segunda-feira, 18 de março de 2019

Mais uma chance misericordiosa


24 de março de 2019
Terceiro Domingo na Quaresma
Salmo 85; Ezequiel 33.7-20; 1Corintios 10.1-13; Lucas 13.1-9

Texto: Lucas 13.1-9
Tema: Mais uma chance misericordiosa.

Jesus aproveitou bem a oportunidade para falar sobre as almas das pessoas. Jesus aproveitou um acontecimento e fez àquelas pessoas pensarem em suas vidas e situação diante de Deus.
Diante de qualquer tragédia, é comum ficarmos preocupados com os que morreram. No entanto, Jesus está dizendo para os que pareciam preocupados com os que morreram numa tragédia da queda de um prédio. O que importa sobre o que aconteceu com aquelas pessoas? Considerem os seus caminhos. Se não se arrependerem, vocês morrerão.
Conversamos sobre a morte dos outros, mas não queremos falar e pensar na nossa morte. Quando morre alguém é aquele alvoroço. Nossa, nem sabia que estava doente. Ou, sempre corria demais, não respeitava as leis de trânsito.
Não falamos e pensamos na nossa morte e no destino das nossas almas.
Alguém foi assassinadoe eu, meus pecados estão perdoados? Morte súbitae eu, estou preparado? Uma pessoa vive em pecados grosseirose eu, quem me transformou?
Precisamos aprender com àquilo que acontece com os outros. Isso é o que Jesus ensina aqui.
Jesus estabelece a necessidade do arrependimento. Todos pecaram e carecem de Deus (Rm 3.23).
O arrependimento é reconhecimento do pecado, tristeza e vergonha pelo pecado, confissão do pecado perante Deus. Sem arrependimento não há perdão. Observe que ao exercer o Oficio das Chaves, o pastor em nome da igreja e por parte de Jesus anuncia o perdão somente aos que estão verdadeiramente arrependidos.
Você alguma vez já se arrependeu? Sentiu tristeza e vergonha pelos seus pecados? Já suplicou perdão a Deus?
Arrependimento não é assunto insignificante – é um assunto de vida e morte.
Vivemos cercados de motivos para nos arrepender. Há júbilo no céu quando um pecador se arrepende (Lc 15.10).
Neste corpo e nesta vida, sempre haverá pecados para confessar, lamentar e se entristecer. Pior será quando acharmos que não há mais nada do que se arrepender. Aquelas frases: “Não me arrependo nada do que fiz” é uma frase perigosa, pois, se torna um norte que muitas pessoas tendem a seguir. Odiemos nossos pecados.
Há milhões de pessoas que estão vivendo como a figueira (Lc 13.6-9), sem tristeza e vergonha pelos seus pecados e falta de frutos.
Perderam a vergonha – mas, não precisam esconder o rosto de mim, no entanto, pensem se conseguirão se esconder de Deus.
Israel era a figueira de Deus plantada no mundo. Separados por Deus. Vivenciaram atos poderosos que outras nações não tiveram a oportunidade e privilégio de vivenciar. E tudo o que era esperado deles, eram frutos e mais frutos. Era esperado que em Israel houve mais fé, louvor, arrependimento, devoção, vida piedosa, mas em muitas situações isso foi encontrado entre os pagãos e não entre o povo de Deus.
A igreja atual tem conhecimento bíblico, ensino e preceitos que muitos incrédulos não tem. Nesse sentido, precisamos examinar nosso coração. Temos mais de 40 tipos de traduções bíblicas. Somos livres para pregar e ouvir o evangelho. Quem somos nós em comparação aos países que não tem essa oportunidade e privilégio? No entanto, quais são os frutos que estamos produzindo?
Somos responsáveis diante de Deus por tudo aquilo que usufruímos. Somos uma figueira planta na vinha. E como figueira tiramos forças do adubo que é jogado para a videira. E os frutos?
Graças a Deus que o viticultor Jesus intercedeu e intercede por nós: “Senhor, deixa-a ainda este ano”.
Apesar de esperar e exigir frutos – Jesus é benigno com sua igreja, a figueira plantada nesse mundo. Como disse o profeta Miquéias: “Ele tem prazer na misericórdia”. Essa misericórdia suporta figueiras sem frutos. Amém!
Edson Ronaldo Tressmann

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