segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Combatente da Fé!

23 de outubro de 2016
23º Domingo após Pentecostes
Sl 5; Gn 4.1-15; 2Tm 4.6-8,16-18; Lc 18.9-17
Tema: Combatente da fé!

        A oração é uma característica na vida de uma pessoa cristã. O conteúdo da oração revela a fé do orante. Nas palavras do evangelho (Lc 18.9-17) vê-se dois modelos de oração e de fé. O modelo falso, exemplificado pela oração do fariseu e o modelo autêntico, exemplificado pelo publicano.
           O fariseu ora numa atitude que não exprime ação de graças a Deus pelos seus feitos e pela sua misericórdia. A oração farisaica visa a autossatisfação. O fariseu se considera justo, bondoso e piedoso e assim, por causa de sua auto justificação julga os outros como injusto e não cristão. A fé farisaica o faz ver a si mesmo. O publicano, ao contrário, não multiplica palavras que o auto justifica. Sua oração é simples e humilde e demonstra que a verdadeira fé está no Deus misericordioso de Deus. Ele reconhece, afinal, sua consciência está permeado pela sua própria indignidade, sua miséria humana, e por isso, está desejoso do perdão e da misericórdia de Deus. A verdadeira oração nasce da fé no Deus misericordioso.
    Quando o apóstolo Paulo escreveu que “Combateu o bom combate, completou a carreira, guardou a fé” (2Tm 4.7) ressalta que conservou a fé.
        Como o apóstolo Paulo conservou a fé? Ele, a conservou no combate, na corrida diária. Ele conservou sua fé a anunciando e se opondo aos que queriam simplesmente limitar a mensagem a um grupo seleto. Sendo assim, cada cristão conserva a fé, vivendo a fé no dia-a-dia.
            O cristão não pode ser negligente como Caim, ou seja, achar que não tem responsabilidade nenhuma pelo seu próximo.
           É uma infelicidade, mas, ainda reina entre os cristãos o espírito de individualismo. Ao compor o Salmo 5, Davi mostra que a grande dificuldade do ímpio reside no fato do mesmo “alimentar a soberba do coração”. Ainda há muitas pessoas que se julgam melhores que outras pela suposta observação da lei. Essas pessoas tem se tornado seus próprios ídolos. No entanto, é em meio aos ímpios que cada cristão precisa “combater o bom combate”.
           Combater o bom combate é ser responsável por àqueles que vivem ao redor. Combater o bom combate é mostrar para as pessoas que a misericórdia de Deus é que justifica e salva. Combater o bom combate é alimentar-se e oferecer esse alimento.
           O cristão tem um papel muito importante. Davi nas palavras do Salmo 5 faz uma diferenciação entre a religiosidade das pessoas piedosas e a das ímpias. As pessoas piedosas vivem, humildemente, na esperança e no temor em relação a Deus. As pessoas ímpias evitam, orgulhosamente, que se chegue “ao temor a Deus e à fé na sua misericórdia”.
             Combater o bom combate é viver a vida na misericórdia de Deus, ou seja, saber e reconhecer perdoado de todos os pecados. 

      De acordo com o salmo 5 bem como o texto de Lucas 18.9-17, as pessoas que confiam em suas obras e que vivem seguras em sua prosperidade, desesperam, o mais tardar, na hora da morte. E viver na graça e na misericórdia de Deus é combater o bom combate, testemunhando que sem Jesus, não há salvação.
          O salmista Davi tinha em mente ao compor o salmo (Sl 5) os hipócritas do seu tempo. Milhares de pessoas estavam inflamadas por sua justiça própria nas suas obras e na sua suposta piedade. Essas pessoas acreditavam que não necessitavam da graça de Deus.
       Combater o bom combate é viver dependente da graça e da misericórdia de Deus em Jesus. Amém!

Rev. M.S.T. Edson Ronaldo Tressmann

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