes,
quando todos estavam atônitos, Pedro não indagou fora da Bíblia. Na verdade,
chamou todos a ouvirem o que já havia dito na Palavra, na profecia proclamada
por Joel.
Pentecostes traz como reflexão o ato
de comunicar-se, ou melhor, fazer-se por entendido. O nosso desafio como igreja
é comunicar, não a nós, mas, os atos poderosos de Deus, as promessas de Deus em
Jesus. Como
isso se dá? Pelo poder do Espírito Santo que age pela sua Palavra e
Sacramentos. Continuemos vivendo o Pentecostes entre nós. Amém!
Edson Ronaldo Tressmann
Bibliografia
Ideias retiradas de um escrito
enviado por e-mail pelo Pr Horst R. Kuchenbecker. São
Leopoldo, 29/05/2017.
Confissão de Augsburgo, Artigo V,
Livro de Concórdia, 1980, p. 30
Assinar:
Postagens (Atom)
Aprenda a lição que a figueira ensina (Mc 13.28)
Último Domingo do ano da Igreja 24 de novembro de 2024 Salmo 93; Daniel 7.9-10;13-14; Apocalipse 1.4b-20; Marcos 13.24-37 Texto : Ma...
-
31/05/2015 Domingo da Santíssima Trindade (1º após pentecostes) Sl 29; Is 6.1-8 ; At 2.14ª,22-36; Jo 3.1-17 Tema: eis-me aqui, envia-...
-
15 de julho de 2018 8º Domingo após Pentecostes Sl 85.8-13; Am 7.7-15; Ef 1.3-14; Mc 6.14-29 Tema: A mensagem dos sicômoros “ Amó...
-
Salmo 139 Tema: “ Senhor, tu me sondas e me conheces ” (Sl 139.1). Há pelo menos 20 sondas espaciais ativas no sistema solar. Em Mart...