domingo, 17 de julho de 2016

Para caminhar tranquilamente a vida cristã!

24 de julho de 2016
10º Domingo após Pentecostes
Sl 138; Gn 18. 20-33; Cl 2.6-15; Lc 11.1-13
Tema: Para caminhar tranquilamente a vida cristã!

         Na carta aos colossenses o apóstolo Paulo visa mostrar e alertar os perigos que espreitavam a fé ainda recente dos cristãos da cidade de Colossos.
         Os colossenses corriam risco de voltar as suas antigas crenças religiosas, bem como aos seus antigos costumes pagãos (Cl 2.8). O perigo não era só por serem novatos na fé, mas principalmente por causa da cultura local, da pressão social e da insistência dos judaizantes acerca do cumprimento da lei mosaica Cl 2.11-13).
         O apóstolo Paulo diz aos colossenses que eles haviam recebido Cristo Jesus por meio do Evangelho. Agora estavam sendo convidados a continuar sua marcha cristã nesse Evangelho, consequentemente em Jesus Cristo.
         “Ora, como recebestes Cristo Jesus, o Senhor, assim andai nele” (Cl 2.6).
         Só inicia e caminha uma vida cristã aquele que é alcançado pela graça de Deus. E essa graça de Deus foi oferecida e recebida pelos Colossenses.
         Paulo, o apóstolo, fala que assim como se recebeu Cristo Jesus, assim, é necessário continuar a caminhada.
         “Andai” denota ação e progresso. Para que essa ação e progresso tenha sucesso, o versículo 7 lista quatro aspectos: radicados em Cristo; edificados em Cristo, confirmados na fé em Cristo, gratidão.
         Ao saber que a fé dos colossenses corria perigo por causa das filosofias correntes na época. Diante disso, o apóstolo Paulo indica aos seus irmãos na fé que a caminhada cristã só será possível quando radicado em Cristo.
         Ao dizer “radicados em Cristo” o apóstolo Paulo usa a figura de uma árvore que tira sua força e substância do solo onde suas raízes estão fincadas. As raízes não são vistas, e essas, à medida que se aprofundam no solo vão ficando cada vez mais fortes. No entanto, vale ressaltar que a firmeza da árvore e a qualidade de seus frutos não dependem apenas da raiz, mas, da vitalidade do solo.   
         Ao dizer, “nele radicados...” o apóstolo Paulo mostra aos colossenses que sem a vitalidade de Cristo, nada serão.
         O mesmo acontece conosco em pleno século XXI. Já disse em outra oportunidade que o grande mal desse século é o crescimento desenfreado do “cristianismo sem igreja”, ou seja, os “supostos” cristãos que dizem não frequentar uma igreja, mas, leem a Bíblia e oram em casa.
         “nele radicados...” – é maravilhoso que se leia a Bíblia em casa, mas, como se lê a Bíblia? Cuidado, afinal, pode-se estar sendo enganado pela nossa vã filosofia e nosso conhecimento mentiroso (Cl 2.8) sobre alguns textos. Qualquer teólogo despende muito tempo na preparação de um sermão e estudo bíblico e mesmo assim, dia após dia, encontra-se mergulhado em dúvidas. Sendo assim, imagine um “suposto cristão sem igreja”. Como será a leitura, interpretação da Bíblia por parte de um cristão sem igreja? É preciso fazer a pergunta de Filipe: “Compreendes o que vens lendo?” (At 8.30). A resposta precisa ser a do eunuco: “Como poderei entender, se alguém não me explicar?” (At 8.31).
         Estar radicado em Cristo é ouvir, estudar e meditar na Palavra de Deus. Lembre-se, “...a fé vem pela pregação, e a pregação, pela Palavra de Cristo” (Rm 10.17).
       Estar radicado em Cristo é também “...perseverar unânimes no Templo, partindo o pão...” (At 2.46). Participar da Santa Ceia.
        “nele radicados...” é alimentar-se de Cristo através dos meios da graça aos quais nos deixou. Jesus disse: “Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto: porque sem mim nada podeis fazer” (Jo 15.5).
       Ao saber que a fé dos colossenses estava correndo perigo devido as filosofias correntes na época e do conhecimento mentiroso, o apóstolo Paulo indica aos seus irmãos na fé que a caminhada cristã só é possível quando se continua edificado em Cristo.
        Se o agricultor sabe da importância da vitalidade do solo para que a árvore produza bons frutos. O apóstolo Paulo, até por ser um missionário urbano, conduz os colossenses a pensarem num edifício.
         Toda a segurança de um edifício está na sua fundação. O importante é a base sobre a qual os tijolos que formam o edifício foram colocados.
      Ao conhecerem Cristo os colossenses haviam sido edificados sobre Cristo. No entanto, o perigo que corriam devido as filosofias da época, motivou o apóstolo Paulo a trazê-los de volta ao fundamento. Afinal, sem fundamento, o edifício, por mais belo que seja, cai. Aos cristãos da Ásia Menor o apóstolo Paulo escreveu: “...sois da família de Deus, edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo ele mesmo, Cristo Jesus, a pedra angular; no qual todo edifício, bem ajustado, cresce para santuário dedicado ao Senhor, no qual também vós juntamente estais sendo edificados para habitação de Deus no Espírito” (Ef 2.19-22).
      Ao saber que a fé dos colossenses estava correndo perigo, devido as filosofias correntes na época e do conhecimento mentiroso, o apóstolo Paulo indica aos seus irmãos na fé que a caminhada cristã só é possível quando, radicado e edificado em Cristo.
       A fé é que sustenta a árvore e o edifício contra os ventos e tempestades da vida. “O justo viverá por fé” (Rm 1.17) não só na eternidade, mas também nessa vida.
      Assim como os colossenses, nós também corremos perigo. As muitas filosofias, os muitos conhecimentos mentirosos, estão conduzindo a vida de muitos cristãos. Por esse motivo, é necessário prestar atenção na nossa caminhada cristã, e continuar nossa caminhada radicados em Cristo, edificados em Cristo e confirmados na fé. Só assim se continua “crescendo em ações de graças” (Cl 2.7). Essa é a única maneira de iniciar e prosseguir na caminhada cristã, por meio de Jesus Cristo. Amém!



M.S.T. Rev. Edson Ronaldo Tressmann

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