08
de janeiro 2017
1º
Domingo após Epifania
Sl 29; Is 42.1-9; Rm 6.1.11; Mt 3.13-17
Tema: Quem
é o servo sofredor?
Toda pessoa que inicia a leitura da
Bíblia traz consigo inúmeras perguntas. Assim aconteceu com um homem etíope.
Esse homem o qual não conhecemos por nome, mas, pelo que sabemos era ministro
da fazenda da Etiópia. Esse homem havia ido à Jerusalém provavelmente por ser
simpatizante do judaísmo. Após sua visita, voltava para sua casa com um rolo
que havia adquirido e estava lendo.
O etíope adquiriu um rolo do profeta
Isaías e dentro de sua carruagem lia atentamente o texto que era ouvido por
Filipe que acompanhava do lado de fora.
Após ter sido convidado pelo etíope a
entrar na carruagem, o ministro da fazenda lhe perguntou: “Quem é o servo sofredor?”
Essa foi a pergunta de uma pessoa que era apenas
simpatizante do judaísmo. No entanto, é uma pergunta que muitos cristãos de
carteirinha ainda não sabem a resposta.
O profeta Isaías por ocasião de sua
pregação, estava diante de um povo oprimido e humilhado pelo cativeiro
babilônico. Mas, essa situação não o impediu de apontar para todas as promessas
cumpridas por Deus e indicar que estava por vir o tempo em que restauraria
completamente Israel.
João, o Batista, também apontou para
Jesus.
O próprio Deus por ocasião do Batismo de
Jesus indicou que o servo sofredor era Jesus, aquele que havia sido enviado
para ocupar o lugar do pecador, por isso Jesus aceitou ser batizado por João.
A resposta sobre quem de fato é o servo
sofredor faz uma diferença enorme e estonteante entre o povo de Deus.
O povo de Deus no antigo testamento
estava como que cego e sem liberdade. Nessa situação não viam nenhuma luz. Tudo
parecia estar fadado ao fracasso. No entanto, o profeta anunciou que o servo de
Deus, o servo sofredor, o escolhido de Deus, viria e seria seu resgatador.
É necessário que a comemoração desse
período de Epifania volte e traga seu verdadeiro sentido. De acordo com o
calendário litúrgico, epifania significa uma manifestação
divina. A Epifania
é a manifestação de Cristo. No entanto, se a igreja
cristã com seus muitos congregados se esquecerem do servo sofredor, muitos
cristãos de carteirinha e outros que estão a caminho, viverão como cegos.
Epifania existe e existirá cada vez mais
quando os “Epiphanius”[1] foram
desmascarados e juntamente com outros apontarem somente para Jesus, a exemplo
de Isaías, João Batista.
O servo sofredor segundo a profecia
anunciada por Isaías é a “aliança com o povo e luz para os gentios;...”
(Is 42.6). Jesus foi enviado para as ovelhas perdidas de Israel (Mt 10.5,6;
15.24) e também para ser a “luz dos gentios”.
O apóstolo Paulo na carta aos Romanos
(Rm 11) e aos cristãos da Ásia Menor (Efésios 2.11-22) fez uma analogia da
Oliveira (símbolo no A.T. para Israel) e os galhos naturais e enxertados. Os
gentios que ouviram e aceitaram o evangelho e pelo poder do Espírito Santo
creram na obra de Jesus foram enxertados na Oliveira.
O Servo sofredor se dispôs a sofrer em
lugar dos pecadores (judeus, gentios, luteranos, católicos,
assembleianos, etc). Todos somos pecadores e como tal necessitamos da luz que é
irradiada pelo servo sofredor que veio para ocupar nosso lugar.
Infelizmente, enquanto que muitos
críticos da Palavra de Deus apontam e testificam que não se sabe quem de fato é
o servo sofredor, há também muitos pregadores que ao invés de fazer “brilhar a luz de
Jesus” sobre todos, acabam sendo “Epiphanius,” ou seja, heréticos que
apontam para outros meios de salvação.
O ministro da fazenda da Etiópia
perguntou: Quem é
o servo sofredor? recebeu de Filipe a verdadeira manifestação de
Deus, a verdadeira Epifania, pois Filipe “anunciou-lhe Jesus” (At 8.35).
Que assim seja em todo nossa epifania.
Que das Escrituras Sagradas ouçamos a voz de Deus que nos diz: “Este é o meu
único Filho, em quem realizo toda a obra de salvação em favor de todos os
pecadores”. Amém!
Rev. M.S.T. Edson
Ronaldo Tressmann
[1]
Foi
um bispo da cidade de Salamina
e metropolita
da
ilha de Chipre
no
final do século IV. Ele ganhou um a reputação como um forte defensor da ortodoxia cristã. É
também conhecido por ter escrito um enorme compêndio
de
heresias
que
ameaçaram o cristianismo primitivo até o seu tempo.
O tempo litúrgico visa auxiliar os
cristãos a celebrar os acontecimentos mais importantes da fé cristã. Ao longo
do ano, a igreja cristã, segue um calendário dando destaques as principais
datas religiosas que ao longo da história do povo de Deus foram celebradas.
Todo o calendário litúrgico visa
ressaltar a história da salvação. Inicia-se no ciclo de natal, nascimento de
Jesus, ciclo de natal, a morte e ressurreição de Jesus, e o ciclo de
pentecostes, a descida e atuação do Espírito Santo e a vida da igreja no mundo.
O tempo litúrgico está ligado ao termo
grego leitourgia (liturgia e
serviço), envolvendo assim a ação de Deus na história, bem como através de seu povo
no mundo, com objetivo de salvar a todos os pecadores.
Epifania
significa “aparição, manifestação”.
De acordo com o calendário litúrgico significa uma manifestação divina. No sentido filosófico, epifania significa
uma sensação profunda de realização, no sentido de compreender a essência das
coisas. É como se algo difícil fosse solucionado.
A Epifania do Senhor é um dia festivo.
Sempre comemorado dois domingos após o natal. A Epifania é a manifestação de
Cristo.
Epifania é o terceiro evento mais importante
do calendário cristão. Surgiu antes mesmo da festa de natal e é comemorado dia
06 de janeiro. A partir dessa data segue-se o Tempo comum até a Quaresma, que é
o tempo após a Epifania.
Na Epifania celebra-se a manifestação ou
encarnação de Deus no mundo através da obra de Jesus Cristo. A igreja lembra na
epifania o nascimento de Jesus com a visita dos reis magos do oriente e ainda o
começo do ministério de Jesus aqui na terra, a partir de seu batismo.
Dentro de um quadro maior, a epifania
está enquadrado dentro do ciclo de natal que inicia-se desde o primeiro domingo
de advento até a Epifania.
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