26 de novembro de 2017
Ultimo Domingo do ano da Igreja
Sl 95.1-7; Ez 34.11-16,20-24;
1Co 15.20-28; Mt 25.31-46
Tema: Jesus Cristo, a primícia
dos que dormem!
Do futuro que o cristão espera, Lutero pensa primeiramente em
termos do que acontece a um indivíduo na morte e além da morte. A certeza da
nova vida que surge da morte, Lutero se baseia na totalidade da ação redentora
de Deus em Cristo.
Sobre a morte e o além morte, Lutero enfatiza a ressurreição de
Jesus Cristo e sua vitória sobre a morte. Este é o único conforto para todos
que choram de saudades de seus entes queridos e até mesmo nosso, afinal, muitos
de nós também iremos morrer, se é que Jesus não voltará antes.
Cristo ressuscitou, sendo ele a primícia dos que dormem, como
primeiro fruto. Essa ressurreição é a promessa da ressurreição corporal de
todos que são seus, pelo batismo e a fé. Essa é a minha confissão de fé: “Assim como ele ressuscitou dos mortos ...”.
Sendo Jesus Cristo o cabeça da igreja e tendo a cabeça
ressuscitado, fica a certeza da vida de todo o corpo.
Aos saduceus Jesus respondeu: “Deus
não é Deus de mortos, e, sim, de vivos” (Mt 22.33). É verdade que o cristão passa
pela morte, por causa do pecado, mas, sendo filho de Deus pela fé, o cristão é
imortal, pois dorme nos braços do Senhor.
Toda a certeza do cristão do além morte está na mensagem da
ressurreição dada pelo próprio Jesus. A morte de um cristão, nada mais é que,
descanso nos braços de Jesus (Jo 11.26; 10.28).
Um ganancioso é consolado
com dinheiro, um doente, com remédio, um mendigo ou faminto, com comida. No
entanto, o cristão só é consolado pela Palavra de Deus. Pela fé, o cristão se mantém
perseverante, e ainda, pela fé sabe que Cristo o manterá em seu colo até o
ultimo dia.
Quando comemoramos 500 anos de Reforma não apenas festejamos,
também refletimos. A 500 anos atrás havia mapas topográficos sobre o estado
intermediário. Muitos sabiam dizer sobre os vários lugares onde as almas dos
mortos estavam. E Lutero, pela descoberta da boa nova do evangelho, trouxe à
tona que todos os que morrem na fé têm seu “lugar” na Palavra e na promessa de
Cristo. Os cristãos do antigo testamento descansam “nos
braços de Abraão”, assim todos os que, viveram antes do nascimento de Cristo,
foram para os braços de Abraão (Gn 22.18), e todos que adormeceram na fé, são
preservados e protegidos nessa palavra: estão nos braços de Abraão e dormem
nela até o Último dia. Os cristãos do Novo testamento estão consolados e
confortados na ressurreição de Cristo (1Co 15; Fp 3.20).
Paulo fala da ressurreição “dos
mortos”.
Se a morte afeta a pessoa totalmente, a ressurreição também se dará assim. O
morrer leva imediatamente à completa participação com Cristo e a vida com ele
(2Co 5.6; Fp 1.23).
O cristão pode se tranquilizar sabendo que, na morte ou por
ocasião do fim do mundo, é Cristo quem espera por nós.
A ressurreição será um acordar dos que dormem, afinal, entre a
morte e a ressurreição há um profundo sono, sem sonho e sem sentimento. Ao
acordarem não saberão onde estavam e nem porquanto tempo descansaram. Para o
cristão a morte é um dormir na paz de Cristo.
Mesmo no sono da morte, o cristão está bem guardado, e por ocasião
do último dia, Cristo acordará a pessoa e lhe dará a bem aventurança. Pode ser
que a doença, um acidente, ou mesmo um assassinato nos tirem desse mundo, mas,
com certeza, nos conduzem a Cristo, pois tanto Jesus como a vida eterna esperam
ansiosamente pelo cristão.
Lembre-se: nosso conceito de medida e
tempo não valem mais além da morte. No além morte, tudo é um momento eterno. “Cristo é a primícias dos que dormem” (1Co 15.20). Amém!
Rev. Edson Ronaldo Tressmann
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