21/04/13 – 4º Domingo de
Páscoa
Sl 23; At 20. 17 –
35; Ap 7. 9 - 17; Jo 10. 22 - 30
|
Tema: Depois do vale de lágrimas, a alegria eterna.
A
Igreja vive tempos pós-modernos. E uma das tendências desse período é
justamente o fato de que não existe verdade absoluta. Cada pessoa tem a sua
verdade. E sendo assim, é complicado você querer dizer algo. Pois, os adeptos serão
apenas aqueles que concordam contigo naquele determinado assunto. Se caso for
contrário, haverá reações e assim por diante. Perdeu-se o referencial da
verdade. Hoje não há apenas um Pilatos, mas uma multidão, composta por milhões
de Pilatos que perguntam: “O que é a verdade?”
No
texto bíblico de hoje encontramos um diálogo. E o que surpreende nesse diálogo
é que diante da pergunta: quem são e donde
vieram? tinha sua resposta. Mas, o apóstolo João,
surpreendentemente, deseja que a resposta seja dada por alguém com maior
autoridade que ele. João não quer uma resposta só para si, mas deseja que a
mesma sirva de consolo para os que irão ler e ouvir essa resposta com alguém
com a máxima autoridade.
É,
mas, nos tempos pós-modernos, esse é outro requisito questionado e não válido.
Não há mais autoridade suprema. Cada um possui a sua autoridade e quer que a
sua autoridade seja efetivada. Entre a multidão dos Pilatos que se perguntam
sobre a verdade, há os Pilatos que lavam suas mãos, não para reconhecer a
autoridade de outros, mas sim, para não reconhecer outro como autoridade.
E
nesse mundo pós-moderno, muitas “igrejas” se aproveitam do marketing para
atrair seus consumidores. Muitas dessas “igrejas” se tornaram o alivio para a
dor, o sofrimento, para as doenças. É o local onde se paga o plano de saúde
mais caro do mundo e onde se paga o pedágio, mesmo sendo que o caminho é
gratuito.
Mas,
pastor pare de atacar as outras “igrejas.” Eu não estou atacando outras
“igrejas.” Apenas quero dizer para vocês que essa multidão, a multidão
apresentada pela visão do apóstolo João era a multidão que estava passando pela
perseguição do imperador. E hoje sofremos perseguições, no entanto, as mesmas são disfarçadas
e atrativas.
Quero
que vocês compreendam que Deus mais uma vez, (aliás, é isso que a palavra
Apocalipse significa “tirar a cobertura’
do bolo e saber qual é o recheio,") quer que vocês recebam a mensagem do Apocalipse como
um delicioso recheio, que nada mais é o conforto que Jesus oferece e dá aos seus filhos e filhas.
A
multidão havia passado pelo maior sofrimento, foram perseguidos por causa da sua
fé. E pela fé em Jesus atravessaram essa grande tribulação, e pela fé em Jesus
estão diante do trono.
O
salmista disse: “Ainda
que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal nenhum, porque tu
estás comigo; ...” (Sl 23.4). O caminho cristão não é fácil. Temos
um terrível inimigo que quer a todo custo nos devorar (1Pe 5.8). Quer cegar
nosso entendimento para que a luz do Evangelho não brilhe sobre nós (2Co 4.4).
E a perseguição disfarçada é justamente tornar a Igreja, o local onde os fiéis lavam suas vestiduras através do
batismo, em um hospital geral de doentes de qualquer natureza,
desempregados, empresários falidos, etc. A “igreja” deixou de comunicar a vida,
afinal, ela precisa vender seu produto ao mundo pós-moderno.
Mas,
a exemplo dessa multidão que andou na contra mão daquela época, não se
prostrando ao Imperador, mantendo-se firme em Jesus, nós de igual maneira,
somos animados a continuar, mesmo que na contra mão desse mundo, a Comunicar a
Vida, falando e apontado sempre para Jesus Cristo, aquele cujo qual com sua
morte na cruz lavou e lava as nossas vestiduras e nos livra dos nossos pecados.
Permanecer
em Jesus é caminhar seguro pelo vale da sombra da morte, pois depois desse
vale, há felicidade e alegria eterna. Amém!
Pr Edson Ronaldo Tressmann
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