12 de novembro de 2017
23º Domingo após Pentecostes!
Sl 70; Am 5.18-24; 1Ts 4.13-18;
Mt 25.1-13
Tema: Um novo idioma:
Esperança!
Quem domina o idioma inglês, consegue se comunicar em quase todo o
mundo. Por isso, os cursos de inglês são muito frequentados. A maioria opta por
estudar o idioma inglês com o objetivo de poder viajar a muitos lugares e não
precisar de interprete.
Possivelmente o apostolo Paulo falava aramaico (língua comercial
da Judeia), grego (língua política da região, Atos 21.37-39. O grego era também
uma linguagem literária), latim (língua regional). (Livro: Paulo de Tarso:
História de um apostolo. Ed. Loyola).
Com as línguas que o apostolo Paulo dominava, conseguiu se
comunicar com muitas pessoas e, facilmente viajar por muitos lugares.
O apostolo que se comunicava facilmente, comunicava uma mensagem. Aos
Tessalonicenses, cheios de dúvidas, principalmente diante da perseguição se perguntavam sobre
o destino final das pessoas que morriam devido as perseguições.
O que comunicar para
pessoas que choram por um ente querido morto num caixão?
Muitos
dizem que a última morada é o cemitério. Para muitos, com a morte, tudo está
acabado. Os Tessalonicenses, a quem o apostolo Paulo já havia comunicado o
evangelho salvador, queriam saber sobre a situação dos que morriam. E de
Corinto, Paulo escreve a sua primeira carta aos Tessalonicenses. Nessa carta,
após saber que muitos Tessalonicenses estavam enfraquecendo na fé, devido as
provações e tentações, o apostolo lhes escreve advertindo sobre:
- como
reagir diante do falecimento de um ente querido;
- cuidar
quanto a vida ociosa;
- corrigir
a vida desordenada sem consagração a Deus e respeito ao próximo;
A
dúvida dos Tessalonicenses se dava porque estavam sendo perseguidos. Era necessário
lhes dar uma mensagem que os motivasse a continuarem servindo com fé e coragem.
Como reagir quando um
ente querido morre sendo perseguido por causa do evangelho?
O
grande apostolo Paulo, comunicador do evangelho. Um homem que por falar outros idiomas,
aos Tessalonicenses desenvolveu o idioma da Esperança.
Para
responder a grande inquietação dos Tessalonicenses, Paulo comunicou-se com o
idioma da a esperança!
Vamos estudar brevemente esse idioma
da esperança no trecho da primeira carta aos Tessalonicenses 4.13-18.
Tema: Um novo idioma:
Esperança!
1 – Precisa ser anunciado!
No verso 12, lemos as palavras: “de modo que vos
porteis com dignidade para com os de fora e de nada venhais a precisar”
(1Ts 4.12).
Quem são “os de fora”? São aqueles que
não conhecem o idioma a ser falado e proclamado: a Esperança. São àqueles a quem Paulo se refere no verso 13, os “que não tem
esperança”.
Eram os que detinham o poder no
império romano. São aqueles sobre os quais Jesus havia dito que poderiam apenas
matar o corpo. São aqueles que entram numa igreja e atiraram contra as pessoas
durante um culto, assim como aconteceu no dia 05 de novembro de 2017 em Sutherland
Springs (Texas, EUA).
Um novo idioma: Esperança! As pessoas querem falar outro idioma
com a perspectiva de se comunicar, mas, “ainda que eu fale a língua dos homens e dos anjos, se não
tiver amor, serei como o bronze que soa ou como o címbalo que retine”
(1Co 13.1). Falar outros idiomas, mas não conhecer e não saber falar o idioma
da esperança, a vida perde o sentido.
Um novo idioma: Esperança!
Essa linguagem desenvolvida pelo
apostolo Paulo na sua carta aos Tessalonicenses visa consolar, animar e motivar
os cristãos convertidos a continuarem na vida cristã.
Um novo idioma: Esperança! Estava sendo
anunciado ao Tessalonicenses perseguidos.
Aqui no Brasil, graças a Deus, ainda
estamos vivendo num país livre em termos religiosos. Por ser assim, muitas
vezes não valorizamos o idioma Esperança, e até mesmo não valorizamos o tema
ressurreição.
Quando por ocasião do episódios
narrados pelo profeta Daniel, João Marcos, Mateus, Lucas e João em Apocalipse, a
perseguição era constante. E nesse período a mensagem da ressurreição era de suma
importância. E é justamente essa a linguagem da esperança. É isto que o
apostolo Paulo comunica aos Tessalonicenses. Esse idioma precisa ser comunicado
ainda hoje, afinal, pode ser que algum atirador adentre nosso templo atirando. Mas,
não será o fim, “pois,
se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também Deus, mediante Jesus,
trará, em sua companhia, os que dormem” (1Ts 4.14).
Se
deixarmos de comunicar o idioma da esperança, pessoas morrerão sem a verdadeira
esperança. E as que ficarem viverão sem esperança. É preciso comunicar o novo (velho)
idioma: Esperança!
Na
carta aos Tessalonicenses, o apostolo Paulo fala sobre ressurreição na linguagem
da esperança.
O idioma Esperança é novo para
muitos, afinal, muitos não conhecem e nem sabem a respeito da mensagem da
ressurreição. Outros temas foram dominando nossas conversas. Na linguagem da
esperanças, um idioma pouco conhecido, Paulo transmite a certeza da
ressurreição diante da morte.
Um novo idioma: Esperança!
2 – Idioma a ser compreendido!
“Não queremos, porém, irmãos, que sejais ignorantes com
respeito aos que dormem, para não vos entristecerdes como os demais, que não
tem esperança” (1Ts 4.13).
O idioma da esperança precisa ser compreendido, pois “não queremos,
porém, irmãos, que sejais ignorantes com respeito aos que dormem, ...”.
O apostolo anuncia aos Tessalonicenses
um idioma da esperança para que não fiquem na ignorância como “os de fora”,
os perseguidores dos cristãos que não creem na mensagem da ressurreição. A morte do cristão é uma
gloriosa ressurreição.
O idioma da esperança precisa ser
falado para que todos compreendam diante da morte que os que morrem na fé em
Jesus, apenas dormem. Paulo ao anunciar o novo idioma: esperança, deseja que os
Tessalonicenses compreendam que “os que dormem” de acordo com o termo grego - Koimoménon
- significa, fazer dormir, colocar para dormir, na certeza de
que se vai acordar.
Um novo idioma: Esperança!
3 – É idioma de Jesus
“Ora, ainda vos declaramos, por palavra do Senhor, isto: nós,
os vivos, os que ficarmos até a vinda do Senhor, de modo algum precederemos os
que dormem” (1Ts 4.15).
O idioma da esperança é um idioma
ensinado e transmitido por Jesus. O apostolo escreveu: “por palavra do Senhor”.
Muitos em Tessalônica estavam
confusos e cheios de dúvida sobre os que já haviam morrido. Os que já
morreram serão prejudicados no dia da vinda de Jesus? O apostolo Paulo
afirma que “nós,
os vivos, os que ficarmos até a vinda do Senhor, ...” (v.15), é uma afirmação
de que os cristãos, mesmo aqueles que já morreram estão vivos, apenas dormem.
Disse Jesus: “Eu
sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá; e todo o
que vive e crê em mim não morrerá, eternamente. Crês isto?” (Jo
11.25-26). Jesus disse aos saduceus que não acreditavam na ressurreição: “Ora, Deus não é
Deus de mortos, e sim de vivos; porque para ele todos vivem” (Lc
20.38).
Com o idioma da esperança os Tessalonicenses
estavam sendo convidados a colocar toda a certeza na volta de Jesus e na ressurreição.
Essa é a certeza cristã: Jesus
voltará e todos os que morreram e morrerem ressuscitarão.
A mensagem da ressurreição só é consoladora
e animadora para os que vivem e morreram e morrem na fé em Jesus Cristo. Àqueles
que morreram sem a fé em Cristo a ressurreição é trágica. Por cauda dessa
tragédia é necessário continuar comunicando o idioma da esperança; é preciso
continuar buscando compreender o idioma da esperança; é preciso ouvir o idioma
de Jesus.
O dia da ressurreição será um dia em
que Jesus, o vencedor, se encontrará com seu povo para com ele viver
eternamente.
O dia da ressurreição será um dia que
marcará o fim do combate entre o bem e o mal.
A preocupação do apostolo Paulo na
carta aos Tessalonicenses não é evangelizar os não cristãos. Seu objetivo é
consolar, pois o encontro com Jesus será definitivo, e é um evento real e
concreto: “estaremos
para sempre com o Senhor” (1Ts 4.17).
O cristão, se entristece pela perda
de um ente querido, mas na fé, o cristão se alegra com a certeza da
ressurreição. Amém!
Rev. Edson Ronaldo Tressmann
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