Nono
Domingo após Pentecostes
21
de julho 2024
Salmo
23; Jeremias 23.1-6; Efésios 2.11-22; Marcos 6.30-34
Texto: Efésios
2.19
Texto: Cidadãos que pertencem
ao povo de Deus!
“Portanto, vocês, os não judeus, não são mais estrangeiros nem visitantes.
Agora vocês são cidadãos que pertencem ao povo de Deus e são membros da família
dele” (Ef 2.19)
Ter um passaporte
de Cingapura, Japão, França, Alemanha, Itália e Espanha, possibilita poder
visitar 194 destinos ao redor do mundo sem ser incomodado. Ter um passaporte da
Coréia do Sul, Finlândia e Suécia me permitiria ir a 193 destinos. E um
passaporte da Áustria, Dinamarca, Irlanda e Holanda me permitiria ir a 192
destinos.
Esses são os
passaportes denominados mais poderosos em 2024. Com um passaporte brasileiro
posso viajar para 173 países sem necessidade de visto.
Convém enumerar
que além desses passaportes, na minha opinião o passaporte mais poderoso de
todos e que nunca sai do ranking de mais valioso e poderoso é o passaporte
divino, o qual nos torna cidadãos da família de Deus. E esse passaporte possui
a assinatura do sangue de Jesus Cristo. Os versos 11 e 12 nos garante que se
Deus não tivesse enviado Jesus, seríamos estranhos na família de Deus. Jesus
nos garante a cidadania no Reino de Deus. Por possuir esse passaporte, somos do
mesmo Reino de alguém que está na outra extremidade do planeta.
Em Jesus não somos
estrangeiros e nem visitantes, mas cidadãos dentro do Reino de Deus.
“Portanto, vocês, os não judeus, não são mais estrangeiros nem
visitantes. Agora vocês são cidadãos que pertencem ao povo de Deus e são
membros da família dele” (Ef
2.19)
Falando em
cidadania, a Constituição Federal de 1988 garante que os cidadãos brasileiros
possuem direito à vida, à liberdade, à propriedade e à igualdade.
Interessante que como
cidadão do Reino de Deus, possuímos exatamente isso: vida, liberdade,
propriedade e igualdade. Essa vida, liberdade, igualdade e propriedade nos foi
adquirida por Jesus Cristo como bem descreve Pedro em sua primeira carta (1Pe
1.18-21).
O apostolo Pedro
escreveu na sua primeira carta: “Queridos
amigos, lembrem que vocês são estrangeiros de passagem por este mundo...”
(1Pe 2.11) e o apostolo Paulo na carta aos Filipenses anotou: “... nós somos cidadãos do céu e estamos
esperando ansiosamente o nosso Salvador, o Senhor Jesus Cristo, que virá de lá” (Fp 3.20). Essa pátria, essa
cidadania nos é concedida pela graça de Deus que enviou Jesus e assim nos
garantiu a Salvação eterna e o acesso a pátria celestial.
“Portanto, vocês, os não judeus, não são mais estrangeiros nem
visitantes. Agora vocês são cidadãos que pertencem ao povo de Deus e são
membros da família dele” (Ef
2.19).
Em Cristo, meu
passaporte garante estar e fazer parte do Reino celestial como cidadão e não
como visitante e estrangeiro.
Ser cidadão vai
muito além de possuir um documento ou título, é um estado de pertencimento e
responsabilidade para com a comunidade em que vivemos.
Os dez primeiros
versículos do capítulo 2 da carta de Paulo aos cristãos da Ásia Menor
(Efésios), o apostolo escreve como Deus veio buscar e dar vida a todos em Jesus
Cristo. É a descrição da bênção da salvação pela fé sem as obras da lei.
Precisamos
recordar que um não judeu (gentio) era alguém estranho ao povo de Deus, como um
visitante ou estrangeiro. Em Cristo, não importando a nacionalidade, cor e
status social, sou cidadão do Reino de Deus (Ef 2.11-22).
Deus escolheu
Abraão (Gn 12.3) e por seu neto Jacó (Israel, Gn 35.10) deu nome a sua nação.
Deus poderia ter chamado um indiano, pois a Índia já se projetava uma nação
grandiosa, ou um chinês, haja visto a China já ter se iniciado. Poderia ter
escolhido um filisteu (povo guerreiro). Todavia, escolheu Abrão. Alguém sem
filho e sem perspectiva de futuro.
Dessa forma, ser
judeu, descendente de Abraão tornou-se sinônimo de povo de Deus. E a lei era a
fronteira da separação entre o povo de Deus e o não povo de Deus. Dessa forma,
a lei, calendário litúrgico, dias santos, festas religiosas, conduziu o povo de
Deus a soberba e os afastou dos gentios. Os judeus passaram a se considerar uma
cidadania superior a todas as outras e ignoravam qualquer um como sendo
estrangeiro e visitante. Essa exacerbação do povo de Deus quanto as outras
nações, é observada nos dias de Jesus.
O povo de Deus não está recluso a uma cidadania local, mas
uma cidadania celestial. E o povo de Deus como cidadão do Reino
celestial sabe que está em missão nesse mundo para que outros adquiram em
Cristo essa cidadania e assim tenham direito à vida, à liberdade, à propriedade
e à igualdade.
Jesus Cristo é a
intromissão de Deus na história com o objetivo de salvar. Jesus não se
intromete para paralisar nosso divertimento, ou paralisar nossa vida. Pelo
contrário, Cristo é a intromissão de Deus para reverter a situação catastrófica
de uma vida sem Deus.
Em Jesus Cristo,
àqueles que eram ignorados pelo povo de Deus, foram agregados ao povo de Deus
(Ef 2.13). Os povos, em suas diferenças culturais e étnicas, em Cristo são um
só (Ef 2.14). Em Cristo, o muro (a lei), que separava os não judeus dos judeus,
foi derrubado. Se a lei separa Deus das pessoas, Cristo derrubou esse muro,
cumprindo a lei em nosso lugar. Em Cristo, Deus está acessível a todos (Ef
2.18). Essa é a paz que precisa ser evangelizada! (Ef 2.17). E hoje, pela
igreja, Deus está acessível a todos, ao seu familiar, seu vizinho, amigo.
A igreja é a
pátria dentro da pátria, é uma nação dentro da nação, são os separados para
ajuntar, são os membros de uma grande família.
“Portanto,
vocês, os não judeus, não são mais estrangeiros nem visitantes. Agora vocês são
cidadãos que pertencem ao povo de Deus e são membros da família dele” (Ef 2.19). Amém!
Edson Ronaldo
Tressmann
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