segunda-feira, 15 de abril de 2013

Depois do vale de lágrimas, a alegria eterna


21/04/13 – 4º Domingo de Páscoa

Sl 23; At 20. 17 – 35; Ap 7. 9 - 17; Jo 10. 22 - 30

Tema: Depois do vale de lágrimas, a alegria eterna.

 Estes, que se vestem de vestiduras brancas, quem são e de donde vieram? ... São estes os que vêm da grande tribulação, lavaram suas vestiduras e as alvejaram no sangue do Cordeiro, ...” (Ap 7. 13 e 14)

        
          A Igreja vive tempos pós-modernos. E uma das tendências desse período é justamente o fato de que não existe verdade absoluta. Cada pessoa tem a sua verdade. E sendo assim, é complicado você querer dizer algo. Pois, os adeptos serão apenas aqueles que concordam contigo naquele determinado assunto. Se caso for contrário, haverá reações e assim por diante. Perdeu-se o referencial da verdade. Hoje não há apenas um Pilatos, mas uma multidão, composta por milhões de Pilatos que perguntam: “O que é a verdade?
         No texto bíblico de hoje encontramos um diálogo. E o que surpreende nesse diálogo é que diante da pergunta: quem são e donde vieram? tinha sua resposta. Mas, o apóstolo João, surpreendentemente, deseja que a resposta seja dada por alguém com maior autoridade que ele. João não quer uma resposta só para si, mas deseja que a mesma sirva de consolo para os que irão ler e ouvir essa resposta com alguém com a máxima autoridade.
         É, mas, nos tempos pós-modernos, esse é outro requisito questionado e não válido. Não há mais autoridade suprema. Cada um possui a sua autoridade e quer que a sua autoridade seja efetivada. Entre a multidão dos Pilatos que se perguntam sobre a verdade, há os Pilatos que lavam suas mãos, não para reconhecer a autoridade de outros, mas sim, para não reconhecer outro como autoridade. 
         E nesse mundo pós-moderno, muitas “igrejas” se aproveitam do marketing para atrair seus consumidores. Muitas dessas “igrejas” se tornaram o alivio para a dor, o sofrimento, para as doenças. É o local onde se paga o plano de saúde mais caro do mundo e onde se paga o pedágio, mesmo sendo que o caminho é gratuito.
           Mas, pastor pare de atacar as outras “igrejas.” Eu não estou atacando outras “igrejas.” Apenas quero dizer para vocês que essa multidão, a multidão apresentada pela visão do apóstolo João era a multidão que estava passando pela perseguição do imperador. E hoje sofremos perseguições, no entanto, as mesmas são disfarçadas e atrativas.
         Quero que vocês compreendam que Deus mais uma vez, (aliás, é isso que a palavra Apocalipse significa “tirar a cobertura’ do bolo e saber qual é o recheio,") quer que vocês recebam a mensagem do Apocalipse como um delicioso recheio, que nada mais é o conforto que Jesus oferece e dá aos seus filhos e filhas.
         A multidão havia passado pelo maior sofrimento, foram perseguidos por causa da sua fé. E pela fé em Jesus atravessaram essa grande tribulação, e pela fé em Jesus estão diante do trono.
         O salmista disse: “Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal nenhum, porque tu estás comigo; ...” (Sl 23.4). O caminho cristão não é fácil. Temos um terrível inimigo que quer a todo custo nos devorar (1Pe 5.8). Quer cegar nosso entendimento para que a luz do Evangelho não brilhe sobre nós (2Co 4.4). E a perseguição disfarçada é justamente tornar a Igreja, o local onde os fiéis lavam suas vestiduras através do batismo, em um hospital geral de doentes de qualquer natureza, desempregados, empresários falidos, etc. A “igreja” deixou de comunicar a vida, afinal, ela precisa vender seu produto ao mundo pós-moderno.  
        Mas, a exemplo dessa multidão que andou na contra mão daquela época, não se prostrando ao Imperador, mantendo-se firme em Jesus, nós de igual maneira, somos animados a continuar, mesmo que na contra mão desse mundo, a Comunicar a Vida, falando e apontado sempre para Jesus Cristo, aquele cujo qual com sua morte na cruz lavou e lava as nossas vestiduras e nos livra dos nossos pecados.
         Permanecer em Jesus é caminhar seguro pelo vale da sombra da morte, pois depois desse vale, há felicidade e alegria eterna. Amém!
Pr Edson Ronaldo Tressmann

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