quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

Quase lá! Falta pouco para chegar!

Dia 28 de janeiro de 2018
4º Domingo de Epifania
Sl 111; Dt 18.15-20; 1Co 8.1-13; Mc 1.21-28
Tema: Quase lá! Falta pouco para chegar!

Quase lá! Falta pouco para chegar!
Essa frase define bem o livro de Deuteronômio. O quase lá! O falta pouco para chegar era apenas para o povo, pois, Moisés, o homem que havia liderado o povo por quarenta anos, não entraria na terra, no entanto, Deus lhe concedeu a graça de “...contemplar a terra com os olhos” (Dt 3.27).
Moisés, sabendo que não adentraria na terra prometida, faz um longo discurso ao povo de Israel. Ele, como aquele que havia duvidado, conclama o povo a prestar atenção a tudo o que Deus havia ensinado durante a peregrinação no deserto.
Moisés aponta para a missão de Israel na história e para a promessa futura. Moisés insiste na fé em Deus, que se mostra generoso nos seus dons e fiel as suas promessas.
A promessa proclamada por Moisés (Dt 18.15-20) apresenta o verdadeiro profeta. Um profeta, que com o passar dos anos, foi ansiosamente aguardado pelo povo. Vemos que João Batista (Mt 11.2; Lc 7.19) enviou discípulos para perguntar se Jesus de fato era aquele que estava por vir.
O apóstolo Pedro, após o dia de Pentecoste, em um discurso no templo, ressaltou que milhares de anos antes deles, Deus havia dito a Moisés: “O Senhor Deus vos suscitará dentre vossos irmãos um profeta semelhante a mim; a ele ouvireis em tudo quanto vos disser” (At 3.22). Pedro falava sobre o envio do salvador Jesus Cristo.
Estevão, diante de Jônatas, sucessor de Caifás, em seu julgamento, testemunha que a promessa dada por Deus através de Moisés se referia a Cristo. Jesus Cristo é o verdadeiro e excelentíssimo profeta.
Não sei dizer se o povo no deserto entendeu essa referência. Mas, o fato é que Deus, estava ocupado em cumprir a promessa feita no jardim do Éden após a queda em pecado (Gn 3.15).
Moisés, líder, profeta e guia, preparava o povo para sua entrada na terra prometida. E na terra prometida, dentre seu povo, Deus levantaria outro grande profeta, Jesus. Moisés estava dizendo ao povo para que não ficassem presos a ele, mas que pensassem e se fixassem naquele que viria. Pois, aquele que havia de vir era o profeta por excelência.
O capítulo dezoito de Deuteronômio (uma cópia da lei e não segunda lei) traz conselhos e instruções.
Esses conselhos e instruções eram necessários, afinal, o povo estava por adentrar na terra prometida, que apesar de manar leite e mel, era uma terra já contaminada pela adoração à outros deuses. E em meio a esse povo, a esses deuses, o povo de Deus deveria esperar somente em Deus, aquele que enviaria o verdadeiro profeta.
Faltava muito pouco e o povo já estaria na terra prometida, mas, antes de entrarem na terra prometida, era necessário ressaltar a confiança no verdadeiro e único Deus.
O maior problema na terra prometida seria a falta de confiança. Em meio a fertilidade, abandonar o Deus único e verdadeiro seria fácil.
Atualmente há muitas caricaturas a respeito de Jesus. Jesus tornou-se qualquer coisa, e deixou de ser salvador. Torna-se cada vez mais necessário falar sobre o verdadeiro profeta Jesus. O próprio Cristo disse: “Acautelai-vos dos falsos profetas, que se vos apresentam disfarçados em ovelhas, mas por dentro são lobos roubadores” (Mt 7.15).
É necessário e urgente continuar apontando para o profeta. Enquanto que Moisés apontou para àquele que viria, hoje, se aponta para àquele profeta que veio. Jesus ressaltou: “Porque virão muitos em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo, e enganarão a muitos” (Mt 24.5). O apóstolo João deixou registrado em sua primeira carta que “...já é a última hora; e, como ouvistes que vem o anticristo, também, agora, muitos anticristos têm surgido; pelo que conhecemos que é a última hora” (1Jo 2.18).
Quem é o anticristo?
O anticristo é aquele que usurpa o lugar de Cristo. Os que usurpam e se opõe a Cristo, são aqueles que com suas doutrinas e práticas, se separam dos outros cristãos, ou seja, “...Este é o anticristo, o que nega o Pai e o Filho” (1Jo 2.22), “e todo espírito que não confessa a Jesus não procede de Deus; pelo contrário, este é o espírito do anticristo, a respeito do qual tendes ouvido que vem e, presentemente, já está no mundo” (1Jo 4.3), “Porque muitos enganadores têm saído pelo mundo fora, os quais não confessam Jesus Cristo vindo em carne; assim é o enganador e o anticristo” (2Jo 7).
É tempo de Epifania, é tempo de manifestar a verdadeira luz. E a verdadeira luz é o verdadeiro profeta Jesus.
Aos poucos tiraram a cruz dos altares. Não que se deva adorar a cruz, no entanto, a cruz nos faz lembrar o sacrifício do verdadeiro profeta. Além da cruz, tiraram qualquer lembrança de Jesus das fachadas das igrejas. O que se destaca em quase todas é seu slogan. Muitas igrejas ostentam a imagem daquele que as mesmas tem como seu profeta, apóstolo e bispo. E Jesus, o verdadeiro profeta nem é lembrado.
É necessário, é urgente, continuar apontando para Jesus.
Quase lá! Falta pouco!
Pode-se dizer que a exemplo do povo de Deus na fronteira da terra prometida, está cada cristão em pleno século XXI. Quase lá! Falta pouco! Jesus voltará!
Moisés, quando estava preparando o povo para adentrar a terra prometida, apontou para o profeta que viria. Na promessa desse profeta que viria, o povo era convidado a permanecer.
No meio luterano dizemos quase que constantemente “já e ainda não”. Temos o céu, mas ainda não se está céu. E por não se estar ainda no céu, é preciso ser constantemente aconselhado e instruído a permanecer na fé no sacrifício realizado pelo verdadeiro profeta Jesus.
Após proclamar a promessa dada por Deus, Moisés anuncia que “...todo aquele que não ouvir as minhas palavras (do profeta que viria, Jesus), que ele falar em meu nome, disso lhe pedirei contas” (Dt 18.19).
Na terra prometida, a qual o povo estava por tomar posse, era cheia de adivinhos e feiticeiros. Assim, seria necessário ouvir tudo o que Deus iria dizer ao povo através dos profetas, até a chegada do verdadeiro profeta Jesus.
Após a vinda de Jesus, muitos surgiram e surgirão dizendo que é o Cristo. E todo aquele que está e permanece em Jesus, o verdadeiro profeta, terá a vida eterna. Mas, aquele que se recusar em crer e preferir dar atenção e ouvidos aos falsos profetas, Deus lhe pedirá contas.
Os filhos de Deus, àqueles que creem, estão com os olhos fixos no céu em Jesus. Amém!

Edson Ronaldo Tressmann

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